Direita cede aos trabalhadores
O primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin, anunciou, no domingo, que o seu governo vai reabrir negociações salariais na função pública e impulsionar as do sector privado.
Sindicatos saúdam reabertura de negociações mas continuam vigilantes
A decisão governamental foi tomada após a maciça jornada de luta de quinta-feira, dia 10, convocada pelo conjunto das centrais sindicais, que juntou um milhão trabalhadores em greve do sectores público e privado em manifestações de protesto nos principais centros da França, com destaque para Paris, Bordéus, Marselha, Toulouse, Nantes e Lyon.
Além dos serviços e empresas públicas, como a eléctrica EDF-GDF, a telefónica France Telecom ou os correios La Poste, marcaram forte presença nos protestos os trabalhadores de empresas privadas, como a Alcatel, Carrefour, Coca-Cola, Nestlé, Renault ou Sanofi-Aventis.
Os sindicatos responsabilizam o governo pela perda de poder de compra nos últimos anos, que estimam ter descido cinco por cento desde 2000 no sector público e um pouco mais no privado.
As negociações com a função pública foram encerradas em Dezembro de 2004 pelo governo, que tentou impor uma actualização salarial de apenas um por cento.
As organizações sindicais congratularam-se pelo recuo do primeiro-ministro, que já marcou para o próximo dia 22 uma reunião negocial, mas sublinham que esperam «resultados concretos», não só para a função pública mas também para os restantes 15 milhões de assalariados do sector privado.
Estudantes e investigadores
Depois das manifestações de estudantes realizadas na passada semana, que reuniram cerca de 165 mil jovens em toda a França, segundo cálculos da polícia, os alunos do secundário voltaram a manifestar-se, na passada terça-feira, 15, dia em que a lei de orientação para a escola, aprovada no dia 2 na Assembleia Nacional, começou a ser analisada no Senado (câmara alta), onde o partido do governo, a União para um Movimento Popular, UMP, tem também maioria dos lugares.
Os estudantes exigem a retirada do diploma e exigem o aumento do financiamento da escola e o recrutamento de professores e auxiliares.
Em Fevereiro, pressionado pela elevada mobilização dos estudantes, o governo foi obrigado a da lei as alterações ao exame do final do secundário, que permite o acesso ao ensino superior. No entanto, a lei mantém vários aspectos que reduzem as opções educativas dos jovens.
Igualmente em luta contra um projecto de lei do governo de direita, milhares de investigadores científicos manifestaram-se, no dia 9, em toda a França, com destaque para o protesto de Paris que juntou mais de seis mil pessoas. Estes quadros científicos exigem que as verbas do Estado destinadas ao sector sejam aplicadas na investigação pública e não, como o governo pretende, no sector privado.
Além dos serviços e empresas públicas, como a eléctrica EDF-GDF, a telefónica France Telecom ou os correios La Poste, marcaram forte presença nos protestos os trabalhadores de empresas privadas, como a Alcatel, Carrefour, Coca-Cola, Nestlé, Renault ou Sanofi-Aventis.
Os sindicatos responsabilizam o governo pela perda de poder de compra nos últimos anos, que estimam ter descido cinco por cento desde 2000 no sector público e um pouco mais no privado.
As negociações com a função pública foram encerradas em Dezembro de 2004 pelo governo, que tentou impor uma actualização salarial de apenas um por cento.
As organizações sindicais congratularam-se pelo recuo do primeiro-ministro, que já marcou para o próximo dia 22 uma reunião negocial, mas sublinham que esperam «resultados concretos», não só para a função pública mas também para os restantes 15 milhões de assalariados do sector privado.
Estudantes e investigadores
Depois das manifestações de estudantes realizadas na passada semana, que reuniram cerca de 165 mil jovens em toda a França, segundo cálculos da polícia, os alunos do secundário voltaram a manifestar-se, na passada terça-feira, 15, dia em que a lei de orientação para a escola, aprovada no dia 2 na Assembleia Nacional, começou a ser analisada no Senado (câmara alta), onde o partido do governo, a União para um Movimento Popular, UMP, tem também maioria dos lugares.
Os estudantes exigem a retirada do diploma e exigem o aumento do financiamento da escola e o recrutamento de professores e auxiliares.
Em Fevereiro, pressionado pela elevada mobilização dos estudantes, o governo foi obrigado a da lei as alterações ao exame do final do secundário, que permite o acesso ao ensino superior. No entanto, a lei mantém vários aspectos que reduzem as opções educativas dos jovens.
Igualmente em luta contra um projecto de lei do governo de direita, milhares de investigadores científicos manifestaram-se, no dia 9, em toda a França, com destaque para o protesto de Paris que juntou mais de seis mil pessoas. Estes quadros científicos exigem que as verbas do Estado destinadas ao sector sejam aplicadas na investigação pública e não, como o governo pretende, no sector privado.