Atenção, nada de distrações!
É a criminalização e repressão de quantos resistem ao imperialismo
Um militar português morre no Afeganistão. Surgem notícias inquietantes sobre a utilização de território português por aviões da CIA em operações criminosas, envolvendo o sequestro, a tortura, o assassinato, a privação fascizante dos direitos humanos mais elementares. É anunciado que Portugal integrará a força que em Rafah, na fronteira de Gaza com o Egipto, vai fiscalizar a aplicação de um acordo precário e injusto, que uma vez mais subtrai ao povo palestiniano elementares direitos de soberania.
Três notícias recentes, a juntar a tantas outras, que obrigam à reflexão sobre os perigosos caminhos que no plano externo segue a política do governo do PS. Política que nada tem a ver com os interesses e a soberania nacionais, antes expressa uma acrítica, sistemática e vergonhosa submissão de Portugal ao imperialismo. Política que, como tem sido sublinhado pelo camarada Jerónimo de Sousa, afronta a letra e o espírito da Constituição. Política em que têm sistematicamente coincidido PS e PSD e com que é necessário operar uma profunda ruptura, reconduzindo-a aos trilhos de independência abertos pela revolução de Abril. Porque o que está em causa é muito sério. Em primeiro lugar a soberania nacional, mas também a democracia e o próprio regime democrático constitucional. Uma e outra coisa são inseparáveis. E nesta reflexão o conceito de «terrorismo» é incontornável, como se viu na Cimeira Euro-Mediterrânica de Barcelona com a vergonhosa aliança da UE e de Israel para assimilar terrorismo e luta armada e negar o direito de resistência à ocupação.
Foi em nome do «combate ao terrorismo» que os EUA e seus aliados bombardearam e invadiram o Afeganistão e uma força militar portuguesa destacada para patrulhar Cabul. É em nome do «combate ao terrorismo» que os EUA semeiam prisões secretas por esse mundo fora e que, com o concurso de governos venais e corruptos para a «governação» da globalização capitalista, violam a soberania de numerosos Estados. É para impedir (imposição de Israel) que «terroristas» utilizem a fronteira de Rafah que Portugal é envolvido em mais uma operação no estrangeiro, enquanto o seu próprio território está cada vez mais à mercê das multinacionais e do braço armado que as sustenta.
É uma evidência que sob a capa do «combate ao terrorismo» o que está em curso é uma grande ofensiva contra os trabalhadores e contra os povos; é uma resposta de força do capitalismo, violenta e terrorista, à crise em que se debate e às agudas contradições que percorrem o mundo contemporâneo; é o propósito de sufocar inevitáveis explosões de descontentamento e protesto popular; é a criminalização e repressão de quantos resistem ao imperialismo.
E não se pense que tudo isto, dizendo-nos respeito, se passa entretanto apenas em paragens longínquas. Não. Passa-se na Europa, onde há partidos comunistas ilegalizados (como na Estónia, cujo presidente acaba de visitar Portugal); onde está pendente no Conselho da Europa um famigerado relatório anticomunista; onde decorre julgamento-farsa de um Chefe de Estado, pelo «crime» de se ter oposto ao desmantelamento da Jugoslávia; onde leis ditas «anti-terroristas» vão questionando e liquidando liberdades democráticas fundamentais.
É neste contexto que qualquer distração em relação aos perigos que espreitam é perigosa. Entre outros sinais, é preciso levar muito a sério o atrevimento provocador de Paulo Portas quando reclama para o país «uma nova partida», «um novo princípio», «uma nova Constituição». O grande capital e as forças mais conservadoras e reaccionárias da sociedade portuguesa, não estão ainda saciadas com o que já abocanharam e destruíram da nossa revolução libertadora. Querem sempre mais e espreitam a sua oportunidade. Temos de ter isto bem presente no esclarecimento e mobilização para o voto em Jerónimo de Sousa, na luta para barrar o caminho a projectos que se alinham por detrás do candidato da direita.
Três notícias recentes, a juntar a tantas outras, que obrigam à reflexão sobre os perigosos caminhos que no plano externo segue a política do governo do PS. Política que nada tem a ver com os interesses e a soberania nacionais, antes expressa uma acrítica, sistemática e vergonhosa submissão de Portugal ao imperialismo. Política que, como tem sido sublinhado pelo camarada Jerónimo de Sousa, afronta a letra e o espírito da Constituição. Política em que têm sistematicamente coincidido PS e PSD e com que é necessário operar uma profunda ruptura, reconduzindo-a aos trilhos de independência abertos pela revolução de Abril. Porque o que está em causa é muito sério. Em primeiro lugar a soberania nacional, mas também a democracia e o próprio regime democrático constitucional. Uma e outra coisa são inseparáveis. E nesta reflexão o conceito de «terrorismo» é incontornável, como se viu na Cimeira Euro-Mediterrânica de Barcelona com a vergonhosa aliança da UE e de Israel para assimilar terrorismo e luta armada e negar o direito de resistência à ocupação.
Foi em nome do «combate ao terrorismo» que os EUA e seus aliados bombardearam e invadiram o Afeganistão e uma força militar portuguesa destacada para patrulhar Cabul. É em nome do «combate ao terrorismo» que os EUA semeiam prisões secretas por esse mundo fora e que, com o concurso de governos venais e corruptos para a «governação» da globalização capitalista, violam a soberania de numerosos Estados. É para impedir (imposição de Israel) que «terroristas» utilizem a fronteira de Rafah que Portugal é envolvido em mais uma operação no estrangeiro, enquanto o seu próprio território está cada vez mais à mercê das multinacionais e do braço armado que as sustenta.
É uma evidência que sob a capa do «combate ao terrorismo» o que está em curso é uma grande ofensiva contra os trabalhadores e contra os povos; é uma resposta de força do capitalismo, violenta e terrorista, à crise em que se debate e às agudas contradições que percorrem o mundo contemporâneo; é o propósito de sufocar inevitáveis explosões de descontentamento e protesto popular; é a criminalização e repressão de quantos resistem ao imperialismo.
E não se pense que tudo isto, dizendo-nos respeito, se passa entretanto apenas em paragens longínquas. Não. Passa-se na Europa, onde há partidos comunistas ilegalizados (como na Estónia, cujo presidente acaba de visitar Portugal); onde está pendente no Conselho da Europa um famigerado relatório anticomunista; onde decorre julgamento-farsa de um Chefe de Estado, pelo «crime» de se ter oposto ao desmantelamento da Jugoslávia; onde leis ditas «anti-terroristas» vão questionando e liquidando liberdades democráticas fundamentais.
É neste contexto que qualquer distração em relação aos perigos que espreitam é perigosa. Entre outros sinais, é preciso levar muito a sério o atrevimento provocador de Paulo Portas quando reclama para o país «uma nova partida», «um novo princípio», «uma nova Constituição». O grande capital e as forças mais conservadoras e reaccionárias da sociedade portuguesa, não estão ainda saciadas com o que já abocanharam e destruíram da nossa revolução libertadora. Querem sempre mais e espreitam a sua oportunidade. Temos de ter isto bem presente no esclarecimento e mobilização para o voto em Jerónimo de Sousa, na luta para barrar o caminho a projectos que se alinham por detrás do candidato da direita.