Na USID, em Coimbra

Futuro sombrio sob a inércia do Governo

Mais uma empresa, desta vez em Coimbra, está a passar por tempos difíceis, perante a inércia do Governo que enche a boca de boas intenções mas depois nada faz.
Este é mais um caso em que, a pretexto da deslocalização, da falência ou da inviabilidade económica, administrações sem escrúpulos e movidas apenas pela busca de mais e mais lucro encerram as instalações e lançam no desemprego os trabalhadores, deixando um rasto de dificuldades e misérias para milhares de famílias.
Trata-se da USID (que já se chamou Cofi, depois Urbimoda e mais tarde Ultramoda), empresa de confecções com cerca de 200 trabalhadores, na sua maioria mulheres, que têm visto os seus salários pagos com atraso e que temem pelo encerramento da empresa e consequente perda dos seus postos de trabalho.
A situação é de verdadeira dificuldade, como referem em requerimento ao Governo os deputados comunistas Jerónimo de Sousa e António Filipe, que advertem para o risco de a empresa encerrar as suas portas caso não seja assegurada a existência de um novo investidor.
Ora é aqui que o Governo – a avaliar inclusivamente por outros casos semelhantes, como é o da Bombadier – tem estado longe de assumir verdadeiramente o papel que lhe cabe no sentido de evitar o encerramento de unidades produtivas.
No caso da USID, como em outros, uma vez mais, as boas intenções do Governo não têm passado disso mesmo, ou seja, nada de concreto foi feito com vista a encontrar um novo investidor, do mesmo modo que nenhuma ajuda ou forma de apoio foi disponibilizada até ao momento.
Por isso a diligência feita pelos parlamentares do PCP junto do Governo indagando sobre o que pensa fazer para garantir a manutenção da empresa e dos respectivos postos de trabalho.


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