Uma questão de «oportunidade de agenda»
«Não há oportunidade de agenda», «não se coloca nenhuma iniciativa sobre essa matéria»! Assim respondeu o M.Defesa Luís Amado quando, na decorrência dum requerimento do Grupo Parlamentar do PCP, foi questionado sobre possíveis diligências do Governo para esclarecer os voos da CIA, que estão documentados, ou outras operações em território ou com cooperação nacional em conexão com as «rendições extraordinárias» - jargão «ciático» para o sequestro e transferência para as suas «prisões secretas», fora dos USA, de suspeitos de terrorismo.
Nesses «buracos negros», pelo menos oito, instalados em «países amigos» dos USA, como a «fidelíssima» Polónia, os suspeitos são torturados, com «técnicas psicológicas inovadoras», como ontem preconizava o director da CIA P.Goss, ou com «métodos tradicionais», mais ou menos subcontratados a agentes desses Estados, enjaulados para sempre, sem julgamento nem réstia de humanidade, ou liquidados algures, a coberto do «assassination right» e da criminosa arrogância imperialista de Bush, Cheney & Cia.
A desculpa do Governo PS/Sócrates para nada fazer, é que, disse o MNE Freitas do Amaral, «desde que este Governo tomou posse» nada terá acontecido. Isto é, ao contrário de países que estão a investigar factos anteriores às escalas no Porto de aviões da CIA até Agosto de 2003, e que pediram explicações aos USA – Suécia, Noruega, Espanha –, da Dinamarca que proibiu os voos, ou da Itália que tem em curso um inquérito judicial às acções criminosas da CIA, este Governo considera desnecessário apurar o que se passou, quem decidiu e qual a participação dos Serviços de Informações, não pede explicações ao «amigo americano», não considera oportuno demarcar-se do sucedido, nem tomar medidas para o futuro. É uma vergonha e uma abdicação de soberania nacional, indigna e inaceitável.
Mesmo nos USA, nesta fase do «Plamegate», a «política de tortura» de Bush foi contida no Congresso, e no Senado discute-se o fim da invasão do Iraque. Mesmo Blair viu cinquenta deputados do «Labour» abandoná-lo na duração desmedida da «detenção extra judicial» de suspeitos. Mas este Governo PS/Sócrates não tem vontade política para sequer se distanciar dos crimes da CIA, prefere que os seus «especialistas», Rui Pereira depois de A.Vitorino, teorizem sobre a «CIA europeia» - que neste quadro pouco mais seria que uma das muitas agências coordenadas pelo poderoso Director Nacional de «Inteligence» USA, John Negroponte.
Apenas uma questão de «oportunidade de agenda»(!)
Nesses «buracos negros», pelo menos oito, instalados em «países amigos» dos USA, como a «fidelíssima» Polónia, os suspeitos são torturados, com «técnicas psicológicas inovadoras», como ontem preconizava o director da CIA P.Goss, ou com «métodos tradicionais», mais ou menos subcontratados a agentes desses Estados, enjaulados para sempre, sem julgamento nem réstia de humanidade, ou liquidados algures, a coberto do «assassination right» e da criminosa arrogância imperialista de Bush, Cheney & Cia.
A desculpa do Governo PS/Sócrates para nada fazer, é que, disse o MNE Freitas do Amaral, «desde que este Governo tomou posse» nada terá acontecido. Isto é, ao contrário de países que estão a investigar factos anteriores às escalas no Porto de aviões da CIA até Agosto de 2003, e que pediram explicações aos USA – Suécia, Noruega, Espanha –, da Dinamarca que proibiu os voos, ou da Itália que tem em curso um inquérito judicial às acções criminosas da CIA, este Governo considera desnecessário apurar o que se passou, quem decidiu e qual a participação dos Serviços de Informações, não pede explicações ao «amigo americano», não considera oportuno demarcar-se do sucedido, nem tomar medidas para o futuro. É uma vergonha e uma abdicação de soberania nacional, indigna e inaceitável.
Mesmo nos USA, nesta fase do «Plamegate», a «política de tortura» de Bush foi contida no Congresso, e no Senado discute-se o fim da invasão do Iraque. Mesmo Blair viu cinquenta deputados do «Labour» abandoná-lo na duração desmedida da «detenção extra judicial» de suspeitos. Mas este Governo PS/Sócrates não tem vontade política para sequer se distanciar dos crimes da CIA, prefere que os seus «especialistas», Rui Pereira depois de A.Vitorino, teorizem sobre a «CIA europeia» - que neste quadro pouco mais seria que uma das muitas agências coordenadas pelo poderoso Director Nacional de «Inteligence» USA, John Negroponte.
Apenas uma questão de «oportunidade de agenda»(!)