Comunista condenado por sabotagem
Karel Hoffmann, ex-membro do antigo Partido Comunista Checoslovaco, iniciou, na segunda-feira, 9, uma pena de quatro anos de prisão por actos de «sabotagem», praticados durante a entrada das tropas do Pacto de Varsóvia em 1968, na sequência dos acontecimentos que ficaram conhecidos como «Primavera de Praga».
«Fui comunista, sou comunista e continuarei a sê-lo até final da minha vida», declarou Hoffmann, depois de ter reafirmado a sua inocência numa conferência de imprensa, realizada pouco antes de ser conduzido à cadeia «Pankrac» de Praga.
Acompanhado durante o percurso por muitas dezenas de pessoas, Hoffman, com 80 anos, é até ao momento o único alto funcionário do antigo Partido e do governo da Checoslováquia socialista condenado em Tribunal. Noutros processos semelhantes, os visados saíram em liberdade, conseguindo defender-se da acusação de traição à pátria.
Neste caso, porém, o tribunal confirmou a acusação de «sabotagem» que pendia sobre Hoffmann por ter ordenado a suspensão das emissões da estação pública de rádio, durante a noite de 20 para 21 de Agosto de 1968, altura em que ocupava o cargo de chefe da Autoridade Central de Telecomunicações.
A medida visava impedir a difusão de um comunicado do Partido Comunista, então dominado por forças reformistas, que condenava a intervenção das tropas do bloco socialista, considerando-a como uma violação do direito internacional.
Justificando a sua actuação, Hoffmann reafirmou a sua convicção de que a intervenção militar do Pacto de Varsóvia era «a única possibilidade de salvar o socialismo», da que, sublinhou, o Partido Comunista Checoslovaco tinha «fracassado»
Segundo a imprensa checa, o presidente Vaclav Klaus pondera a possibilidade conceder uum indulto, tendo em conta a idade avançada do condenado e o seu estado de saúde, mas também porque reconhece o insólito do. «Parece-me um pouco habitual que se envie para a prisão alguém que há 36 anos violou a lei da telecomunicação. É algo completamente diferente de ter enviado meio milhão de soldados», disse o chefe de Estado.
Acresce que, segundo fontes do Ministério da Justiça citadas por agências internacionais, em todas as prisões checas não há nenhum recluso com uma idade tão avançada e apenas três têm mais de 70 anos.
«Fui comunista, sou comunista e continuarei a sê-lo até final da minha vida», declarou Hoffmann, depois de ter reafirmado a sua inocência numa conferência de imprensa, realizada pouco antes de ser conduzido à cadeia «Pankrac» de Praga.
Acompanhado durante o percurso por muitas dezenas de pessoas, Hoffman, com 80 anos, é até ao momento o único alto funcionário do antigo Partido e do governo da Checoslováquia socialista condenado em Tribunal. Noutros processos semelhantes, os visados saíram em liberdade, conseguindo defender-se da acusação de traição à pátria.
Neste caso, porém, o tribunal confirmou a acusação de «sabotagem» que pendia sobre Hoffmann por ter ordenado a suspensão das emissões da estação pública de rádio, durante a noite de 20 para 21 de Agosto de 1968, altura em que ocupava o cargo de chefe da Autoridade Central de Telecomunicações.
A medida visava impedir a difusão de um comunicado do Partido Comunista, então dominado por forças reformistas, que condenava a intervenção das tropas do bloco socialista, considerando-a como uma violação do direito internacional.
Justificando a sua actuação, Hoffmann reafirmou a sua convicção de que a intervenção militar do Pacto de Varsóvia era «a única possibilidade de salvar o socialismo», da que, sublinhou, o Partido Comunista Checoslovaco tinha «fracassado»
Segundo a imprensa checa, o presidente Vaclav Klaus pondera a possibilidade conceder uum indulto, tendo em conta a idade avançada do condenado e o seu estado de saúde, mas também porque reconhece o insólito do. «Parece-me um pouco habitual que se envie para a prisão alguém que há 36 anos violou a lei da telecomunicação. É algo completamente diferente de ter enviado meio milhão de soldados», disse o chefe de Estado.
Acresce que, segundo fontes do Ministério da Justiça citadas por agências internacionais, em todas as prisões checas não há nenhum recluso com uma idade tão avançada e apenas três têm mais de 70 anos.