Factos da maior gravidade
As pressões governamentais sobre a comunicação social, de que é testemunho o recente caso envolvendo Marcelo Rebelo de Sousa, vai ser um dos temas que a bancada comunista chamará à colação no decurso do debate de hoje no Parlamento com a presença de Santana Lopes.
Esta foi uma matéria que concitara já a atenção dos deputados comunistas nas suas Jornadas, tendo, na ocasião, Bernardino Soares anunciado a intenção de «pedir explicações» ao Primeiro-Ministro, no debate mensal a realizar hoje, relativamente às pressões exercidas sobre órgãos de comunicação social e em particular
sobre as razões que levaram aquele comentador a deixar a TVI.
Também o Secretário-Geral do PCP não deixou o assunto passar em claro na intervenção que proferiu na sessão de abertura das Jornadas, considerando o facto de uma «extraordinária gravidade», para logo exigir que «venham à luz do dia os interesses e contrapartidas que explicam esta articulação entre os desejos do Governo e as eventuais pressões e ralhetes da TVI sobre um seu comentador».
Uma outra reflexão, no entender de Carlos Carvalhas, emerge dos acontecimentos censórios dos últimos dias: «é que este escândalo e este “caso” só rebentou, com as proporções e o impacto que se conhece, porque Marcelo Rebelo de Sousa é quem é e tem o estatuto social, patrimonial e político que lhe permite repelir as pressões e condicionamentos resultantes da articulação de interesses entre os proprietários da TVI e o Governo».
Ainda na perspectiva do dirigente comunista, esta caso permite igualmente chamar a atenção para o que considerou ser «uma realidade quase sempre encoberta e silenciosa: os condicionamentos e constrangimentos exercidos sobre muitos e muitos profissionais de informação e que, sob pena de perderem o emprego e o salário, não podem reagir como reagiu Marcelo Rebelo de Sousa».
«É preciso pois que a árvore nos lembre a floresta, e que haja uma acrescida atenção e denúncia de que a crescente concentração dos meios de comunicação social, em poucos grupos, esconde graves condicionamentos e restrições à liberdade e independência dos jornalistas, cerceando e enfraquecendo elementos essenciais da democracia», concluiu o Secretário-Geral do PCP.
Esta foi uma matéria que concitara já a atenção dos deputados comunistas nas suas Jornadas, tendo, na ocasião, Bernardino Soares anunciado a intenção de «pedir explicações» ao Primeiro-Ministro, no debate mensal a realizar hoje, relativamente às pressões exercidas sobre órgãos de comunicação social e em particular
sobre as razões que levaram aquele comentador a deixar a TVI.
Também o Secretário-Geral do PCP não deixou o assunto passar em claro na intervenção que proferiu na sessão de abertura das Jornadas, considerando o facto de uma «extraordinária gravidade», para logo exigir que «venham à luz do dia os interesses e contrapartidas que explicam esta articulação entre os desejos do Governo e as eventuais pressões e ralhetes da TVI sobre um seu comentador».
Uma outra reflexão, no entender de Carlos Carvalhas, emerge dos acontecimentos censórios dos últimos dias: «é que este escândalo e este “caso” só rebentou, com as proporções e o impacto que se conhece, porque Marcelo Rebelo de Sousa é quem é e tem o estatuto social, patrimonial e político que lhe permite repelir as pressões e condicionamentos resultantes da articulação de interesses entre os proprietários da TVI e o Governo».
Ainda na perspectiva do dirigente comunista, esta caso permite igualmente chamar a atenção para o que considerou ser «uma realidade quase sempre encoberta e silenciosa: os condicionamentos e constrangimentos exercidos sobre muitos e muitos profissionais de informação e que, sob pena de perderem o emprego e o salário, não podem reagir como reagiu Marcelo Rebelo de Sousa».
«É preciso pois que a árvore nos lembre a floresta, e que haja uma acrescida atenção e denúncia de que a crescente concentração dos meios de comunicação social, em poucos grupos, esconde graves condicionamentos e restrições à liberdade e independência dos jornalistas, cerceando e enfraquecendo elementos essenciais da democracia», concluiu o Secretário-Geral do PCP.