Manifestação reprimida
Milhares de bascos manifestaram-se no domingo, em São Sebastião, sob o lema «Agora o povo, agora a paz», enfrentando um forte contingente policial com ordens para reprimir a acção.
As cargas policiais provocaram dezenas de feridos
O desfile, convocado pelo partido Batasuna, ilegalizado em 2003 sob a acusação de ser o braço político da organização armada ETA, fora proibido na passada semana pelas autoridades regionais, decisão que foi confirmada, no sábado, pelo Tribunal Superior Basco.
Inicialmente prevista para o centro da cidade, a manifestação acabou realizar-se na parte velha já que a artéria principal se encontrava ocupada por um imponente dispositivo policial com duas dezenas de viaturas.
Já depois de concluída a manifestação, em que participaram cerca de cinco mil pessoas segundo cálculos do Batasuna, alguns activistas manifestaram-se na Avenida da Liberdade, queimando contentores de lixo em protesto contra a presença da polícia de choque.
Os agentes dispararam balas de borracha e carregaram sobre os manifestantes, provocando dezenas de feridos, incluindo transeuntes e residentes. Cinco feridos deram entrada em centros hospitalares, entre eles, um cidadão austríaco de 66 anos, atingido por uma bala no olho quando seguia os acontecimentos da sua varanda.
Segundo o jornal basco Gara, um elevado número de pessoas, que apresentavam contusões provocadas por balas ou por bastonadas, foram assistidas em ambulâncias deslocadas para o local.
A polícia deteve ainda sete indivíduos que foram acusados, na segunda-feira, de actos de desordem pública e de participação numa manifestação ilegal.
Iniciar o diálogo
No comício realizado na Praça Zuloaga, no final do desfile que percorreu as ruas da parte antiga de São Sebastião, Joseba Alvarez, dirigente do Batasuna, sublinhou que o objectivo desta formação independentista é «alcançar um ponto de partida para que o País Basco possa iniciar o seu processo de resolução em democracia e em paz».
Retomando a proposta apresentada pelo Batasuna no velódromo de Anoeta, em finais do ano passado, Alvarez considerou que «nestes oito meses conseguimos mudar o clima político na sociedade bascas. A esquerda independentista abriu a porta da esperança para o País Basco, uma nova oportunidade».
Alvarez insistiu na necessidade de abrir o diálogo em duas frentes, uma com todos os partidos e outra com a ETA, frisando que a organização armada «já manifestou a sua disposição de integrar uma mesa de diálogo». Por isso, concluiu, «não há desculpas políticas», apelando ao chefe do governo espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, para que dê passos nesse sentido.
Inicialmente prevista para o centro da cidade, a manifestação acabou realizar-se na parte velha já que a artéria principal se encontrava ocupada por um imponente dispositivo policial com duas dezenas de viaturas.
Já depois de concluída a manifestação, em que participaram cerca de cinco mil pessoas segundo cálculos do Batasuna, alguns activistas manifestaram-se na Avenida da Liberdade, queimando contentores de lixo em protesto contra a presença da polícia de choque.
Os agentes dispararam balas de borracha e carregaram sobre os manifestantes, provocando dezenas de feridos, incluindo transeuntes e residentes. Cinco feridos deram entrada em centros hospitalares, entre eles, um cidadão austríaco de 66 anos, atingido por uma bala no olho quando seguia os acontecimentos da sua varanda.
Segundo o jornal basco Gara, um elevado número de pessoas, que apresentavam contusões provocadas por balas ou por bastonadas, foram assistidas em ambulâncias deslocadas para o local.
A polícia deteve ainda sete indivíduos que foram acusados, na segunda-feira, de actos de desordem pública e de participação numa manifestação ilegal.
Iniciar o diálogo
No comício realizado na Praça Zuloaga, no final do desfile que percorreu as ruas da parte antiga de São Sebastião, Joseba Alvarez, dirigente do Batasuna, sublinhou que o objectivo desta formação independentista é «alcançar um ponto de partida para que o País Basco possa iniciar o seu processo de resolução em democracia e em paz».
Retomando a proposta apresentada pelo Batasuna no velódromo de Anoeta, em finais do ano passado, Alvarez considerou que «nestes oito meses conseguimos mudar o clima político na sociedade bascas. A esquerda independentista abriu a porta da esperança para o País Basco, uma nova oportunidade».
Alvarez insistiu na necessidade de abrir o diálogo em duas frentes, uma com todos os partidos e outra com a ETA, frisando que a organização armada «já manifestou a sua disposição de integrar uma mesa de diálogo». Por isso, concluiu, «não há desculpas políticas», apelando ao chefe do governo espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, para que dê passos nesse sentido.