General lidera CIA
O presidente dos EUA, George W. Bush, indicou, segunda-feira, o general Michael Hayden como novo director da Agência Central de Intelegência (CIA, na sigla inglesa), decisão tomada após o pedido de demissão apresentado por Porter Goss, divulgado sexta-feira da semana passada, sem que no entanto tenham sido prestados esclarecimentos adicionais sobre a matéria, ou explicadas as razões que estão na base da mudança.
Certo é que o até então homem forte da secreta norte-americana se encontrava desgastado pelos sucessivos escândalos envolvendo a conduta dos serviços de informação dos EUA, tanto ao nível interno como no plano internacional.
Goss demite-se cerca de uma semana depois de uma comissão nomeada pelo Parlamento Europeu ter apurado, dia 27 de Abril, que a CIA transportou pelo espaço da UE, sem o conhecimento prévio dos respectivos países – ainda que estes não o admitam publicamente, tal desconhecimento foi considerado pelo relator europeu, Claudio Fava, como «inverosímil» – supostos «terroristas» em mais de um milhar de voos secretos que culminam em centros de detenção e tortura ilegais, situação que não só descobre Bush a possíveis incidentes diplomáticos, como sustenta as críticas ao presidente e aos EUA sobre práticas de terrorismo de Estado.
Reagindo ao anuncio presidencial, republicanos e democratas membros do Congresso e do Senado manifestaram-se contrários à nomeação de Hayden e deram a entender que o nome do militar pode mesmo vir a ser vetado quando a Casa Branca o submeter à aprovação nas câmaras parlamentares.
As razões apresentadas por alguns dos deputados prendem-se com o envolvimento do general no polémico - e ilegal, segundo os legisladores – programa de espionagem, escutas e vigilância interna levado a cabo pela administração Bush desde o 11 de Setembro de 2001.
O percurso de Michael Hayden tem início na Força Aérea, ramo das forças armadas ao qual ainda pertence, mas rapidamente é chamado a desempenhar cargos de direcção na Agência Nacional de Segurança, para a qual trabalhou durante mais de duas décadas.
Entre 1999 e 2005, o general de 61 anos foi o principal responsável pela Agência de Segurança Interior e é apontado como um dos mais importantes mentores do contestado programa de espionagem electrónica. Desde Agosto dirige ainda a Oficina Nacional de Inteligência, pasta que deverá acumular com a CIA.
Recorde-se que o Pentágono gere aproximadamente 80 por cento do conjunto dos fundos federais destinados às agências e serviços de segurança, percentagem que tem vindo a crescer nos últimos anos, tal como os conflitos nos quais os EUA se têm envolvido. Em 1999 contra a Jugoslávia, em 2001 contra o Afeganistão e em 2003 contra o Iraque.
Certo é que o até então homem forte da secreta norte-americana se encontrava desgastado pelos sucessivos escândalos envolvendo a conduta dos serviços de informação dos EUA, tanto ao nível interno como no plano internacional.
Goss demite-se cerca de uma semana depois de uma comissão nomeada pelo Parlamento Europeu ter apurado, dia 27 de Abril, que a CIA transportou pelo espaço da UE, sem o conhecimento prévio dos respectivos países – ainda que estes não o admitam publicamente, tal desconhecimento foi considerado pelo relator europeu, Claudio Fava, como «inverosímil» – supostos «terroristas» em mais de um milhar de voos secretos que culminam em centros de detenção e tortura ilegais, situação que não só descobre Bush a possíveis incidentes diplomáticos, como sustenta as críticas ao presidente e aos EUA sobre práticas de terrorismo de Estado.
Reagindo ao anuncio presidencial, republicanos e democratas membros do Congresso e do Senado manifestaram-se contrários à nomeação de Hayden e deram a entender que o nome do militar pode mesmo vir a ser vetado quando a Casa Branca o submeter à aprovação nas câmaras parlamentares.
As razões apresentadas por alguns dos deputados prendem-se com o envolvimento do general no polémico - e ilegal, segundo os legisladores – programa de espionagem, escutas e vigilância interna levado a cabo pela administração Bush desde o 11 de Setembro de 2001.
O percurso de Michael Hayden tem início na Força Aérea, ramo das forças armadas ao qual ainda pertence, mas rapidamente é chamado a desempenhar cargos de direcção na Agência Nacional de Segurança, para a qual trabalhou durante mais de duas décadas.
Entre 1999 e 2005, o general de 61 anos foi o principal responsável pela Agência de Segurança Interior e é apontado como um dos mais importantes mentores do contestado programa de espionagem electrónica. Desde Agosto dirige ainda a Oficina Nacional de Inteligência, pasta que deverá acumular com a CIA.
Recorde-se que o Pentágono gere aproximadamente 80 por cento do conjunto dos fundos federais destinados às agências e serviços de segurança, percentagem que tem vindo a crescer nos últimos anos, tal como os conflitos nos quais os EUA se têm envolvido. Em 1999 contra a Jugoslávia, em 2001 contra o Afeganistão e em 2003 contra o Iraque.