A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) condenou a violência contra universitários e intelectuais no Iraque e apelou «à solidariedade e à mobilização a favor da educação e dos professores do país».
«Ao terem como alvo aqueles que detêm as chaves para a reconstrução e desenvolvimento do Iraque, os autores de actos de violência põem em perigo o futuro do país e a democracia», afirmou em comunicado o director-geral da organização, Koichiro Matsuura.

«Não podemos ficar de braços cruzados quando estes homens que perpetuam a cultura e o conhecimento no Iraque estão a ser ameaçados, raptados, mortos», sublinhou Matsuura.
Quatro universitários foram mortos na semana passada no Iraque, segundo o Centro de Estudos e Investigação sobre o mundo árabe e o Mediterrâneo, com sede em Genebra. Desde a queda do regime do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, em 2003, mais de 170 universitários foram mortos e vários milhares forçados ao exílio, de acordo com a mesma fonte.
Koichiro Matsuura deve abordar esta questão amanhã, em reunião com o embaixador e delegado iraquiano junto da UNESCO e membros da Comissão Internacional para a Protecção de Universitários Iraquianos, criada em Fevereiro.