Paleio grandíloquo
Títulos do Público: 13 de Novembro: «Alegre desafia Jerónimo a clarificar objectivos»; 20 de Novembro: «Manuel Alegre desafia Jerónimo de Sousa a dizer se vai às urnas». Para além dos desafios, Alegre, no seu habitual paleio grandíloquo, não se cansa de acusar a candidatura de Jerónimo de Sousa, de «gastar mais energia a combater a minha do que a de direita». De tal forma que, de tão repetidas, essas acusações mais parecem um programa eleitoral. Posto isto, de duas, uma: ou o candidato Alegre anda distraído, ou (hipótese mais provável) quer-nos distrair a nós. É possível, também, que estas distracções de Alegre decorram do facto de se sentir inebriado com o tratamento VIP que os média lhe têm dado - ele diz que não, mas sabe que sim, e sabe, igualmente, que quando fala de «candidatos que estão a ser levados ao colo», está a falar de si próprio.
Manuel Alegre sabe que Jerónimo de Sousa irá a votos no dia 22 de Janeiro – pelo que, a sua insistência em insinuar que assim não é, não passa de uma manobra de baixa política, muito ao estilo dos que, como ele, são os principais protagonistas da política de direita que, ao longo de longos trinta anos, conduziu o País ao estado em que está e a que o OE agora em discussão (e que Alegre apoia) vai dar continuidade.
Manuel Alegre sabe que a candidatura de Jerónimo de Sousa não gasta mais tempo a atacá-lo a ele do que a atacar a candidatura de direita – e ao fazer tal afirmação (acompanhando-a de uma insinuação, que seria torpe se não fosse tão ridícula, sobre «acordos que desconhecemos...») outra coisa não pretende do que tentar que passe despercebida a opinião que ele, Alegre, tem sobre o candidato da direita: «uma pessoa séria, uma pessoa íntegra», tanto que «não vou deixar de dormir descansado se Cavaco Silva ganhar as eleições» (enfim, uma pessoa com a qual, de facto, qualquer Alegre pode fazer acordos...)
Manuel Alegre sabe que a candidatura de Jerónimo de Sousa tem como objectivo primeiro e age visando a derrota da candidatura da direita e bom seria que ele pudesse dizer o mesmo, dizendo verdade, da sua candidatura.
Aliás, bom seria que Alegre, sabendo o que sabe, deixasse de fingir que sabe o contrário; que, em vez de vitimizações demagógicas e fanfarronices de «nervos de aço», combatesse, de facto, a candidatura da direita; que em vez de afirmar, demonstrasse que não precisa de «lições de ética de ninguém».
Manuel Alegre sabe que Jerónimo de Sousa irá a votos no dia 22 de Janeiro – pelo que, a sua insistência em insinuar que assim não é, não passa de uma manobra de baixa política, muito ao estilo dos que, como ele, são os principais protagonistas da política de direita que, ao longo de longos trinta anos, conduziu o País ao estado em que está e a que o OE agora em discussão (e que Alegre apoia) vai dar continuidade.
Manuel Alegre sabe que a candidatura de Jerónimo de Sousa não gasta mais tempo a atacá-lo a ele do que a atacar a candidatura de direita – e ao fazer tal afirmação (acompanhando-a de uma insinuação, que seria torpe se não fosse tão ridícula, sobre «acordos que desconhecemos...») outra coisa não pretende do que tentar que passe despercebida a opinião que ele, Alegre, tem sobre o candidato da direita: «uma pessoa séria, uma pessoa íntegra», tanto que «não vou deixar de dormir descansado se Cavaco Silva ganhar as eleições» (enfim, uma pessoa com a qual, de facto, qualquer Alegre pode fazer acordos...)
Manuel Alegre sabe que a candidatura de Jerónimo de Sousa tem como objectivo primeiro e age visando a derrota da candidatura da direita e bom seria que ele pudesse dizer o mesmo, dizendo verdade, da sua candidatura.
Aliás, bom seria que Alegre, sabendo o que sabe, deixasse de fingir que sabe o contrário; que, em vez de vitimizações demagógicas e fanfarronices de «nervos de aço», combatesse, de facto, a candidatura da direita; que em vez de afirmar, demonstrasse que não precisa de «lições de ética de ninguém».