O «Massacrado»
Nesta batalha das presidenciais, a clareza de objectivos e orientações é essencial. E a prioridade é a luta para a derrota de Cavaco - absolutamente necessária e possível – e a construção dum bom resultado de Jerónimo de Sousa – que se confirma como o contributo mais seguro para a derrota do candidato da direita e para a condenação efectiva das políticas de direita (de Cavaco, de Sócrates e etc.).
Mas nesta batalha é também indispensável marcar as diferenças com as outras candidaturas e dar-lhes a resposta devida em caso de óbvia necessidade. A entrevista de F.Louçã à Sábado de 22.12 é um destes casos em que se impõem, ao menos, três comentários.
Primeiro – diz FL que uma eventual vitória de Cavaco «não põe» em causa a democracia, «acentuaria a tendência para destroçar alguns dos equilíbrios da vida social, nomeadamente ... direitos dos trabalhadores, ameaçando ... formas de democracia social. Dizer que põe em causa a democracia política é um absurdo.» - mas então, mesmo que não fossem múltiplas as «cavaquistas» «tendências para destroçar equilíbrios», não é evidente que os direitos dos trabalhadores, de organização, de greve, etc., são, além de democracia social, também democracia política, e que as ameaças são ao mais essencial da democracia portuguesa (inclusive à sua vertente política), tal qual consta da Constituição. Então não resulta evidente o «absurdo» da opinião de FL, o seu caracter classista e reformista ao subestimar os direitos dos trabalhadores e os perigos de amputação da nossa democracia, decorrentes duma hipotética eleição de Cavaco?
Segundo – diz FL, entre outras falsidades e cinismos do seu anticomunismo obsessivo, que «o PCP ... foi fundado no princípio do século passado e o BE ... no último ano da viragem do século. Penso que isto diz tudo.» - mas não diz, a manipulação das datas nada explicita sobre o papel histórico incontornável, o presente de luta e a modernidade do projecto transformador do PCP, nem sobre o oportunismo serôdio de tantas posições do BE e do seu candidato, sobre quem escreveu o inefável Luís Delgado: FL «pela moderação tantas vezes demonstrada, ... deveria ser de direita».
Terceiro – diz FL, «hoje não há partido ou candidato mais massacrado (sic) nos media do que eu» - é de facto um massacre de desvelo mediático, proporcional à utilidade de circunstância do BE e de FL para os «decisores» do poder económico, e para criar dificuldades ao PCP e à candidatura de Jerónimo, como fica registado e adiante se verá.
No fundo mais uma razão para a nossa Confiança.
Mas nesta batalha é também indispensável marcar as diferenças com as outras candidaturas e dar-lhes a resposta devida em caso de óbvia necessidade. A entrevista de F.Louçã à Sábado de 22.12 é um destes casos em que se impõem, ao menos, três comentários.
Primeiro – diz FL que uma eventual vitória de Cavaco «não põe» em causa a democracia, «acentuaria a tendência para destroçar alguns dos equilíbrios da vida social, nomeadamente ... direitos dos trabalhadores, ameaçando ... formas de democracia social. Dizer que põe em causa a democracia política é um absurdo.» - mas então, mesmo que não fossem múltiplas as «cavaquistas» «tendências para destroçar equilíbrios», não é evidente que os direitos dos trabalhadores, de organização, de greve, etc., são, além de democracia social, também democracia política, e que as ameaças são ao mais essencial da democracia portuguesa (inclusive à sua vertente política), tal qual consta da Constituição. Então não resulta evidente o «absurdo» da opinião de FL, o seu caracter classista e reformista ao subestimar os direitos dos trabalhadores e os perigos de amputação da nossa democracia, decorrentes duma hipotética eleição de Cavaco?
Segundo – diz FL, entre outras falsidades e cinismos do seu anticomunismo obsessivo, que «o PCP ... foi fundado no princípio do século passado e o BE ... no último ano da viragem do século. Penso que isto diz tudo.» - mas não diz, a manipulação das datas nada explicita sobre o papel histórico incontornável, o presente de luta e a modernidade do projecto transformador do PCP, nem sobre o oportunismo serôdio de tantas posições do BE e do seu candidato, sobre quem escreveu o inefável Luís Delgado: FL «pela moderação tantas vezes demonstrada, ... deveria ser de direita».
Terceiro – diz FL, «hoje não há partido ou candidato mais massacrado (sic) nos media do que eu» - é de facto um massacre de desvelo mediático, proporcional à utilidade de circunstância do BE e de FL para os «decisores» do poder económico, e para criar dificuldades ao PCP e à candidatura de Jerónimo, como fica registado e adiante se verá.
No fundo mais uma razão para a nossa Confiança.