Greve nacional dia 15
Apesar das pressões e manobras de intimidação, a força do descontentamento cresce, nos dias de preparação da luta, que vai dar continuidade à grande manifestação de 17 de Junho.
O Governo ataca os trabalhadores e os serviços públicos
As estruturas sindicais da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública realizam reuniões e plenários, para esclarecimento e mobilização dos trabalhadores. Ao decidir a realização da greve nacional de dia 15, a Frente definiu igualmente que as acções de esclarecimento continuarão durante o verão, até Setembro.
Os não docentes da Universidade de Coimbra, reunidos na semana passada, em dois plenários realizados no Polo 2 e no Teatro Paulo Quintela, «manifestaram a sua preocupação e uma forte determinação para a luta contra as medidas que o Governo quer impor», informou o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Centro. Os trabalhadores recusam a privatização de serviços, a existência de carreiras e salários diferenciados para funções idênticas, e rejeitam também «uma política falsa e populista, de nivelamento por baixo e sempre à custa dos mesmos».
O STAL, em comunicado para ampla distribuição, acusa o primeiro-ministro de tentar «novamente transformar os trabalhadores no “bode expiatório” para os problemas do País». Ao elencar os motivos para a participação na greve, o sindicato previne que o congelamento das mudanças de escalão («falaciosamente» apelidadas de progressões ou promoções automáticas» por José Sócrates) será uma fase «transitória para alterações ainda mais gravosas nas carreiras, no sistema retributivo e na classificação de serviço».
Reagindo à intervenção do primeiro-ministro no Parlamento, o STAL realça a afirmação de que as medidas anunciadas seriam levadas a cabo independentemente dos valores do défice das contas públicas. Entende o sindicato que «o primeiro-ministro desmascarou a mentira utilizada para o lançamento de mais esta ofensiva». «Não restam quaisquer dúvidas de que, afinal, o Governo pretende é dar continuidade às políticas de direita levadas a cabo ao longo dos últimos anos, contra os trabalhadores e os serviços públicos», conclui o STAL.
A Federação Nacional dos Médicos apresentou na semana passada o pré-aviso de greve, para dia 15, pela defesa de direitos constitucionais consagrados, de uma efectiva actualização salarial, da estabilidade de emprego e de «serviços públicos de qualidade, em clara oposição às políticas privatizadoras».
As pressões e manobras contra quem optou pela luta foram particularmente evidentes durante a greve dos professores, de 20 a 23 de Junho, como então denunciou a Fenprof. Para anteontem, o Sindicato dos Professores da Região Centro convocou uma conferência de imprensa, onde iria anunciar a resposta «nos planos jurídico e político-sindical» às «atitudes persecutórias» da Direcção Regional da Educação e de conselhos executivos de escolas.
Só de terça
a quinta?
«Será que o direito à greve não pode ou não deve ser exercido às sextas ou segundas-feiras, para não haver fins-de-semana prolongados», protesta a Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública. Sucede que, «não tendo visto questionar os objectivos da greve, já vimos, no entanto, tentar denegrir o uso do direito à greve, por ser uma sexta-feira».
Face aos comentários surgidos na comunicação social, a este propósito, a FNSFP recorda que «antes do 25 de Abril, o exercício deste direito era reprimido, quantas vezes pela força das armas». Lembra ainda que exercer o direito à greve «implica perda de vencimento, em qualquer dia da semana».
A federação alerta que, «se quem opina mandasse, naturalmente só poderíamos fazer grave três dias por semana».
Os não docentes da Universidade de Coimbra, reunidos na semana passada, em dois plenários realizados no Polo 2 e no Teatro Paulo Quintela, «manifestaram a sua preocupação e uma forte determinação para a luta contra as medidas que o Governo quer impor», informou o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Centro. Os trabalhadores recusam a privatização de serviços, a existência de carreiras e salários diferenciados para funções idênticas, e rejeitam também «uma política falsa e populista, de nivelamento por baixo e sempre à custa dos mesmos».
O STAL, em comunicado para ampla distribuição, acusa o primeiro-ministro de tentar «novamente transformar os trabalhadores no “bode expiatório” para os problemas do País». Ao elencar os motivos para a participação na greve, o sindicato previne que o congelamento das mudanças de escalão («falaciosamente» apelidadas de progressões ou promoções automáticas» por José Sócrates) será uma fase «transitória para alterações ainda mais gravosas nas carreiras, no sistema retributivo e na classificação de serviço».
Reagindo à intervenção do primeiro-ministro no Parlamento, o STAL realça a afirmação de que as medidas anunciadas seriam levadas a cabo independentemente dos valores do défice das contas públicas. Entende o sindicato que «o primeiro-ministro desmascarou a mentira utilizada para o lançamento de mais esta ofensiva». «Não restam quaisquer dúvidas de que, afinal, o Governo pretende é dar continuidade às políticas de direita levadas a cabo ao longo dos últimos anos, contra os trabalhadores e os serviços públicos», conclui o STAL.
A Federação Nacional dos Médicos apresentou na semana passada o pré-aviso de greve, para dia 15, pela defesa de direitos constitucionais consagrados, de uma efectiva actualização salarial, da estabilidade de emprego e de «serviços públicos de qualidade, em clara oposição às políticas privatizadoras».
As pressões e manobras contra quem optou pela luta foram particularmente evidentes durante a greve dos professores, de 20 a 23 de Junho, como então denunciou a Fenprof. Para anteontem, o Sindicato dos Professores da Região Centro convocou uma conferência de imprensa, onde iria anunciar a resposta «nos planos jurídico e político-sindical» às «atitudes persecutórias» da Direcção Regional da Educação e de conselhos executivos de escolas.
Só de terça
a quinta?
«Será que o direito à greve não pode ou não deve ser exercido às sextas ou segundas-feiras, para não haver fins-de-semana prolongados», protesta a Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública. Sucede que, «não tendo visto questionar os objectivos da greve, já vimos, no entanto, tentar denegrir o uso do direito à greve, por ser uma sexta-feira».
Face aos comentários surgidos na comunicação social, a este propósito, a FNSFP recorda que «antes do 25 de Abril, o exercício deste direito era reprimido, quantas vezes pela força das armas». Lembra ainda que exercer o direito à greve «implica perda de vencimento, em qualquer dia da semana».
A federação alerta que, «se quem opina mandasse, naturalmente só poderíamos fazer grave três dias por semana».