Ameaça de requisição civil
Convocados para uma reunião com os ministros dos Transportes e o ministro-adjunto, os dirigentes sindicais da Carris e do Metro viram-se anteontem confrontados com pressões que não excluíam o recurso à requisição civil.
O Governo fala do Euro mas não responde aos problemas
Na reunião foi sugerido aos representantes dos trabalhadores que suspendessem as greves, coincidentes com jogos do Euro 2004, fazendo apelo ao sentido patriótico, deixando um prazo, até às 18 horas, para que os sindicatos alterassem as lutas agendadas.
Mais tarde, em conferência de imprensa, o ministro-adjunto repetiu a argumentação, desta vez dirigida ao público em geral e, em particular, aos trabalhadores das transportadoras de Lisboa. Questionado sobre a possibilidade de accionar a requisição civil, José Luís Arnault retorquiu com «as medidas possíveis», enfatizando a preocupação relativamente aos problemas de trânsito e segurança que poderão ocorrer.
Luísa Bota, dirigente da Festru/CGTP-IN, disse ao Avante! que os sindicatos reafirmaram ao Governo que não vão suspender as greves marcadas na Carris para os dias 24 (entre as 15 e as 20 horas) e 30 de Junho (das 12 às 22) e 4 de Julho (greve de 24 horas). Também se mantêm as greves no Metro, referidas nesta página.
Os representantes dos trabalhadores, em declarações à comunicação social, refutaram os apelos ao patriotismo, salientando que os problemas se arrastam há meses, sem respostas nem soluções do Governo e das administrações. Foi também alertado o Presidente da República. Compreende-se assim a surpresa dos dirigentes sindicais, convocados de surpresa para uma reunião onde não se falou da situação das empresas e dos trabalhadores, mas apenas do Euro 2004.
A última paralisação na Carris, que foi a 22.ª desde o começo da luta, teve lugar dia 16 e registou uma adesão de cerca de 80 por cento, segundo os sindicatos.
Mais tarde, em conferência de imprensa, o ministro-adjunto repetiu a argumentação, desta vez dirigida ao público em geral e, em particular, aos trabalhadores das transportadoras de Lisboa. Questionado sobre a possibilidade de accionar a requisição civil, José Luís Arnault retorquiu com «as medidas possíveis», enfatizando a preocupação relativamente aos problemas de trânsito e segurança que poderão ocorrer.
Luísa Bota, dirigente da Festru/CGTP-IN, disse ao Avante! que os sindicatos reafirmaram ao Governo que não vão suspender as greves marcadas na Carris para os dias 24 (entre as 15 e as 20 horas) e 30 de Junho (das 12 às 22) e 4 de Julho (greve de 24 horas). Também se mantêm as greves no Metro, referidas nesta página.
Os representantes dos trabalhadores, em declarações à comunicação social, refutaram os apelos ao patriotismo, salientando que os problemas se arrastam há meses, sem respostas nem soluções do Governo e das administrações. Foi também alertado o Presidente da República. Compreende-se assim a surpresa dos dirigentes sindicais, convocados de surpresa para uma reunião onde não se falou da situação das empresas e dos trabalhadores, mas apenas do Euro 2004.
A última paralisação na Carris, que foi a 22.ª desde o começo da luta, teve lugar dia 16 e registou uma adesão de cerca de 80 por cento, segundo os sindicatos.