Austríacos defendem pensões

Mais de um milhão de austríacos cumpriram uma greve, na terça-feira, 3, paralisando o país, pela primeira vez desde há mais de 50 anos, em protesto contra a redução dos direitos de reforma.
Convocada pela poderosa Federação de Sindicatos Austríacos, a greve ultrapassou largamente os níveis de adesão registados na jornada de 6 de Maio, afectou os transportes públicos, desde comboios e autocarros até ao metro, todo o sistema educativo e boa parte dos serviço públicos.
Paradas estiveram também centenas de empresas privadas e a própria polícia, incluindo os guardas de fronteira. Os postos de controlo encerraram e o tráfego comercial com os países do leste europeu ficou interrompido.
A greve estendeu-se aos serviços de limpeza e recolha de lixo, às estações de correio e tesourarias de Finanças, enquanto a auto-estrada que liga Viena ao aeroporto esteve bloqueada por piquetes sindicais. Nas principais estradas do país os camiões circularam a velocidade reduzida, provocando gigantescos engarrafamentos.
Refira-se que, desde a jornada de 6 de Maio, o governo austríaco fez importantes concessões aos sindicatos, limitando as reduções nas pensões a dez por cento, contra os 20 por cento inicialmente pretendidos, e adiando para data a determinar a votação do projecto pelo parlamento.
Porém os sindicatos não desmobilizaram e as razões que apresentam têm o apoio de 68 por cento dos assalariados com menos de 30 anos e 80 por cento dos inquiridos, segundo uma recente sondagem de opinião.


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