Aumentos de preços preocupam
O aumento de preços de bens essenciais poderá ter desastrosas consequências para os trabalhadores e vastas camadas da população, denunciou Jerónimo de Sousa numa reunião com o movimento dos utentes (MUSP).
Estes aumentos seguem-se a outros, verificados no ano passado
Preocupado com os anunciados aumentos de preços, e com as «desastrosas consequências» que poderão ter na vida dos trabalhadores portugueses e de outras camadas desfavorecidas da população, o candidato presidencial Jerónimo de Sousa recebeu, dia 28, uma delegação do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP). Acompanhado por Jorge Pires e Eduardo Vieira, respectivamente da Comissão Política e do Comité Central do PCP, o candidato manifestou a sua apreensão com a subida dos preços de bens e serviços essenciais, muito acima da taxa de inflação: As portagens aumentam 2,8 por cento, as taxas moderadoras sofrem aumentos de 5,1 por cento nas urgências, o preço dos transportes sofre um agravamento médio de 2,3 por cento, a electricidade de 2,3 por cento, e o pão aumentará no mínimo 10 por cento.
Em seguida, o candidato comunista recordou que em 2005 os preços já sofreram grandes aumentos. 7,7 por cento nos transportes; 2,3 na electricidade; 11,5 nas propinas; 8,3 no gás; 13 na gasolina; 10 por cento no pão. Estes aumentos, afirmou, terão como «consequência imediata o agravamento das condições de vida da esmagadora maioria dos portugueses e o acentuar da perda do poder de compra dos salários e o endividamento das famílias portuguesas, que já chegou aos 118 por cento».
Crise é só para a maioria
Ao mesmo tempo que aumenta os preços, denunciou o candidato presidencial comunista, o Governo, através do ministro das Finanças, veio defender «aumentos» salariais de 1,5 por cento para a Administração Pública. Jerónimo de Sousa denunciou um dos «eixos do ataque aos salários», que são as previsões em baixa da inflação e o cálculo dos salários através destas previsões. Através do recurso a esta técnica, entre 2000 e o ano passado, a diferença entre a inflação prevista e registada foi de mais de 5 por cento.
Em resultado destas políticas de moderação salarial impostas pelos sucessivos governos, denunciou o candidato, apenas 39,8 por cento da riqueza criada é para salários, ao passo que a União Europeia se situa nos 51 por cento. Jerónimo de Sousa revelou em seguida os privilégios de que gozam grandes grupos económicos e administradores de empresas públicas. Por exemplo, o Totta, o BCP, o BPI e o BES acumularam, entre Janeiro e Setembro, lucros de 187.500 euros por hora. Ao mesmo tempo, a GALP somava, por hora, ganhos de mais de 61 mil euros. A Brisa, a EDP, a PT e a GALP arrecadaram, em 2004, lucros da ordem dos 1500 milhões de euros.
Os ganhos dos gestores também em pouco se podem comparar com a situação vivida pela generalidade dos trabalhadores portugueses, acusou o candidato comunista.
O encontro realizou-se a pedido do candidato, que afirmou acompanhar com interesse a intervenção determinada dos utentes em defesa dos serviços públicos. Em sua opinião, esta também é uma luta em defesa da democracia social constante na Lei fundamental. Carlos Braga, do MUSP, entregou ao candidato comunista a resolução do 5.º encontro do movimento, recentemente realizado em Vila Nova de Gaia, e reafirmou as suas preocupações com o estado da educação, da saúde, dos transportes e de outros bens e serviços fundamentais.
Em seguida, o candidato comunista recordou que em 2005 os preços já sofreram grandes aumentos. 7,7 por cento nos transportes; 2,3 na electricidade; 11,5 nas propinas; 8,3 no gás; 13 na gasolina; 10 por cento no pão. Estes aumentos, afirmou, terão como «consequência imediata o agravamento das condições de vida da esmagadora maioria dos portugueses e o acentuar da perda do poder de compra dos salários e o endividamento das famílias portuguesas, que já chegou aos 118 por cento».
Crise é só para a maioria
Ao mesmo tempo que aumenta os preços, denunciou o candidato presidencial comunista, o Governo, através do ministro das Finanças, veio defender «aumentos» salariais de 1,5 por cento para a Administração Pública. Jerónimo de Sousa denunciou um dos «eixos do ataque aos salários», que são as previsões em baixa da inflação e o cálculo dos salários através destas previsões. Através do recurso a esta técnica, entre 2000 e o ano passado, a diferença entre a inflação prevista e registada foi de mais de 5 por cento.
Em resultado destas políticas de moderação salarial impostas pelos sucessivos governos, denunciou o candidato, apenas 39,8 por cento da riqueza criada é para salários, ao passo que a União Europeia se situa nos 51 por cento. Jerónimo de Sousa revelou em seguida os privilégios de que gozam grandes grupos económicos e administradores de empresas públicas. Por exemplo, o Totta, o BCP, o BPI e o BES acumularam, entre Janeiro e Setembro, lucros de 187.500 euros por hora. Ao mesmo tempo, a GALP somava, por hora, ganhos de mais de 61 mil euros. A Brisa, a EDP, a PT e a GALP arrecadaram, em 2004, lucros da ordem dos 1500 milhões de euros.
Os ganhos dos gestores também em pouco se podem comparar com a situação vivida pela generalidade dos trabalhadores portugueses, acusou o candidato comunista.
O encontro realizou-se a pedido do candidato, que afirmou acompanhar com interesse a intervenção determinada dos utentes em defesa dos serviços públicos. Em sua opinião, esta também é uma luta em defesa da democracia social constante na Lei fundamental. Carlos Braga, do MUSP, entregou ao candidato comunista a resolução do 5.º encontro do movimento, recentemente realizado em Vila Nova de Gaia, e reafirmou as suas preocupações com o estado da educação, da saúde, dos transportes e de outros bens e serviços fundamentais.