É útil recordar
Agora que Paulo Portas desembainhou as espadas (por sinal, algo rombas) da «estabilidade» e da «competência» e se prepara para todas as cenas que o seu faro eleitoralista lhe aconselhar, há coisas que é necessário recordar até porque, pelos vistos, na imprensa não há memória e a consulta aos arquivos parece dar muito trabalho.
A respeito deste personagem, é pois útil recordar que, em 2002 e entre outros temas, fez toda a campanha eleitoral explorando implacável e demagogicamente as dores e anseios de reformados, agricultores e pescadores, sendo agora necessário perguntar directamente a todos os que acreditaram nas suas encenações de palavras e de vestuário se viram de facto a sua situação melhorada nos três anos de participação do CDS-PP no governo.
Mas, de entre as grandes bandeiras eleitorais de Paulo Portas em 2002 (e também já em 1999, há uma outra – a da criminalidade e da insegurança – em que se tem de registar um por demais significativo silêncio do líder do CDS-PP ao longo dos últimos três. anos
Sim, passaram três anos em que nunca mais ninguém viu Paulo Portas a repetir o que fez em Fevereiro de 2001 quando, mostrando que sabia fazer divisões, arengava contra os «em>1000 crimes por dia, 615 roubos por dia, 526 escolas assaltadas por trimestre, 229 acções de gangs por mês, 1000 situações em que as forças de segurança foram agredidas ou desrespeitadas».
Sim, passaram três anos em que nunca mais houve «outdors» do CDS-PP ou do PSD (como houve na campanha autárquica de Lisboa em Dezembro de 2001) explorando e ampliando sem escrúpulos de qualquer espécie as inquietações e medos em relação a essa questão.
Sim, durante três anos as velhas e repetidas preocupações do CDS-PP e de Paulo Portas com a criminalidade e a segurança passaram pura e simplesmente à história.
Pela simples razão, que agora é necessário reavivar não para os imitar mas para os castigar, de que, segundo os relatórios oficiais, em 2002 a criminalidade aumentou 4,9% em relação a 2001 e em 2003 aumentou 6% em relação a 2002, agravando-se consideravelmente também todos os outros indicadores – como a «delinquência juvenil» ou «grupal» ou os «roubos por esticão» – que dantes faziam Paulo Portas ferver em (fingida) indignação e revolta.
E se assim escrevemos é porque, a muitos títulos, não é pouco importante que Paulo Portas e o CDS-PP sejam também claramente derrotados em 20 de Fevereiro e que a sua linha eleitoral de «estabilidade e competência» (inventada para «morder» no eleitorado do PSD) não chegue para compensar os votos que merece perder nos segmentos sociais que ludibriou em 2002.
E que, agora, bem podem encontrar no voto na CDU uma resposta séria, empenhada e honrada para as suas aspirações e preocupações
A respeito deste personagem, é pois útil recordar que, em 2002 e entre outros temas, fez toda a campanha eleitoral explorando implacável e demagogicamente as dores e anseios de reformados, agricultores e pescadores, sendo agora necessário perguntar directamente a todos os que acreditaram nas suas encenações de palavras e de vestuário se viram de facto a sua situação melhorada nos três anos de participação do CDS-PP no governo.
Mas, de entre as grandes bandeiras eleitorais de Paulo Portas em 2002 (e também já em 1999, há uma outra – a da criminalidade e da insegurança – em que se tem de registar um por demais significativo silêncio do líder do CDS-PP ao longo dos últimos três. anos
Sim, passaram três anos em que nunca mais ninguém viu Paulo Portas a repetir o que fez em Fevereiro de 2001 quando, mostrando que sabia fazer divisões, arengava contra os «em>1000 crimes por dia, 615 roubos por dia, 526 escolas assaltadas por trimestre, 229 acções de gangs por mês, 1000 situações em que as forças de segurança foram agredidas ou desrespeitadas».
Sim, passaram três anos em que nunca mais houve «outdors» do CDS-PP ou do PSD (como houve na campanha autárquica de Lisboa em Dezembro de 2001) explorando e ampliando sem escrúpulos de qualquer espécie as inquietações e medos em relação a essa questão.
Sim, durante três anos as velhas e repetidas preocupações do CDS-PP e de Paulo Portas com a criminalidade e a segurança passaram pura e simplesmente à história.
Pela simples razão, que agora é necessário reavivar não para os imitar mas para os castigar, de que, segundo os relatórios oficiais, em 2002 a criminalidade aumentou 4,9% em relação a 2001 e em 2003 aumentou 6% em relação a 2002, agravando-se consideravelmente também todos os outros indicadores – como a «delinquência juvenil» ou «grupal» ou os «roubos por esticão» – que dantes faziam Paulo Portas ferver em (fingida) indignação e revolta.
E se assim escrevemos é porque, a muitos títulos, não é pouco importante que Paulo Portas e o CDS-PP sejam também claramente derrotados em 20 de Fevereiro e que a sua linha eleitoral de «estabilidade e competência» (inventada para «morder» no eleitorado do PSD) não chegue para compensar os votos que merece perder nos segmentos sociais que ludibriou em 2002.
E que, agora, bem podem encontrar no voto na CDU uma resposta séria, empenhada e honrada para as suas aspirações e preocupações