Mais instruídas e mais mal pagas
As mulheres europeias vivem mais tempo e trabalham também maior número de horas, mas auferem remunerações inferiores e são as que mais sofrem com o desemprego apesar de o seu nível de instrução suplantar o dos homens.
As mulheres são já a maioria dos estudantes no ensino superior
Segundo um estudo divulgado pelo Eurostat, assinalando o Dia Internacional da Mulher, 80 por cento da população feminina no escalão etário dos 20 aos 24 anos terminaram o ensino superior, contra apenas 75 por cento dos homens. A percentagem mais elevada verifica-se na Eslovénia com 94 por cento e a mais baixa em Malta com 40,4 por cento.
Esta tendência é igualmente observável em Portugal, onde 56,6 por cento das mulheres, nas idades referidas, completaram o ensino superior, muito à frente dos homens com apenas 40,4 por cento.
Em 2003, no conjunto dos actuais 25 estados-membros, 55 por cento dos estudantes em estabelecimentos superiores eram mulheres, cuja presença era ainda expressiva nos cursos de letras e artísticos, atingindo um valor médio de 66 por cento. No nosso país, naquele ano, 56,6 por cento dos estudantes no superior eram mulheres, que representavam 64,3 por cento da frequência em letras e cursos artísticos, embora fossem praticamente em igual número que os homens (49,8%) nas faculdades de ciências, matemáticas e informática.
Exposição ao desemprego
Apesar terem qualificações frequentemente acima das dos homens, as estatísticas mostram que as mulheres trabalhadoras estão mais exportas que eles ao flagelo do desemprego. Em Janeiro ultimo, no conjunto da União Europeia, 9,6 por cento das mulheres estavam desempregadas, contra 7,6 por cento de homens.
A taxa de desemprego feminino varia de 3,8 por cento, na Irlanda, até 19,1 por cento na Polónia. Portugal está a meio da tabela com 8,7 por cento de mulheres desempregadas, contra 6,9 por cento de homens.
Igualmente importantes são as diferenças remuneratórias. Em 2004, as mulheres ganhavam em média menos 15 por cento do que os homens. As menores disparidades verificaram-se em Malta, com quatro por cento, e as maiores em Chipre com 25 por cento. No nosso país, segundo o cálculo do Eurostat, este diferencial é de cinco por cento.
Horário sobrecarregado
As mulheres são ainda sobrecarregadas com um número superior de horas de trabalho, incluindo-se aqui para além do emprego, o tempo dedicado ao estudo e às tarefas domésticas. Em regra trabalham mais uma hora que os homens em países como a Itália, Eslovénia, Estónia, Lituânia, Espanha e Hungria.
A maior carga horária foi detectada na Lituânia e Eslovénia, atingindo as oito horas diárias, e a menor na Alemanha e Bélgica, onde não ultrapassa as seis horas e meia por dia. Neste aspecto, o estudo não faz referência a Portugal.
Contudo, as portuguesas destacam-se por uma das participações mais activas no mercado de trabalho. Enquanto a taxa média de emprego feminino na UE é de 56,3 por cento, em Portugal atinge 61,6 por cento, uma das mais elevadas da Europa superada apenas pela Suécia, com 70,5 por cento, Holanda (66,4%) Reino Unido (65,8%) e Finlândia (67,4%).
Por último, as mulheres apresentam uma esperança de vida superior à dos homens, com 81,2 anos contra 75,1, respectivamente. Em Portugal, a esperança de vida era, em 2004, de 81,4 anos para as mulheres e 74,9 para os homens.
Esta tendência é igualmente observável em Portugal, onde 56,6 por cento das mulheres, nas idades referidas, completaram o ensino superior, muito à frente dos homens com apenas 40,4 por cento.
Em 2003, no conjunto dos actuais 25 estados-membros, 55 por cento dos estudantes em estabelecimentos superiores eram mulheres, cuja presença era ainda expressiva nos cursos de letras e artísticos, atingindo um valor médio de 66 por cento. No nosso país, naquele ano, 56,6 por cento dos estudantes no superior eram mulheres, que representavam 64,3 por cento da frequência em letras e cursos artísticos, embora fossem praticamente em igual número que os homens (49,8%) nas faculdades de ciências, matemáticas e informática.
Exposição ao desemprego
Apesar terem qualificações frequentemente acima das dos homens, as estatísticas mostram que as mulheres trabalhadoras estão mais exportas que eles ao flagelo do desemprego. Em Janeiro ultimo, no conjunto da União Europeia, 9,6 por cento das mulheres estavam desempregadas, contra 7,6 por cento de homens.
A taxa de desemprego feminino varia de 3,8 por cento, na Irlanda, até 19,1 por cento na Polónia. Portugal está a meio da tabela com 8,7 por cento de mulheres desempregadas, contra 6,9 por cento de homens.
Igualmente importantes são as diferenças remuneratórias. Em 2004, as mulheres ganhavam em média menos 15 por cento do que os homens. As menores disparidades verificaram-se em Malta, com quatro por cento, e as maiores em Chipre com 25 por cento. No nosso país, segundo o cálculo do Eurostat, este diferencial é de cinco por cento.
Horário sobrecarregado
As mulheres são ainda sobrecarregadas com um número superior de horas de trabalho, incluindo-se aqui para além do emprego, o tempo dedicado ao estudo e às tarefas domésticas. Em regra trabalham mais uma hora que os homens em países como a Itália, Eslovénia, Estónia, Lituânia, Espanha e Hungria.
A maior carga horária foi detectada na Lituânia e Eslovénia, atingindo as oito horas diárias, e a menor na Alemanha e Bélgica, onde não ultrapassa as seis horas e meia por dia. Neste aspecto, o estudo não faz referência a Portugal.
Contudo, as portuguesas destacam-se por uma das participações mais activas no mercado de trabalho. Enquanto a taxa média de emprego feminino na UE é de 56,3 por cento, em Portugal atinge 61,6 por cento, uma das mais elevadas da Europa superada apenas pela Suécia, com 70,5 por cento, Holanda (66,4%) Reino Unido (65,8%) e Finlândia (67,4%).
Por último, as mulheres apresentam uma esperança de vida superior à dos homens, com 81,2 anos contra 75,1, respectivamente. Em Portugal, a esperança de vida era, em 2004, de 81,4 anos para as mulheres e 74,9 para os homens.