De traidores a heróis
O senado italiano vai discutir na próxima segunda-feira uma proposta de concessão do estatuto de beligerantes aos combatentes da República Social Italiana (Republica de Saló), criada pela Alemanha nazi no Norte de Itália após a destituição de Benito Mussolini pelos militares em 1943.
Luigi Crescimbeni, dirigente da Associação Nacional dos Partigiani de Itália (ANPI), contesta a proposta apresentada pela Aliança Nacional: «Os republicanos de Saló eram uns arruaceiros. O nosso país perderá a memória histórica, porque a verdade jurídica será deturpada. É uma proposta de lei ilegítima que nunca deveria ter sido entregue ao senado. Os rapazes de Saló foram traidores, não resistentes.»
«Nós, partigiani, que combatemos pela liberdade e pela democracia, estamos ofendidos. Na sexta-feira encontramo-nos com o governador da província de Bolonha e com os parlamentares da União Oliveira que quiserem acolher o nosso convite no sentido de discutir a nossa proposta», afirmou.
William Michelini, presidente da ANPI, questiona-se sobre a posição dos católicos, lembrando que muitos participaram nas brigadas partigiani, e acrescenta que não se deve esquecer que existe uma grande diferença entre quem é morto pela liberdade e quem morre apoiando a ditadura. O vice-presidente da associação, Enzo Antonioni, sublinha que «o reconhecimento destes «combatentes» implica beneficiarem de uma pensão, quando o que deveria acontecer era serem julgados e condenados em tribunal de guerra».
Luigi Crescimbeni, dirigente da Associação Nacional dos Partigiani de Itália (ANPI), contesta a proposta apresentada pela Aliança Nacional: «Os republicanos de Saló eram uns arruaceiros. O nosso país perderá a memória histórica, porque a verdade jurídica será deturpada. É uma proposta de lei ilegítima que nunca deveria ter sido entregue ao senado. Os rapazes de Saló foram traidores, não resistentes.»
«Nós, partigiani, que combatemos pela liberdade e pela democracia, estamos ofendidos. Na sexta-feira encontramo-nos com o governador da província de Bolonha e com os parlamentares da União Oliveira que quiserem acolher o nosso convite no sentido de discutir a nossa proposta», afirmou.
William Michelini, presidente da ANPI, questiona-se sobre a posição dos católicos, lembrando que muitos participaram nas brigadas partigiani, e acrescenta que não se deve esquecer que existe uma grande diferença entre quem é morto pela liberdade e quem morre apoiando a ditadura. O vice-presidente da associação, Enzo Antonioni, sublinha que «o reconhecimento destes «combatentes» implica beneficiarem de uma pensão, quando o que deveria acontecer era serem julgados e condenados em tribunal de guerra».