PAC é má para Portugal

«As propostas da Comissão Europeia não servem os interesses da agricultura e poderão ter sérias consequências para a agricultura familiar, os pequenos e médios agricultores», alertou na terça-feira, a deputada Ilda Figueredo, durante o debate sobre a reforma da política agrícola comum realizado no Parlamento Europeu.
A deputada do PCP manifestou-se contra o estabelecimento das «ajudas na base de referências históricas dos últimos anos» e «a sua desvinculação da produção, o que, desde logo, beneficia os maiores produtores e os países de agricultura mais avançada e condena os mais atrasados, os pequenos e a agricultura familiar à sua actual situação».
Destacando como «positivas» algumas alterações aprovadas na Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural aprovou, Ilda Figueiredo considerou especialmente preocupante o relatório Arlindo Cunha (PSD), «que se aproxima perigosamente da proposta do Comissário Fischler», não avançando «com uma verdadeira proposta de modulação e aceitando «a desvinculação total das ajudas da produção para alguns pagamentos das culturas arvenses e bovinos».
A deputada insistiu ainda nas propostas apresentadas pelo grupo comunista que procuram «minorar os aspectos mais injustos da proposta da Comissão, designadamente, a criação, no âmbito do desenvolvimento rural, de uma indemnização compensatória complementar para os pequenos agricultores e a agricultura familiar. Esta proposta, em conexão com critérios de elegibilidade estritos, visaria dar uma ajuda anual de 1000 euros aos agricultores mais necessitados».


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