Napalm e tortura
O imperialismo dos EUA assemelha-se cada vez mais ao hitlerismo
Denúncias de crimes hediondos levantaram-se no últimos dias contra as forças de ocupação imperialista no Iraque. A Al-Jazeera (28.11.04) afirma que «os militares dos EUA estão a utilizar napalm e outras armas proibidas contra civis na cidade iraquiana de Faluja». O jornal britânico Sunday Mirror retoma as acusações (em notícia publicada no seu site de Internet em 28.11.04), descrevendo os efeitos do napalm: «transforma as suas vítimas em bolas de fogo humanas, uma vez que o gel funde as chamas com a carne». Talvez seja esta a razão que está por detrás da expulsão de Faluja do Crescente Vermelho Iraquiano (organização humanitária, análoga à Cruz Vermelha), por ordem dos comandos dos EUA (France Presse, 5.12.04).
Um jornal dos EUA havia já referido a utilização de fósforo branco contra os habitantes de Faluja. «Para esta operação tirámos as luvas» conta o Capitão Erik Krivda ao Washington Post (10.11.04), adiantando os jornalistas que «algumas peças de artilharia dispararam salvas de fósforo branco, que criou uma cortina de fogo que não podia ser extinta com água. Insurrectos relataram que foram atacados com uma substância que lhes derretia a pele, uma reacção que é consistente com queimaduras de fósforo branco». Um jornal britânico confirma a utilização desta arma (Daily Telegraph, 9.11.04).
Tais crimes estão a ser encobertos com novos crimes terroristas. A autora Naomi Klein escreveu (The Guardian, 26.11.04): «No Iraque, as forças dos EUA e dos seus súbditos iraquianos já nem se dão ao trabalho de esconder os ataques contra alvos civis e estão a eliminar abertamente todos quantos – médicos, clérigos, jornalistas – se atrevam a contar os cadáveres». Perante um protesto do Embaixador dos EUA no Reino Unido, Naomi Klein repetiu as acusações (The Guardian, 4.12.04), citando numerosos relatos de imprensa, entre os quais os de que os primeiros alvos dos EUA no ataque a Faluja foram os hospitais e centros médicos, opção que o New York Times afirmou ter resultado do facto de que «era a fonte de boatos sobre pesadas baixas». A preocupação já «justificara» o bombardeamento da televisão sérvia em 1999.
Mas as atrocidades da «mãe de todas as democracias ocidentais» não se ficam por aqui. O jornal New York Times refere (29.11.04) um relatório da Cruz Vermelha Internacional denuciando a prática de torturas no campo de concentração dos EUA em Guantanamo. O relatório refere que estas práticas são cada vez «mais refinadas e repressivas», e revela-se particularmente escandalizado pela colaboração de médicos do campo com os torcionários, transmitindo informações sobre as vulnerabilidades e a saúde mental dos presos, naquilo que a Cruz Vermelha designa «uma violação flagrante da ética médica». O próprio campo de concentração de Guantanamo é uma violação grosseira de todos os princípios jurídicos. Centenas de pessoas foram lançadas para as celas de Guantanamo, sem culpa formada nem julgamentos, sem acesso a advogados nem a visitas de famílias.
Estas denúncias seguem-se às conhecidas fotografias sobre a tortura de presos na prisão de Abu Graibe, e às novas fotos agora divulgadas (pela mulher de um soldado) de sevícias análogas praticadas por tropas de elite dos EUA (os Navy Seals). É hoje impossível continuar a negar que a tortura é prática corrente das forças do imperialismo norte-americano.
O imperialismo dos EUA assemelha-se cada vez mais ao hitlerismo, não apenas no seu objectivo de dominação mundial pela força, mas também nos seus crimes. Portugal é, por vontade dos sucessivos governos do PSD, PP e PS, fielmente submisso aos EUA e colaborador nas suas agressões militares (do Kosovo ao Iraque). É urgente que, nas eleições que agora se avizinham, estes partidos esclareçam a sua posição sobre os crimes a que agora assistimos. E esclareçam os eleitores sobre se pretendem continuar a corresponsabilizar Portugal, contra a vontade do seu povo e contra o texto Constitucional, nestas atrocidades.
Um jornal dos EUA havia já referido a utilização de fósforo branco contra os habitantes de Faluja. «Para esta operação tirámos as luvas» conta o Capitão Erik Krivda ao Washington Post (10.11.04), adiantando os jornalistas que «algumas peças de artilharia dispararam salvas de fósforo branco, que criou uma cortina de fogo que não podia ser extinta com água. Insurrectos relataram que foram atacados com uma substância que lhes derretia a pele, uma reacção que é consistente com queimaduras de fósforo branco». Um jornal britânico confirma a utilização desta arma (Daily Telegraph, 9.11.04).
Tais crimes estão a ser encobertos com novos crimes terroristas. A autora Naomi Klein escreveu (The Guardian, 26.11.04): «No Iraque, as forças dos EUA e dos seus súbditos iraquianos já nem se dão ao trabalho de esconder os ataques contra alvos civis e estão a eliminar abertamente todos quantos – médicos, clérigos, jornalistas – se atrevam a contar os cadáveres». Perante um protesto do Embaixador dos EUA no Reino Unido, Naomi Klein repetiu as acusações (The Guardian, 4.12.04), citando numerosos relatos de imprensa, entre os quais os de que os primeiros alvos dos EUA no ataque a Faluja foram os hospitais e centros médicos, opção que o New York Times afirmou ter resultado do facto de que «era a fonte de boatos sobre pesadas baixas». A preocupação já «justificara» o bombardeamento da televisão sérvia em 1999.
Mas as atrocidades da «mãe de todas as democracias ocidentais» não se ficam por aqui. O jornal New York Times refere (29.11.04) um relatório da Cruz Vermelha Internacional denuciando a prática de torturas no campo de concentração dos EUA em Guantanamo. O relatório refere que estas práticas são cada vez «mais refinadas e repressivas», e revela-se particularmente escandalizado pela colaboração de médicos do campo com os torcionários, transmitindo informações sobre as vulnerabilidades e a saúde mental dos presos, naquilo que a Cruz Vermelha designa «uma violação flagrante da ética médica». O próprio campo de concentração de Guantanamo é uma violação grosseira de todos os princípios jurídicos. Centenas de pessoas foram lançadas para as celas de Guantanamo, sem culpa formada nem julgamentos, sem acesso a advogados nem a visitas de famílias.
Estas denúncias seguem-se às conhecidas fotografias sobre a tortura de presos na prisão de Abu Graibe, e às novas fotos agora divulgadas (pela mulher de um soldado) de sevícias análogas praticadas por tropas de elite dos EUA (os Navy Seals). É hoje impossível continuar a negar que a tortura é prática corrente das forças do imperialismo norte-americano.
O imperialismo dos EUA assemelha-se cada vez mais ao hitlerismo, não apenas no seu objectivo de dominação mundial pela força, mas também nos seus crimes. Portugal é, por vontade dos sucessivos governos do PSD, PP e PS, fielmente submisso aos EUA e colaborador nas suas agressões militares (do Kosovo ao Iraque). É urgente que, nas eleições que agora se avizinham, estes partidos esclareçam a sua posição sobre os crimes a que agora assistimos. E esclareçam os eleitores sobre se pretendem continuar a corresponsabilizar Portugal, contra a vontade do seu povo e contra o texto Constitucional, nestas atrocidades.