Antigos alunos lançam

Petição pela continuação da D. João de Castro

Os antigos alunos da Escola Secundária D. João de Castro juntam-se aos protestos contra o encerramento desta instituição de Lisboa e lançam um abaixo-assinado.

«Esta escola é qualitativamente superior à média nacional»

A Associação dos Antigos Alunos da Escola D. João de Castro lançou, na semana passada, uma petição contra o encerramento da instituição, que será entregue na Assembleia da República.
Os subscritores da petição defendem a manutenção da D. João de Castro e do seu projecto pedagógico, salientando que desconhecem qual «o interesse do Estado» no encerramento da escola «neste complexo edificado de raiz para o ensino e implantado em cerca de três hectares de terreno numa das zonas nobres da cidade capital».
Na petição propõe-se a revogação da suspensão das actividades lectivas da escola e defende-se a continuidade do seu projecto educativo global, incluindo a oferta de todos os anos do 3.º ciclo (do 7.º ao 9.º ano de escolaridade), de todos os cursos e áreas de formação e da distribuição de turmas do secundário que funcionaram até ao ano lectivo 2000/2001.
«A Escola Secundária D. João de Castro reúne condições de excepção, no quadro da realidade portuguesa, para a prática do ensino secundário, assumindo um conjunto edificado construído de raiz para esse efeito e em estado de boa conservação material, onde se inclui, para além de um ginásio próprio e um pavilhão gimnodesportivo, tão desejados por outras escolas no âmbito da aposta ministerial no quadro do desporto escolar; um corpo docente estável e qualificado; um quadro de pessoal auxiliar estável e qualificado; uma boa participação dos pais no processo educativo através de uma dinâmica Associação de Pais; uma excelente interacção com a comunidade local da qual esta petição é singular exemplo», lê-se no texto.
«Esta escola secundária é qualitativamente superior à média nacional, nas vertentes das condições do conjunto edificado, das salas específicas para o ensino, designadamente laboratórios, e do quadro pedagógico que, no seu conjunto, permitem responder com qualidade aos desafios europeus da qualificação do ensino», salientam os subscritores.

Sindicato da Função Pública protesta

O Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores (FP) também contesta a decisão de encerrar a escola, referindo prováveis interesses imobiliários em relação ao espaço.
Para o sindicato, o encerramento «explica e clarifica orientações dadas anteriormente pela Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), proibindo, de há cinco anos a esta parte, novas matrículas nos 7.º e 8.º anos. Ora, um mais um são dois.»
Os sindicalistas consideram que o fecho da escola «está enquadrado na política economicista e cega deste Governo e do Ministério da Educação», sublinhando que se trata de «uma escola dotada do espaço e dos equipamentos necessários para a prossecução dos seus projectos educativos, nomeadamente na área do desporto, único na área de Lisboa, que custaram muito dinheiro ao erário público».
O encerramento da Escola D. João de Castro e a sua consequente fusão com a Fonseca Benevides, anunciado pela Direcção Regional de Educação de Lisboa em Dezembro, tem gerado vários protestos da comunidade educativa por considerar que o estabelecimento oferece excelentes condições. Para contestarem a decisão, pais e alunos fecharam três vezes a escola a cadeado.
O anunciado encerramento conta também com a oposição de professores e funcionários do estabelecimento, bem como da Junta e Assembleia de Freguesia de Alcântara.


Mais artigos de: Juventude

24 horas com a bola nos pés

O Torneio de Futsal Agit terminou no fim-de-semana, no Seixal, numa final em formato maratona 24 horas. Equipas de Lisboa e de Setúbal foram as grandes vencedoras.

Coimbra contra Processo de Bolonha

«É este o prato que queres comer?» Esta frase introduziu o protesto da Associação Académica de Coimbra contra a implementação do Processo de Bolonha em Portugal, que se realizou na quinta-feira. O almoço e o jantar nas cantinas da Universidade de Coimbra foi exclusivamente «esparguete à luso-bolonhesa» – excepto na...

176 mil inscritos para exames nacionais

Mais de 176 mil alunos inscreveram-se para a primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário, que se realizam entre 19 de Junho e 3 de Julho, segundo dados do Ministério da Educação. Está prevista a realização de meio milhão de provas a 36 disciplinas.Dos alunos inscritos, 64 por cento fazem exames para se...

Universitários iraquianos vítimas de violência

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) condenou a violência contra universitários e intelectuais no Iraque e apelou «à solidariedade e à mobilização a favor da educação e dos professores do país».«Ao terem como alvo aqueles que detêm as chaves para a reconstrução e desenvolvimento do...