Ilegalidades na PT

Reunidos em plenário no dia 22 no Porto, os trabalhadores da PT decidiram aguardar até hoje para saber quais são as condições de saída antecipada de 1200 trabalhadores que estão desde o ano passado inscritos para esse efeito. Caso não obtenham resposta hoje, realizarão um plenário frente ao Governo Civil, no dia 6.
Ao ver publicada a Lei das aposentações 1/2004, a empresa pretende aplicar um montante compensatório inferior aos cem por cento do último vencimento, a que tinham direito.
Agora poderão receber entre 82 e 85 por cento, o que para a Comissão de Trabalhadores é inaceitável e pretende ver os direitos respeitados.
A estrutura apresentou queixa no Provedor de Justiça mas, a meio do mês, a empresa começou a chamar empregados para saírem faseadamente a partir de 1 de Julho, seguindo-se outra leva a 1 de Agosto e uma terceira a 1 de Setembro, prevendo-se a dispensa de cerca de 600.
Os contratos de cedência de trabalhadores da PT para a PT PRO tem sido fortemente criticados pela CT, que acusa a administração de assédio e convocou os trabalhadores afectados para um plenário em Lisboa, no dia 28 de Junho.
A CT faz notar que a empresa, ao realizar cedências ocasionais com a finalidade de esvaziar a PT, está a incorrer numa ilegalidade e numa fraude à lei.
Salienta ainda o assédio sobre os que têm sido convidados a passar para a PT PRO, sob ameaça de verem interditada a sua presença no respectivo local de trabalho, a partir de hoje.
No 10.º Aniversário da PT, a CT saudou num comunicado os trabalhadores da empresa e reassumiu a determinação em prosseguir a luta na defesa intransigente dos interesses e dos direitos de quem trabalha.
Recorda os dez anos de luta contra a injustiça, a discriminação, o compadrio, as mordomias e as benesses principescas de alguns, os ataques às organizações de classe, e as tentativas de destruição e desmembramento da PT, o aumento da precariedade e o recurso às cedências ocasionais para novas empresas do Grupo.


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