Crimes contra a humanidade
Um relatório recentemente divulgado pela Comissão Internacional de Investigação aos acontecimentos em Darfur concluiu que, embora não se possa afirmar que o Sudão tenha levado a cabo uma política de genocídio, há fortes indícios de graves violações dos direitos humanos e do direito internacional, particularmente mortes, torturas, abusos sexuais e outros tipos de violência, cometidos pelas forças governamentais e pelas milícias sob o seu controlo.
As conclusões precisam que há «indícios de genocídio deliberado» por parte de membros das forças governamentais ou das milícias, mas «não uma intenção expressa das autoridades» de Cartum de aplicar uma política nesse sentido.
«Estes actos foram cometidos de uma forma ampla e sistemática, pelo que podem ser qualificados como crimes contra a humanidade», refere o relatório, que recomenda que se actue de imediato de forma a levar os responsáveis perante o Tribunal Penal Internacional (TPI).
O documento, sublinhando que estes crimes «não são menos sérios ou atrozes do que o genocídio», denuncia também as violações de direitos humanos cometidos pelos grupos rebeldes, embora sublinhando que não foram nem sistemáticas nem em grande escala.
Nova negociações
Entretanto, o chefe da diplomacia sudanesa, Mustafa Osman Ismail, em declarações à margem da IV Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), afirmou que as negociações de paz entre o governo sudanês e os rebeldes da região oeste de Darfur - Movimento de Libertação do Sudão (MLS) - vão recomeçar este mês na Nigéria. Segundo fonte diplomática, citada pela Lusa, a próxima ronda de negociações foi já marcada para a terceira semana de Fevereiro.
A última ronda de conversações, iniciada a 11 de Dezembro último em Abuja, fracassou devido à alegada violação do cessar-fogo assinado em Abril por parte das forças governamentais.
Desconhece-se, para já, se o outro grupo rebelde da região, o Movimento para a
Justiça e a Igualdade (MJI), vai participar na nova ronda de negociações.
Segundo dados das Nações Unidas, desde o início do conflito, em 2003, morreram mais de 70 000 pessoas, cerca de 1,6 milhões estão deslocadas a nível interno e 200 000 refugiadas no vizinho Chade.
As conclusões precisam que há «indícios de genocídio deliberado» por parte de membros das forças governamentais ou das milícias, mas «não uma intenção expressa das autoridades» de Cartum de aplicar uma política nesse sentido.
«Estes actos foram cometidos de uma forma ampla e sistemática, pelo que podem ser qualificados como crimes contra a humanidade», refere o relatório, que recomenda que se actue de imediato de forma a levar os responsáveis perante o Tribunal Penal Internacional (TPI).
O documento, sublinhando que estes crimes «não são menos sérios ou atrozes do que o genocídio», denuncia também as violações de direitos humanos cometidos pelos grupos rebeldes, embora sublinhando que não foram nem sistemáticas nem em grande escala.
Nova negociações
Entretanto, o chefe da diplomacia sudanesa, Mustafa Osman Ismail, em declarações à margem da IV Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), afirmou que as negociações de paz entre o governo sudanês e os rebeldes da região oeste de Darfur - Movimento de Libertação do Sudão (MLS) - vão recomeçar este mês na Nigéria. Segundo fonte diplomática, citada pela Lusa, a próxima ronda de negociações foi já marcada para a terceira semana de Fevereiro.
A última ronda de conversações, iniciada a 11 de Dezembro último em Abuja, fracassou devido à alegada violação do cessar-fogo assinado em Abril por parte das forças governamentais.
Desconhece-se, para já, se o outro grupo rebelde da região, o Movimento para a
Justiça e a Igualdade (MJI), vai participar na nova ronda de negociações.
Segundo dados das Nações Unidas, desde o início do conflito, em 2003, morreram mais de 70 000 pessoas, cerca de 1,6 milhões estão deslocadas a nível interno e 200 000 refugiadas no vizinho Chade.