Enfermeiros afrontam medidas injustas
Na manhã do dia 10, horas antes de se integrarem na jornada de luta da CGTP-IN, dezenas de enfermeiros concentraram-se junto à Presidência do Conselho de Ministros.
Só a unidade na luta pode devolver aos enfermeiros a dignidade profissional
Nesta acção, promovida pelo sindicato dos Enfermeiros Portugueses, foi anunciada uma greve de três dias, para a próxima semana.
A greve que será alternada por regiões, conta também com a adesão do Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira.
No dia 22, vão parar os enfermeiros da região Norte, de Viana do Castelo, Braga, Porto, Bragança e Vila Real.
No dia 23, será a vez da região Centro, nos distritos de Aveiro, Leiria, Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco.
Dia 24, a greve far-se-á sentir na região Sul e nas ilhas (nos distritos de Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja, Faro e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira).
Em causa está o fim do direito à reforma aos 57 anos - numa profissão penosa, de rápido desgaste como é a enfermagem – o congelamento da progressão nas carreiras e a precariedade, sem garantias relativamente à efectividade dos contratos de trabalho.
Em declarações à imprensa, a dirigente do SEP, Guadalupe Simões, adiantou que, com a greve, os enfermeiros pretendem levar ao início das negociações relativas às carreiras de enfermagem e à avaliação de desempenho, de forma a pôr fim às contratações a termo nas instituições de Saúde, que classifica de «admissões vergonhosas».
A desonestidade do Governo
Com o novo estatuto de aposentação aprovado pelo Governo PS, no dia 3, os enfermeiros estão ameaçados de terem de trabalhar até aos 65 anos, situação que, segundo o SEP, terá repercussões graves ao nível da qualidade dos serviços prestados aos utentes e da saúde destes e dos trabalhadores.
O diploma, que pretende impor o aumento da idade de reforma para os 65 anos, foi aprovado pelo Governo um dia após o Ministério da Saúde ter consultado o sindicato para saber da sua disponibilidade para negociar o diploma, atitude que levou à indignação dos representantes da classe, por considerarem ter-se tratado de um comportamento «intelectualmente desonesto, eticamente incorrecto, reprovável e que «demonstra laivos de autocracia que há muito tínhamos pensado não existir», considerou o SEP, na nota que anuncia a greve.
Já no dia seguinte à aprovação do diploma, o sindicato tinha solicitado ao Presidente da República que o vetasse, por o Governo ter aprovado as alterações antes de o processo negocial estar concluído. Foi também solicitada a intervenção dos grupos parlamentares, para que fiscalizem o que os enfermeiros consideram ser uma imposição de diplomas por parte do executivo de Sócrates, atitude que o SEP diz demonstrar pouco respeito pelos trabalhadores e pelos parceiros sociais.
Um quase genocídio
Segundo Guadalupe Simões, a proposta do Governo PS, relativa à aposentação, é «um quase genocídio premeditado» contra os enfermeiros, que vêem degradar-se as condições de aposentação em mais oito anos de trabalho.
Como agravante, o executivo de Sócrates pretende impor uma carreira contributiva de 40 anos, em simultâneo com a nova idade de aposentação. Como consequência, muitos terão de trabalhar até aos 71 anos de idade, para receberem a aposentação completa, denunciou a mesma dirigente sindical.
Após a quase total adesão à greve dos enfermeiros nos dias 12 e 13 de Outubro, e depois da participação na jornada de luta da CGTP-IN de muitos profissionais de enfermagem, o SEP vai prosseguir com o esforço de mobilização de todos os enfermeiros para a luta da próxima semana.
A greve que será alternada por regiões, conta também com a adesão do Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira.
No dia 22, vão parar os enfermeiros da região Norte, de Viana do Castelo, Braga, Porto, Bragança e Vila Real.
No dia 23, será a vez da região Centro, nos distritos de Aveiro, Leiria, Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco.
Dia 24, a greve far-se-á sentir na região Sul e nas ilhas (nos distritos de Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja, Faro e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira).
Em causa está o fim do direito à reforma aos 57 anos - numa profissão penosa, de rápido desgaste como é a enfermagem – o congelamento da progressão nas carreiras e a precariedade, sem garantias relativamente à efectividade dos contratos de trabalho.
Em declarações à imprensa, a dirigente do SEP, Guadalupe Simões, adiantou que, com a greve, os enfermeiros pretendem levar ao início das negociações relativas às carreiras de enfermagem e à avaliação de desempenho, de forma a pôr fim às contratações a termo nas instituições de Saúde, que classifica de «admissões vergonhosas».
A desonestidade do Governo
Com o novo estatuto de aposentação aprovado pelo Governo PS, no dia 3, os enfermeiros estão ameaçados de terem de trabalhar até aos 65 anos, situação que, segundo o SEP, terá repercussões graves ao nível da qualidade dos serviços prestados aos utentes e da saúde destes e dos trabalhadores.
O diploma, que pretende impor o aumento da idade de reforma para os 65 anos, foi aprovado pelo Governo um dia após o Ministério da Saúde ter consultado o sindicato para saber da sua disponibilidade para negociar o diploma, atitude que levou à indignação dos representantes da classe, por considerarem ter-se tratado de um comportamento «intelectualmente desonesto, eticamente incorrecto, reprovável e que «demonstra laivos de autocracia que há muito tínhamos pensado não existir», considerou o SEP, na nota que anuncia a greve.
Já no dia seguinte à aprovação do diploma, o sindicato tinha solicitado ao Presidente da República que o vetasse, por o Governo ter aprovado as alterações antes de o processo negocial estar concluído. Foi também solicitada a intervenção dos grupos parlamentares, para que fiscalizem o que os enfermeiros consideram ser uma imposição de diplomas por parte do executivo de Sócrates, atitude que o SEP diz demonstrar pouco respeito pelos trabalhadores e pelos parceiros sociais.
Um quase genocídio
Segundo Guadalupe Simões, a proposta do Governo PS, relativa à aposentação, é «um quase genocídio premeditado» contra os enfermeiros, que vêem degradar-se as condições de aposentação em mais oito anos de trabalho.
Como agravante, o executivo de Sócrates pretende impor uma carreira contributiva de 40 anos, em simultâneo com a nova idade de aposentação. Como consequência, muitos terão de trabalhar até aos 71 anos de idade, para receberem a aposentação completa, denunciou a mesma dirigente sindical.
Após a quase total adesão à greve dos enfermeiros nos dias 12 e 13 de Outubro, e depois da participação na jornada de luta da CGTP-IN de muitos profissionais de enfermagem, o SEP vai prosseguir com o esforço de mobilização de todos os enfermeiros para a luta da próxima semana.