Abbas apela ao fim da luta armada
«É impossível libertar a Palestina pelas armas», afirmou o presidente da OLP, Mahmoud Abbas, num comício eleitoral em Ramallah, a 26 de Dezembro.
«Israel tem que se retirar (e voltar) às fronteiras de 1967»
«Creio que está claro que uma solução militar (para o conflito israelo-palestiniano) é impossível», declarou Mahmoud Abbas (Abu Mazen) no segundo dia de campanha para as eleições de 9 de Janeiro, perante uma audiência de homens de negócios reunidos em Ramallah. «A única via é o caminho da paz. É impossível libertar a Palestina pelas armas porque o equilíbrio de forças não actua a nosso favor», sublinhou.
Considerado o grande favorito na corrida à presidência da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Abu Mazen apelou ao fim da luta armada e ao regresso da Intifada (a segunda, desencadeada em finais de Setembro de 2000) ao espírito da resistência popular pacífica.
Na véspera, no discurso de abertura da campanha eleitoral, Abbas já havia salientado que os palestinianos têm o direito de «construir um Estado nacional e independente mais do que qualquer povo no mundo... Um estado sem colonatos, um estado viável».
«Israel tem que se retirar (e voltar) às fronteiras de 1967, conforme a legislação internacional... Também não podemos abrir mão de Jerusalém. Exigimos um Estado livre de colonatos (judeus), já que, se concordarmos com um Estado com colonatos, isso não poderá ser chamado de Estado, mas de cantões», afirmou o dirigente da OLP.
Na ocasião, Abbas referiu-se ainda aos prisioneiros palestinianos, dizendo que a sua libertação é «uma questão nacional e prioritária». O candidato pediu igualmente a Israel que liberte o secretário-geral da Fatah na Cisjordânia, Marwan Barghouti, bem como Hussan Hader, deputado do mesmo grupo por Nablus, e Abdel Rahim Maluh, vice-secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
«Espero que chegue o dia em que todos os presos sejam libertados, porque queremos que esta tragédia acabe», sublinhou.
Calcula-se que cerca de 7000 palestinianos estão em prisões de Israel, 700 dos quais a cumprir prisão perpétua por alegada participação em ataques em que morreram israelitas.
Intelectuais apoiam Mazen
Abu Mazen, tido como um dirigente moderado, recebeu no domingo o apoio de mais de 500 personalidades palestinianas, que subscreveram um abaixo-assinado, divulgado na imprensa local, onde se apela ao reatamento das negociações de paz com Israel.
O apelo, a que aderiram políticos, ministros, intelectuais, advogados e escritores, pede às milícias que ponham fim aos ataques contra Israel.
«Reconhecemos o direito legítimo de enfrentar a ocupação, mas defendemos a restauração da natureza popular da Intifada e o fim de todo tipo de acção que prejudique a nossa causa e deteriore a credibilidade da nossa luta», refere o documento que teve honras de primeira página nos principais jornais palestinianos.
Os subscritores instam igualmente Abu Mazen a não ceder perante Israel nas reivindicações para um Estado independente com capital em Jerusalém e no respeitante ao reconhecimento das fronteiras de 1967.
De acordo com diversos observadores, o abaixo-assinado representa um importante apoio a Abu Mazen, cujos apelos à resistência exclusivamente popular contra a ocupação têm sido rejeitados pelas milícias palestinianas, que advogam a continuação da luta armada enquanto persistir a ocupação israelita.
Considerado o grande favorito na corrida à presidência da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Abu Mazen apelou ao fim da luta armada e ao regresso da Intifada (a segunda, desencadeada em finais de Setembro de 2000) ao espírito da resistência popular pacífica.
Na véspera, no discurso de abertura da campanha eleitoral, Abbas já havia salientado que os palestinianos têm o direito de «construir um Estado nacional e independente mais do que qualquer povo no mundo... Um estado sem colonatos, um estado viável».
«Israel tem que se retirar (e voltar) às fronteiras de 1967, conforme a legislação internacional... Também não podemos abrir mão de Jerusalém. Exigimos um Estado livre de colonatos (judeus), já que, se concordarmos com um Estado com colonatos, isso não poderá ser chamado de Estado, mas de cantões», afirmou o dirigente da OLP.
Na ocasião, Abbas referiu-se ainda aos prisioneiros palestinianos, dizendo que a sua libertação é «uma questão nacional e prioritária». O candidato pediu igualmente a Israel que liberte o secretário-geral da Fatah na Cisjordânia, Marwan Barghouti, bem como Hussan Hader, deputado do mesmo grupo por Nablus, e Abdel Rahim Maluh, vice-secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
«Espero que chegue o dia em que todos os presos sejam libertados, porque queremos que esta tragédia acabe», sublinhou.
Calcula-se que cerca de 7000 palestinianos estão em prisões de Israel, 700 dos quais a cumprir prisão perpétua por alegada participação em ataques em que morreram israelitas.
Intelectuais apoiam Mazen
Abu Mazen, tido como um dirigente moderado, recebeu no domingo o apoio de mais de 500 personalidades palestinianas, que subscreveram um abaixo-assinado, divulgado na imprensa local, onde se apela ao reatamento das negociações de paz com Israel.
O apelo, a que aderiram políticos, ministros, intelectuais, advogados e escritores, pede às milícias que ponham fim aos ataques contra Israel.
«Reconhecemos o direito legítimo de enfrentar a ocupação, mas defendemos a restauração da natureza popular da Intifada e o fim de todo tipo de acção que prejudique a nossa causa e deteriore a credibilidade da nossa luta», refere o documento que teve honras de primeira página nos principais jornais palestinianos.
Os subscritores instam igualmente Abu Mazen a não ceder perante Israel nas reivindicações para um Estado independente com capital em Jerusalém e no respeitante ao reconhecimento das fronteiras de 1967.
De acordo com diversos observadores, o abaixo-assinado representa um importante apoio a Abu Mazen, cujos apelos à resistência exclusivamente popular contra a ocupação têm sido rejeitados pelas milícias palestinianas, que advogam a continuação da luta armada enquanto persistir a ocupação israelita.