No dia 12, quinta-feira, teve lugar uma greve, entre as 8 e as 10 horas e das 16.30 às 18.30, que teve adesão total, na Lisnave, Gestnave e empresas associadas, informaram os órgãos representativos dos trabalhadores.
«A greve foi coroada de êxito», mantendo-se ao serviço no estaleiro da Mitrena, em Setúbal, apenas cerca de meia centena de trabalhadores da área da segurança, «como estabelece a lei». Caso as administrações daquelas empresas não respondam positivamente ao Caderno Reivindicativo, que contém as propostas dos trabalhadores para o corrente ano, estes «serão forçados a voltar à luta», afirmam os ORTs, na nota divulgada à imprensa.
Como se refere no documento, em Dezembro os trabalhadores da Lisnave, Gestnave e associadas (em laboração no estaleiro da Mitrena) aprovaram em assembleia as reivindicações para 2005. O Caderno Reivindicativo «abrange todos quantos trabalham no estaleiro, ainda que com entidades patronais diferentes, e matérias não correspondentes a todos os trabalhadores». Nesse documento único, reclama-se, designadamente:
- a actualização salarial, nas suas diferentes componentes;
- o rejuvenescimento do quadro de pessoal da Lisnave;
- a integração no quadro de pessoal da Lisnave de todos os trabalhadores da Gestnave e associadas, não abrangidos pelo plano da pré-reforma;
- 25 dias de féérias e a redução do horário de trabalho;
- equiparação das condições salariais e sociais, no estaleiro da Mitrena.
Os ORTs salientam que «é no equilíbrio de todos estes componentes que encontraremos soluções para que o estaleiro da Mitrena tenha futuro», de forma a «manter os postos de trabalho de todos nós e viabilizar a criação de novos postos de trabalho com direitos».