Morreu Arafat, a luta continua!
É particularmente importante preservar e reforçar a unidade da OLP
Nestes dias a atenção do mundo inteiro voltou-se para a Palestina. Primeiro com a espectacular mediatização da misteriosa doença de Arafat e a iminência do seu desaparecimento. Depois com a notícia da sua morte e as extraordinárias e comoventes manifestações de pesar que rodearam os funerais do líder histórico da resistência palestiniana, sobretudo em Ramallah. A coesão da liderança palestiniana em torno da determinação combativa do seu povo emerge nestes dias como questão crucial para o futuro da causa nacional palestiniana.
O desaparecimento de Arafat constitui uma grande perda mas o povo palestiniano provou com a sua resistência heróica que, por maiores que sejam as dificuldades, está em condições de prosseguir a luta libertadora à qual ele dedicou toda a sua vida. E podemos afirmar, com o conhecimento que as estreitas relações do PCP com a Fatha, a FDLP, a FPLP e o PPP autorizam, que nesta hora difícil é particularmente importante preservar e reforçar a unidade da OLP. Esta é sem dúvida a maior conquista do povo palestiniano, uma conquista que o imperialismo e o sionismo tudo têm feito para enfraquecer e destruir, favorecendo descaradamente o desenvolvimento do Hamas e de outras correntes obscurantistas. Criminalizada e apodada de «terrorista» a OLP impôs-se como a única e legítima representante do povo palestiniano, ganhou representação na ONU e Arafat tornou-se o seu líder carismático. Mas a OLP é uma construção colectiva que não desaparece com a morte do seu Presidente. Sem essa força conseqüente, lutando simultaneamente pelos direitos nacionais e as aspirações progressistas do povo palestiniano, não é possível a vitória.
O PCP, que sempre esteve ao lado do povo palestiniano e da sua causa libertadora, que deu uma contribuição fundamental para a Conferência Mundial de Solidariedade que em 1979 trouxe pela primeira vez Arafat a Portugal, que se orgulha de ter posto o prestígio da revolução de Abril e a autoridade internacional dos comunistas portugueses ao serviço da unidade das principais componentes da OLP e da solidariedade com a sua justa luta, que em momentos difíceis deslocou delegações a Beirute, a Damasco, a Ramallah para encontrar Arafat e outros altos dirigentes palestinianos, insiste numa verdade essencial que não pode esquecer-se na hora actual: sem a solução da questão nacional palestiniana, sem o reconhecimento de um Estado Palestiniano independente e soberano com capital em Jerusalém, não haverá uma paz justa e duradoura no Médio Oriente.
É por isso necessário alertar para que o imperialismo e o sionismo, que aprisionaram Arafat na Muqata e ameaçaram com o seu assassinato, estão já, como se viu com a cimeira Bush-Blair, a desenvolver pressões inaceitáveis sobre o povo palestiniano e a sua liderança. É por isso necessário denunciar sem hesitação a criminosa política de terrorismo de Estado praticada por sucessivos governos israelitas, obrigar Israel a cumprir as resoluções da ONU, impor-lhe sanções, isolar e condenar os seus criminosos dirigentes a começar por Sharon, derrubar o muro da infâmia, desmantelar todos os colonatos, retirar as tropas de ocupação, libertar os milhares de presos políticos e resolver o gravíssimo problema de milhões de refugiados que há longos anos aguardam o regresso às suas casas e às suas terras de que foram violentamente expulsos. A nossa solidariedade por estes objectivos tem de intensificar-se.
As espantosas imagens do funeral de Arafat em Ramallah não se apagarão facilmente da nossa memória. Ali está a maior homenagem a que pode aspirar um combatente que entregou a vida à libertação do seu povo. Mas estão sobretudo uma causa e a determinação revolucionária de todo um povo, recordando-nos com força que são as massas que escrevem a História. Morreu Arafat mas a luta continua.
O desaparecimento de Arafat constitui uma grande perda mas o povo palestiniano provou com a sua resistência heróica que, por maiores que sejam as dificuldades, está em condições de prosseguir a luta libertadora à qual ele dedicou toda a sua vida. E podemos afirmar, com o conhecimento que as estreitas relações do PCP com a Fatha, a FDLP, a FPLP e o PPP autorizam, que nesta hora difícil é particularmente importante preservar e reforçar a unidade da OLP. Esta é sem dúvida a maior conquista do povo palestiniano, uma conquista que o imperialismo e o sionismo tudo têm feito para enfraquecer e destruir, favorecendo descaradamente o desenvolvimento do Hamas e de outras correntes obscurantistas. Criminalizada e apodada de «terrorista» a OLP impôs-se como a única e legítima representante do povo palestiniano, ganhou representação na ONU e Arafat tornou-se o seu líder carismático. Mas a OLP é uma construção colectiva que não desaparece com a morte do seu Presidente. Sem essa força conseqüente, lutando simultaneamente pelos direitos nacionais e as aspirações progressistas do povo palestiniano, não é possível a vitória.
O PCP, que sempre esteve ao lado do povo palestiniano e da sua causa libertadora, que deu uma contribuição fundamental para a Conferência Mundial de Solidariedade que em 1979 trouxe pela primeira vez Arafat a Portugal, que se orgulha de ter posto o prestígio da revolução de Abril e a autoridade internacional dos comunistas portugueses ao serviço da unidade das principais componentes da OLP e da solidariedade com a sua justa luta, que em momentos difíceis deslocou delegações a Beirute, a Damasco, a Ramallah para encontrar Arafat e outros altos dirigentes palestinianos, insiste numa verdade essencial que não pode esquecer-se na hora actual: sem a solução da questão nacional palestiniana, sem o reconhecimento de um Estado Palestiniano independente e soberano com capital em Jerusalém, não haverá uma paz justa e duradoura no Médio Oriente.
É por isso necessário alertar para que o imperialismo e o sionismo, que aprisionaram Arafat na Muqata e ameaçaram com o seu assassinato, estão já, como se viu com a cimeira Bush-Blair, a desenvolver pressões inaceitáveis sobre o povo palestiniano e a sua liderança. É por isso necessário denunciar sem hesitação a criminosa política de terrorismo de Estado praticada por sucessivos governos israelitas, obrigar Israel a cumprir as resoluções da ONU, impor-lhe sanções, isolar e condenar os seus criminosos dirigentes a começar por Sharon, derrubar o muro da infâmia, desmantelar todos os colonatos, retirar as tropas de ocupação, libertar os milhares de presos políticos e resolver o gravíssimo problema de milhões de refugiados que há longos anos aguardam o regresso às suas casas e às suas terras de que foram violentamente expulsos. A nossa solidariedade por estes objectivos tem de intensificar-se.
As espantosas imagens do funeral de Arafat em Ramallah não se apagarão facilmente da nossa memória. Ali está a maior homenagem a que pode aspirar um combatente que entregou a vida à libertação do seu povo. Mas estão sobretudo uma causa e a determinação revolucionária de todo um povo, recordando-nos com força que são as massas que escrevem a História. Morreu Arafat mas a luta continua.