Pelo distrito de Santarém

Estado tem obrigações ambientais

Num dia destinado às questões do ambiente, Jerónimo de Sousa exigiu que o Estado assuma as suas obrigações ambientais. O candidato comunista, de passagem pelo distrito de Santarém, destacou os deveres do Estado para com o combate à poluição e com a salvaguarda das condições de vida saudáveis para as populações. A poluição dos rios foi um dos temas abordados.
De visita ao rio Alviela, na localidade de Vaqueiros, o candidato comunista constatou a poluição do rio, provocada fundamentalmente pela descarga de efluentes industriais. Para Jerónimo de Sousa, a defesa do meio ambiente não é contraditória com a manutenção em funcionamento das indústrias dos curtumes. E lembrou que o Estado tem a «primeira responsabilidade, devendo investir mais» no sistema concebido para o tratamento dos efluentes destas indústrias. Até porque, alertou, a poluição do Alviela é provocada por «produtos químicos altamente poluentes que, não sendo tratados, levam a uma situação de saúde pública, em primeiro lugar, e de qualidade de vida». O problema da poluição do Alviela vem já desde os tempos do fascismo e prolongou-se pelos governos de Cavaco Silva e António Guterres. Jerónimo de Sousa valorizou as movimentações das populações em defesa da despoluição do rio e destacou que o que se conseguiu até hoje foi graças a estas movimentações.
O candidato acusou depois a entidade responsável pela manutenção do sistema de tratamento de efluentes de fugir às suas responsabilidades devido à falta de concretização de obras que deveriam ter sido asseguradas pela Administração Central. Para o candidato presidencial comunista, a sua deslocação a Vaqueiros e, mais tarde, a Pernes, foi um sinal e uma chamada de atenção para um bem público que «vale a pena defender, a água».
Em Vaqueiros, Jerónimo de Sousa participou num almoço confeccionado com produtos biológicos, de que se destacava uma feijoada sem carne. O candidato comunista defendeu a atribuição de incentivos à agricultura biológica, considerando importante que se siga o exemplo de alguns países, como a França, que têm já grandes áreas dedicadas aquele tipo de cultivo sem aditivos químicos.


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