Uma cidade com futuro
Os comunistas de Lisboa estão há cerca de um ano a preparar as eleições autárquicas de 2005. Entretanto, a CDU realizou, sábado, em Alcântara, um encontro onde apresentou as suas linhas programáticas.
A CDU é uma força indispensável à defesa de Lisboa
«A par das linhas programáticas, o alargamento unitário da CDU é uma questão fundamental para alcançarmos os objectivos traçados. As listas, em fase adiantada de constituição, são compostas por membros do PCP, de “Os Verdes” e muitos independentes. A apresentação dos candidatos vai ser feita em iniciativas públicas, amplas e abertas à população, a partir dos finais de Abril», anuncia, em nota dirigida à comunicação social, a coligação, após um encontro de quadros que se realizou, sábado, em Alcântara. Esta iniciativa contou com a participação de Francisco Lopes, da Comissão Política do PCP.
Entretanto, continua o documento, foram «muitas e cirúrgicas as promessas feitas pela actual maioria, mas três anos depois, é enorme o choque da realidade». Eis algumas promessas: Recuperação do Parque Mayer, reabilitação urbana, devolução da cidade aos jovens, melhorar o trânsito e o estacionamento, priorizar o transporte público, acabar com a betonização da cidade, uma piscina em cada bairro e um polícia em cada esquina e revitalização da Baixa de Lisboa.
«Passaram três anos e o que aconteceu?», interrogam-se os eleitos do PCP, acusando a autarquia de ter desarticulado a máquina municipal, enchendo a Câmara de «boys» do PSD e do CDS, desvalorizando os quadros municipais existentes. «As promessas eleitorais foram na maioria esquecidas, degradou-se o espaço público, rede viária, arruamentos, estacionamento, iluminação pública, espaços verdes, etc. Apostou-se, sobretudo, na propaganda mesmo de obra não realizada», denuncia a CDU.
Oposição à política de direita
Mas as críticas dos comunistas, eleitos nos diversos órgãos autárquicos, não se cingem apenas à coligação PSD/CDS-PP. Para a CDU de Lisboa, o PS, neste mandato, teve uma intervenção altamente negativa para a cidade.
«O PS provou no mandato que, não estando condicionado por um programa e por uma aliança com o PCP, a sua prática desliza sempre para a direita, privilegiando os negócios e especulação imobiliária, desprezando a defesa da cidade e do povo de Lisboa, como fazia antes de 1989 e como sempre fez no Governo», incriminam, sublinhando que a CDU, «na Câmara e na Assembleia Municipal, nas freguesias, mas também nas ruas, foi a única oposição à política de direita na autarquia».
Para a CDU, com os olhos postos nas eleições de Outubro, a melhor garantia da derrota da direita seria num quadro de coligação das forças democráticas. Tal não foi ainda possível por responsabilidade do PS. Tudo aponta que a CDU concorrerá às eleições com a sua sigla.
Sobre esta matéria, Francisco Lopes salientou que o PCP não vê a coligação (CDU/PS) como uma mera disputa de influências, «para nós a questão essencial é o projecto alternativo que responda os problemas da cidade e aos interesses e aspirações da sua população».
A prova disto, segundo disse, foi a forma como os comunistas consideraram a coligação em Lisboa em 1989. «O PCP e os seus aliados tinham 27 por cento dos votos e o PS apenas 17 por cento, o PCP e os seus aliados tinham 12 freguesias e o PS não tinha nenhuma. Tal facto não impediu o acordo. Numa avaliação global sobre a situação da cidade e dos interesses da população, não foi o critério aritmético que determinaria ser o PCP a indicar o candidato à presidência da Câmara a prevalecer e foi o PS a fazer essa indicação», frisou Francisco Lopes.
No encontro de sábado, que contou com a participação de mais de 200 pessoas, a CDU apresentou ainda as grandes linhas do programa eleitoral que privilegia, nomeadamente, a modernização administrativa e recursos humanos, urbanismo, acessibilidades e transportes, educação e cultura, associativismo e desporto, juventude e actividades económicas.
Entretanto, continua o documento, foram «muitas e cirúrgicas as promessas feitas pela actual maioria, mas três anos depois, é enorme o choque da realidade». Eis algumas promessas: Recuperação do Parque Mayer, reabilitação urbana, devolução da cidade aos jovens, melhorar o trânsito e o estacionamento, priorizar o transporte público, acabar com a betonização da cidade, uma piscina em cada bairro e um polícia em cada esquina e revitalização da Baixa de Lisboa.
«Passaram três anos e o que aconteceu?», interrogam-se os eleitos do PCP, acusando a autarquia de ter desarticulado a máquina municipal, enchendo a Câmara de «boys» do PSD e do CDS, desvalorizando os quadros municipais existentes. «As promessas eleitorais foram na maioria esquecidas, degradou-se o espaço público, rede viária, arruamentos, estacionamento, iluminação pública, espaços verdes, etc. Apostou-se, sobretudo, na propaganda mesmo de obra não realizada», denuncia a CDU.
Oposição à política de direita
Mas as críticas dos comunistas, eleitos nos diversos órgãos autárquicos, não se cingem apenas à coligação PSD/CDS-PP. Para a CDU de Lisboa, o PS, neste mandato, teve uma intervenção altamente negativa para a cidade.
«O PS provou no mandato que, não estando condicionado por um programa e por uma aliança com o PCP, a sua prática desliza sempre para a direita, privilegiando os negócios e especulação imobiliária, desprezando a defesa da cidade e do povo de Lisboa, como fazia antes de 1989 e como sempre fez no Governo», incriminam, sublinhando que a CDU, «na Câmara e na Assembleia Municipal, nas freguesias, mas também nas ruas, foi a única oposição à política de direita na autarquia».
Para a CDU, com os olhos postos nas eleições de Outubro, a melhor garantia da derrota da direita seria num quadro de coligação das forças democráticas. Tal não foi ainda possível por responsabilidade do PS. Tudo aponta que a CDU concorrerá às eleições com a sua sigla.
Sobre esta matéria, Francisco Lopes salientou que o PCP não vê a coligação (CDU/PS) como uma mera disputa de influências, «para nós a questão essencial é o projecto alternativo que responda os problemas da cidade e aos interesses e aspirações da sua população».
A prova disto, segundo disse, foi a forma como os comunistas consideraram a coligação em Lisboa em 1989. «O PCP e os seus aliados tinham 27 por cento dos votos e o PS apenas 17 por cento, o PCP e os seus aliados tinham 12 freguesias e o PS não tinha nenhuma. Tal facto não impediu o acordo. Numa avaliação global sobre a situação da cidade e dos interesses da população, não foi o critério aritmético que determinaria ser o PCP a indicar o candidato à presidência da Câmara a prevalecer e foi o PS a fazer essa indicação», frisou Francisco Lopes.
No encontro de sábado, que contou com a participação de mais de 200 pessoas, a CDU apresentou ainda as grandes linhas do programa eleitoral que privilegia, nomeadamente, a modernização administrativa e recursos humanos, urbanismo, acessibilidades e transportes, educação e cultura, associativismo e desporto, juventude e actividades económicas.