PCP contra instabilidade na educação
Milhares de professores não sabem onde ou sequer se vão dar aulas este ano lectivo. Os alunos também são prejudicados, como alerta o PCP.
No distrito de Aveiro, a situação «é absolutamente caótica»
A Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP contesta a «obstinação do Governo em abrir o ano lectivo a 16 de Setembro, apesar de haver muitos milhares de professores por colocar». Estima-se que neste distrito estão por preencher cerca de metade dos lugares, a maioria no primeiro ciclo e nas zonas do interior.
Na quinta-feira, o secretário de Estado da Educação, Diogo Feio, participou na abertura do ano lectivo visitando duas instituições de Ovar, a Escola EB2/3 e a escola do primeiro ciclo de Oliveirinha, abertas «com aparente normalidade, no meio do caos instalado».
«Notavelmente, no seu mini-périplo, o secretário de Estado, passou ao lado, só naquele agrupamento, de 11 escolas (em 14) do primeiro ciclo que não vão abrir e de dois jardins de infância, que vão continuar encerrados à espera de docentes», afirmam os comunistas, acrescentando que no distrito a abertura do ano lectivo «é absolutamente caótica e significa uma regressão de dezenas de anos».
A DORAV denuncia ainda as pressões dos serviços do Ministério da Educação para que, em muitas escolas do primeiro ciclo em jardins de infância, as turmas iniciem o ano com docentes que serão mudados dentro de dias, «criando uma inaceitável instabilidade para as crianças».
A direcção aponta vários exemplos: no agrupamento de Aguada de Cima, faltam 14 professores em 24 do primeiro ciclo; no de Avanca, faltam 11 docentes em 18 do primeiro ciclo; e na Escola EB2/3 de Arouca, só um terço dos professores está colocado.
«O secretário de Estado bem pode construir filmes cor de rosa em que possa ser o protagonista, que a dura realidade lá estará para lhe apontar o dedo», comenta a organização, responsabilizando o Executivo e as suas opções de desvalorização do ensino público e dos trabalhadores da administração pública.
Respostas educativas a menos
«O início do ano lectivo está irremediável e gravemente prejudicado», considera a Organização Regional de Santarém do PCP, lembrando que um milhar de educadores de infância e de professores ficam desempregados no distrito, apesar de «a realidade mostrar que não há professores a mais, mas sim respostas educativas a menos».
A colocação tardia dos docentes «prejudicará definitivamente a preparação do ano lectivo, criará instabilidade na comunidade educativa e prejuízos irrecuperáveis no plano pedagógico e acentuará desigualdades entre estudantes».
Para a DORSA, esta situação revela a incompetência técnica do Governo e a sua irresponsabilidade política, podendo mesmo «indiciar propósitos ideológicos que visem pôr em causa o princípio do concurso de colocação de professores único, nacional, público, com critérios e transparente».
Os comunistas de Santarém apelam aos professores, aos estudantes e às suas famílias para que denunciem problemas concretos e as suas consequências, numa atitude de defesa do direito constitucional e universal de acesso à escola pública, gratuita e de qualidade.
Na quinta-feira, o secretário de Estado da Educação, Diogo Feio, participou na abertura do ano lectivo visitando duas instituições de Ovar, a Escola EB2/3 e a escola do primeiro ciclo de Oliveirinha, abertas «com aparente normalidade, no meio do caos instalado».
«Notavelmente, no seu mini-périplo, o secretário de Estado, passou ao lado, só naquele agrupamento, de 11 escolas (em 14) do primeiro ciclo que não vão abrir e de dois jardins de infância, que vão continuar encerrados à espera de docentes», afirmam os comunistas, acrescentando que no distrito a abertura do ano lectivo «é absolutamente caótica e significa uma regressão de dezenas de anos».
A DORAV denuncia ainda as pressões dos serviços do Ministério da Educação para que, em muitas escolas do primeiro ciclo em jardins de infância, as turmas iniciem o ano com docentes que serão mudados dentro de dias, «criando uma inaceitável instabilidade para as crianças».
A direcção aponta vários exemplos: no agrupamento de Aguada de Cima, faltam 14 professores em 24 do primeiro ciclo; no de Avanca, faltam 11 docentes em 18 do primeiro ciclo; e na Escola EB2/3 de Arouca, só um terço dos professores está colocado.
«O secretário de Estado bem pode construir filmes cor de rosa em que possa ser o protagonista, que a dura realidade lá estará para lhe apontar o dedo», comenta a organização, responsabilizando o Executivo e as suas opções de desvalorização do ensino público e dos trabalhadores da administração pública.
Respostas educativas a menos
«O início do ano lectivo está irremediável e gravemente prejudicado», considera a Organização Regional de Santarém do PCP, lembrando que um milhar de educadores de infância e de professores ficam desempregados no distrito, apesar de «a realidade mostrar que não há professores a mais, mas sim respostas educativas a menos».
A colocação tardia dos docentes «prejudicará definitivamente a preparação do ano lectivo, criará instabilidade na comunidade educativa e prejuízos irrecuperáveis no plano pedagógico e acentuará desigualdades entre estudantes».
Para a DORSA, esta situação revela a incompetência técnica do Governo e a sua irresponsabilidade política, podendo mesmo «indiciar propósitos ideológicos que visem pôr em causa o princípio do concurso de colocação de professores único, nacional, público, com critérios e transparente».
Os comunistas de Santarém apelam aos professores, aos estudantes e às suas famílias para que denunciem problemas concretos e as suas consequências, numa atitude de defesa do direito constitucional e universal de acesso à escola pública, gratuita e de qualidade.