Agravar as assimetrias
Encarados com particular preocupação pelo PCP foram também os brutais cortes de investimento público nas diversas regiões do País, traduzindo-se numa queda global de 25% relativamente a 2005.
Classificando-os de «inaceitáveis e escandalosos», tais cortes no PIDDAC regional agravarão as assimetrias regionais, «comprometendo ainda mais a coesão interna e o desenvolvimento sustentado do País», adverte a bancada comunista.
Contas feitas, observa, há nove distritos onde a descida é superior a 30% (Beja, Braga, Bragança, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Viana do Castelo), sendo que em dois (Vila Real e Viseu) é superior a 40%, enquanto no distrito do Porto a queda é de quase 55% relativamente a 2005.
Com esta «injusta e desigual distribuição da riqueza pelo território nacional», em paralelo com a ausência de perspectivas de desenvolvimento económico e de políticas de qualificação e de fixação de recursos humanos no interior do País - demonstraram-no as Jornadas - inevitável é o agravamento das assimetrias e desequilíbrios territoriais e regionais, bem como da concentração populacional nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com consequências evidentes no agravamento dos problemas sociais e na degradação das condições de vida das populações.
Citado como testemunho desta realidade foi o próprio caso do concelho de Odivelas, onde se realizaram as Jornadas e no decurso das quais os deputados comunistas reuniram com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, tendo ainda visitado o Centro de Saúde da Pontinha. Àquela comissão, constataram, faltam os meios e os apoios para o exercício da sua actividade. Ao Centro de Saúde, a funcionar em «instalações impróprias e degradadas», sem quadro de pessoal, faltam condições para os profissionais de saúde bem como condições de atendimento para os 37.900 utentes, 9.400 dos quais não têm médico de família.
Mas o quadro de carências não se esgota aqui, como frisou Bernardino Soares, confessando que bem gostaria de ter visitado também centros de saúde nas freguesias de Ramada e de Olival de Basto. Só que não houve visitas, ironizou, pela simples razão que não existem. Enquanto, por outro lado, em Odivelas e na Póvoa de Santo Adrião, para um universo de cerca de 100 mil utentes, «há muitos anos que se espera por novas instalações pois também funcionam em instalações impróprias e desadequadas».
«Não pudemos visitar uma grande unidade produtiva como a Cometna ou a Optilom, pois foram encerradas no espaço de um ano, nem tão pouco foi possível visitar as esquadras da PSP em Famões, Póvoa de Santo Adrião, Olival de Basto e Ramada porque não existem. Odivelas e Pontinha necessitam de instalações adequadas», acrescentou o líder parlamentar comunista, concluindo que a proposta de PIDDAC (apenas 387.000 euros), manifestamente insuficiente, não contempla nenhuma destas necessidades da população e do concelho de Odivelas.
Classificando-os de «inaceitáveis e escandalosos», tais cortes no PIDDAC regional agravarão as assimetrias regionais, «comprometendo ainda mais a coesão interna e o desenvolvimento sustentado do País», adverte a bancada comunista.
Contas feitas, observa, há nove distritos onde a descida é superior a 30% (Beja, Braga, Bragança, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Viana do Castelo), sendo que em dois (Vila Real e Viseu) é superior a 40%, enquanto no distrito do Porto a queda é de quase 55% relativamente a 2005.
Com esta «injusta e desigual distribuição da riqueza pelo território nacional», em paralelo com a ausência de perspectivas de desenvolvimento económico e de políticas de qualificação e de fixação de recursos humanos no interior do País - demonstraram-no as Jornadas - inevitável é o agravamento das assimetrias e desequilíbrios territoriais e regionais, bem como da concentração populacional nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com consequências evidentes no agravamento dos problemas sociais e na degradação das condições de vida das populações.
Citado como testemunho desta realidade foi o próprio caso do concelho de Odivelas, onde se realizaram as Jornadas e no decurso das quais os deputados comunistas reuniram com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, tendo ainda visitado o Centro de Saúde da Pontinha. Àquela comissão, constataram, faltam os meios e os apoios para o exercício da sua actividade. Ao Centro de Saúde, a funcionar em «instalações impróprias e degradadas», sem quadro de pessoal, faltam condições para os profissionais de saúde bem como condições de atendimento para os 37.900 utentes, 9.400 dos quais não têm médico de família.
Mas o quadro de carências não se esgota aqui, como frisou Bernardino Soares, confessando que bem gostaria de ter visitado também centros de saúde nas freguesias de Ramada e de Olival de Basto. Só que não houve visitas, ironizou, pela simples razão que não existem. Enquanto, por outro lado, em Odivelas e na Póvoa de Santo Adrião, para um universo de cerca de 100 mil utentes, «há muitos anos que se espera por novas instalações pois também funcionam em instalações impróprias e desadequadas».
«Não pudemos visitar uma grande unidade produtiva como a Cometna ou a Optilom, pois foram encerradas no espaço de um ano, nem tão pouco foi possível visitar as esquadras da PSP em Famões, Póvoa de Santo Adrião, Olival de Basto e Ramada porque não existem. Odivelas e Pontinha necessitam de instalações adequadas», acrescentou o líder parlamentar comunista, concluindo que a proposta de PIDDAC (apenas 387.000 euros), manifestamente insuficiente, não contempla nenhuma destas necessidades da população e do concelho de Odivelas.