Duas caras do PS sobre o Estoril-Sol

No concelho de Cascais, a candidatura do PS à Câmara espalhou cartazes a manifestar-se contra o negócio do Hotel Estoril-Sol. Um candidato da CDU, que foi funcionário daquela unidade hoteleira durante 30 anos e dirigente das estruturas representativas dos trabalhadores, em comentário que fez chegar à nossa Redacção, considera «incrível» que o Governo do PS se mostre favorável à demolição e que o seu candidato no concelho seja contra tal plano.
O negócio em questão consiste na troca do hotel – encerrado há três anos, depois de ter despedido o pessoal – por três torres de apartamentos, com 14 pisos cada. Para António Lemos, as afirmações do candidato socialista «pecam por tardias», pois o PS «teve tempo e possibilidade de intervir publicamente, quando os trabalhadores, apoiados pelos seus sindicatos e por outras forças políticas, o fizeram». Alertado para as consequências que o encerramento do Estoril-Sol traria para o concelho, «a sua manifestação pública foi pouca ou nenhuma e, nessa altura, poderia ter feito a diferença».
Agora, afirma o candidato da CDU, os proprietários (a Estoril-Sol) «pensam em tudo, menos em cumprir o que afirmaram, ou seja, construir um novo hotel de 250 quartos, em cima do Casino Estoril, recuperar o Hotel Miramar, e construir um hotel de altíssimo luxo, incluído no novo empreendimento de três torres» previsto para os terrenos do hotel encerrado.
No dia 8 deste mês, o Ministério do Ambiente emitiu parecer definitivo favorável ao Plano de Pormenor do Estoril Sol, contrastando esta decisão do Governo com a posição do candidato do PS no concelho.


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