Operações de multibanco

Projecto do PCP proíbe taxas

O Grupo Parlamentar do PCP quer proibir a cobrança de comissões ou taxas sobre os pagamentos feitos com cartão de débito Multibanco. Um projecto de lei nesse sentido deu entrada no Parlamento.

Impor uma taxa é um abuso de poder

Esta iniciativa legislativa surge como medida preventiva destinada a travar o intento há muito revelado pelo sector bancário de aplicar uma taxa por cada utilização do cartão de débito Multibanco, a ser debitada automaticamente da conta do utilizador. Essas operações são actualmente gratuitas, estando o utilizador do cartão electrónico apenas sujeito ao pagamento de uma anuidade.
No preâmbulo do seu diploma, a bancada comunista refere que em «declarações recentemente publicadas, de forma explícita ou implícita, os responsáveis do Banco Espírito Santo, do Santander Totta, do Banco Comercial Português e até da Caixa Geral de Depósitos» têm reclamado a introdução de uma taxa. Isto com o argumento, imagine-se, de que importa garantir margens adequadas de rentabilidade à actividade bancária em Portugal.
Ora, como sublinha o PCP, «só os quatro maiores bancos privados com actividade em Portugal atingiram lucros em 2005 que rondam os mil e setecentos milhões de euros (BCP, com 754 milhões de euros, mais 24 % que em 2005; Santander Totta, com 340 milhões, mais 27 % que no ano transacto; BES, com 281 milhões, mais 85 % que em 2005; e BPI, como 251 milhões, mais 58 % que no ano passado).
Torna-se pois evidente que não colhe o argumento da necessidade de «garantir resultados para a banca como justificação para a imposição unilateral de uma taxa» que, na opinião dos comunistas, é «claramente lesiva dos interesses dos utilizadores dos sistemas de pagamento electrónico».
Por isso esta iniciativa do PCP, visando fazer face a mais uma «tentativa de abuso de poder, arbitrário e concertado por parte do sector bancário». Trata-se, em síntese, de adoptar uma medida de elementar justiça, ou seja, «proibir a cobrança de quaisquer quantias pelas instituições de crédito, a título de taxa ou comissão» pela utilização das caixas Multibanco.


Mais artigos de: Assembleia da República

Um verdadeiro desastre

É um erro e um erro grave o abate indiscriminado de escolas do 1.º Ciclo do ensino básico e dos jardins de infância. Quem o afirma é o PCP, para quem este encerramento tem por base puras razões economicistas, na linha do neoliberalismo mais selvagem.

Resistir e lutar

O Grupo Parlamentar do PCP desafiou o Governo a esclarecer quais as medidas ou curso ou que pensa adoptar para evitar o encerramento da empresa Rodhe, situada em Pinhel.

Imposições indignas

O PCP voltou a expressar a sua discordância quanto ao modo como decorreu o processo negocial global que desembocou no alargamento da União Europeia. Não está em causa a integração dos novos Estados membros – essa é uma opção livre de cada país – mas sim as imposições geo-estratégicas, orçamentais e institucionais de que...

Sem metas nem objectivos

O PCP acusou o Governo de não ter como prioridade da sua acção, ao contrário do que afirma, a luta contra a fraude e evasão fiscais.A posição foi assumida pelo deputado comunista Honório Novo em debate parlamentar, na passada semana, centrado precisamente no Relatório sobre o combate àqueles fenómenos negativos que...

Pelo desanuviar das tensões

Previa-se que o debate fosse sobre política do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Assim o designava a agenda parlamentar, faz hoje oito dias. Acabou contudo por não ser assim, porque o partido proponente da interpelação ao Governo – o CDS/PP – quis fazer deste debate um ajuste de contas com o seu antigo líder, hoje...

Defender os moradores

O Grupo Parlamentar do PCP voltou a insistir na necessidade de ser encontrada uma solução justa para os bairros dos Lóios e das Amendoeiras, em Lisboa, o que passa, do seu ponto de vista, pelo diálogo e acerto de posições entre o Governo, a Câmara Municipal de Lisboa e as associações de moradores. À luz desse objectivo...