Resistir à repressão

Reunidos em plenário, os trabalhadores e as trabalhadoras da Cimianto decidiram avançar para a greve, «face à onda de repressão que se vive internamente, agora através da instauração de processos disciplinares a três trabalhadores, entre os quais o delegado sindical» - revelou segunda-feira a Feviccom/CGTP-IN. Durante os períodos de greve (das 10 às 11 horas, no dia 4; das 14 às 15, no dia 5; e das 15 às 16, no dia 6), os trabalhadores concentram-se junto ao portão da empresa, em Alhandra. O plenário reclamou «a anulação das abusivas e injustas sanções disciplinares e a reintegração de dois trabalhadores injustamente despedidos», afirmando solidariedade e apoio a todos os que «estão a ser alvo de perseguição e vingança, por não terem aceite, justificada e legitimamente, o horário de trabalho de 50 horas semanais».
Para ontem, a Fequimetal/CGTP-IN convocou um encontro com a comunicação social à porta da Repsol Polímeros, no complexo petroquímico de Sines, em defesa de «dez trabalhadores que, no exercício das suas legítimas funções enquanto piquete de greve, estão a ser alvo de um processo disciplinar com intenção de despedimento». A Repsol decidiu ignorar o acordo de empresa subscrito pela estrutura da CGTP-IN, acordou com outros um texto que elimina ou reduz direitos importantes e pretende «intimidar os trabalhadores e impedi-los de prosseguir a luta», refere-se numa nota da central, informando que nesta acção também participaria Manuel Carvalho da Silva.
Para enfraquecer a organização sindical, a Charon pretende transferir um delegado sindical do Gaia Shopping, acusou o STAD/CGTP-IN, informando que os 30 vigilantes daquela empresa de segurança, colocados no centro comercial, decidiram fazer greve no passado dia 11. A Charon não está a pagar integralmente o trabalho extraordinário e o trabalho nocturno, nem concede o descanso compensatório a que os trabalhadores têm direito, quando fazem mais horas.


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