Confiança!
Os trabalhadores e os povos não se rendem, não abdicam dos seus direitos e aspirações
Se de alguma coisa muito necessitamos todos para o ano que agora começa, é de confiança. Confiança na possibilidade de conter e derrotar a ofensiva do capital que está a conduzir o mundo para o desastre. Confiança nas massas, mesmo quando aqueles que as exploram e oprimem conseguem, por períodos mais ou menos prolongados, engana-las, amedronta-las, entorpece-las e mesmo instrumentaliza-las. Confiança na força da luta organizada, persistente e determinada, capaz de enfrentar a dureza do combate e resistir ao insucesso e à derrota temporária.
Perante a violência da ofensiva capitalista seria um erro não ver aquilo que precisamente os média burgueses procuram ocultar: os trabalhadores e os povos não se rendem, não abdicam dos seus direitos e aspirações. A luta libertadora prossegue em todos os continentes, de Cuba (cujo 47º aniversário da sua heróica revolução saudamos) ao Iraque e ao Afeganistão, da Venezuela bolivariana à Palestina, da Bolívia a Portugal e outros países da Europa. Esta é uma realidade que é necessário valorizar quando o imperialismo apresenta como imparável a sua ofensiva global para o domínio do mundo; quando procura apresentar como «terroristas» e «rebeldes» a combater todos os que não se conformam com as imposições do FMI, BM, OMC e resistem às agressões dos EUA, da NATO, das grandes potências capitalistas; quando descrevem de tal modo o que vai pelo mundo que dir-se-ia ter acabado a luta por valores e por ideais, e hoje só existirem «terroristas» a abater, «bandidos» e «senhores da guerra» a roubar, imigrantes a conter com fortes muros de protecção do «modo de vida ocidental», miseráveis de mão estendida à cínica «caridade» de multinacionais e «Ong»s ou, quando muito, «altermundialistas» mais ou menos inofensivos.
Não, o quadro não é esse. Há forças progressistas e revolucionárias que resistem e lutam numa escala muito maior da que conhecemos. Mas dito isto importa pôr também o acento em traços e dinâmicas do capitalismo que adquirem uma feição cada vez mais inquietante. A luta tem alcançado vitórias e imposto recuos temporários. Isso é evidente na viragem à esquerda na América Latina, no «Não» francês e holandês à chamada «constituição europeia», nas batalhas travadas na OMC contra a liberalização dos mercados, em golpes vibrados na arrogância imperialista dos EUA pela emergência de alianças que se lhe opõem ou pelo crescente papel internacional da China. A verdade porém é que não só se agrava a política de exploração como, para a impor, crescem sem cessar o braço armado e o braço repressivo do poder. O que se está a passar com crescentes ataques às liberdades e direitos democráticos, não deve enganar ninguém. A pretexto da chamada «guerra ao terrorismo» e da «troca de liberdade por segurança» que ela exigiria está-se a banalizar e a legitimar tudo, da tortura aos crimes da CIA, das escutas telefónicas à vídeo-vigilância generalizada, da prisão sem culpa formada à negação dos mais elementares direitos de quem quer que seja apanhado pela engrenagem das forças militares e policiais imperialistas. E não se pense que isto diz apenas respeito à sinistra equipe de Bush cujas ambições muitos autores insuspeitos equiparam às de Hitler. Não. Trata-se de uma tendência do capitalismo que se está a espalhar como nódoa de azeite, e de que a ambiciosa operação anticomunista em desenvolvimento no Conselho da Europa é expressão particularmente grave.
Frente a uma situação internacional tão perigosa necessitamos realmente de uma grande determinação no combate e de muita confiança na possibilidade de o vencer. Confiança que se forja no próprio processo da luta de classes e se torna convicção pela assimilação da experiência histórica acumulada pelo movimento operário e comunista. E da história do nosso Partido em particular. O 85º aniversário do PCP que dentro de dois meses celebraremos será uma boa ocasião para o demonstrar.
Perante a violência da ofensiva capitalista seria um erro não ver aquilo que precisamente os média burgueses procuram ocultar: os trabalhadores e os povos não se rendem, não abdicam dos seus direitos e aspirações. A luta libertadora prossegue em todos os continentes, de Cuba (cujo 47º aniversário da sua heróica revolução saudamos) ao Iraque e ao Afeganistão, da Venezuela bolivariana à Palestina, da Bolívia a Portugal e outros países da Europa. Esta é uma realidade que é necessário valorizar quando o imperialismo apresenta como imparável a sua ofensiva global para o domínio do mundo; quando procura apresentar como «terroristas» e «rebeldes» a combater todos os que não se conformam com as imposições do FMI, BM, OMC e resistem às agressões dos EUA, da NATO, das grandes potências capitalistas; quando descrevem de tal modo o que vai pelo mundo que dir-se-ia ter acabado a luta por valores e por ideais, e hoje só existirem «terroristas» a abater, «bandidos» e «senhores da guerra» a roubar, imigrantes a conter com fortes muros de protecção do «modo de vida ocidental», miseráveis de mão estendida à cínica «caridade» de multinacionais e «Ong»s ou, quando muito, «altermundialistas» mais ou menos inofensivos.
Não, o quadro não é esse. Há forças progressistas e revolucionárias que resistem e lutam numa escala muito maior da que conhecemos. Mas dito isto importa pôr também o acento em traços e dinâmicas do capitalismo que adquirem uma feição cada vez mais inquietante. A luta tem alcançado vitórias e imposto recuos temporários. Isso é evidente na viragem à esquerda na América Latina, no «Não» francês e holandês à chamada «constituição europeia», nas batalhas travadas na OMC contra a liberalização dos mercados, em golpes vibrados na arrogância imperialista dos EUA pela emergência de alianças que se lhe opõem ou pelo crescente papel internacional da China. A verdade porém é que não só se agrava a política de exploração como, para a impor, crescem sem cessar o braço armado e o braço repressivo do poder. O que se está a passar com crescentes ataques às liberdades e direitos democráticos, não deve enganar ninguém. A pretexto da chamada «guerra ao terrorismo» e da «troca de liberdade por segurança» que ela exigiria está-se a banalizar e a legitimar tudo, da tortura aos crimes da CIA, das escutas telefónicas à vídeo-vigilância generalizada, da prisão sem culpa formada à negação dos mais elementares direitos de quem quer que seja apanhado pela engrenagem das forças militares e policiais imperialistas. E não se pense que isto diz apenas respeito à sinistra equipe de Bush cujas ambições muitos autores insuspeitos equiparam às de Hitler. Não. Trata-se de uma tendência do capitalismo que se está a espalhar como nódoa de azeite, e de que a ambiciosa operação anticomunista em desenvolvimento no Conselho da Europa é expressão particularmente grave.
Frente a uma situação internacional tão perigosa necessitamos realmente de uma grande determinação no combate e de muita confiança na possibilidade de o vencer. Confiança que se forja no próprio processo da luta de classes e se torna convicção pela assimilação da experiência histórica acumulada pelo movimento operário e comunista. E da história do nosso Partido em particular. O 85º aniversário do PCP que dentro de dois meses celebraremos será uma boa ocasião para o demonstrar.