Um festival de relevo na Europa
O XXI Festival Internacional de Teatro de Almada, de 4 a 18 de Julho, trará pela primeira vez a Portugal o actor francês Roger Planchon e homenageará a actriz portuguesa Dalila Rocha.
Entre os mais conceituados festivais europeus
Um dos grandes momentos desta edição no que respeita a produções estrangeiras, inclui-se «A Brisa da Vida», um texto de David Hare, com encenação de Lluis Pascal e interpretação de Nuria Espert e Amparo Rivelles, duas das maiores actrizes espanholas; Els Joglars a celebre companhia catalã traz o seu novo espectáculo, «El Retablo de las Maravillas»; a companhia checa Divadlo na Zábradlí que apresenta a última peça de Bernhard, «Heldenplatz».
O programa inclui ainda o Intimoteatroitinerante, da Argentina - que actua para um espectador de cada vez -, o catalão Carlos Martinez, e uma absoluta novidade: a Orquestra Feminina Andaluz de Tetuã, Marrocos.
Integrados no «Ciclo Teatros que vêm das Itálias», que envolve três espectáculos e várias leituras de autores italianos contemporâneos - salienta-se «Fabbrica» de Ascanio Celestini e «Natura Morta in un Fosso» de Fauto Paravidino, autor de quem os Artistas Unidos estreiam no Festival «Dois Irmãos», com encenação de Jorge Silva Melo.
O espectáculo de honra é «Tangos e Tragédias», dos clowns brasileiros Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, que o ano passado obteve um enorme êxito.
As diversas iniciativas realizam-se em Almada (Casa da Cerca, Escola D. António da Costa, Fórum Romeu Correia e Teatro Municipal) e Lisboa (Centro Cultural de Belém, Teatro da Trindade, Teatro do Bairro Alto/Cornucópia, Teatro São Luiz e Teatro Taborda).
Teatro em português
Além do espectáculo «Dois Irmãos», dos Artistas Unidos, que se estreia no Festival, há a assinalar uma outra estreia: «Medo/Triângulo», uma realização do grupo Útero, com a direcção de Miguel Moreira.
A participação portuguesa abre com «Gente Feliz com Lágrimas», de João de Melo, numa realização de O Bando, com encenação de João Brites, e encerra com «Cara de Fogo», de Marius von Mayenburg, com encenação de João Mota, pela Comuna.
Uma referência especial merece a encenação de Luís Miguel Sintra de «A Família Schroffenstein», de Heinrich von Kleist, que oferece várias representações no próprio espaço do Teatro da Cornucópia, que assim, pela segunda vez, se inclui entre os espaços em que o certame de desenrola.
O Teatro Meridional apresenta «Endgame», de Beckett, com encenação de Bruno Bravo e os Actores Produtores Associados representam «Vou Lá Visitar Pastores», com encenação e interpretação de Manuel Wiborg. «De Olhos Fechados», de Raquel Palermo e João Matos, com encenação de Rui Sérgio, é a proposta do Teatro da Trindade/Inatel. A companhia anfitrião do Festival programou «O Jogador», de Dostoievski, com encenação de Vladislav Pazi.
Olga Roriz preenche, este ano, o lugar da dança com «Os Olhos de Gulay Cabbar». A música está presente com o concerto de Luís Madureiros, Rui Baeta e João Vasco de Almeida, consagrado a «Clássicos Americanos» e com dois espectáculos de opera: «Rita» de Donizetti, pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo e «Zoocratas», de Filipe Pires, pelo Conservatório de Música do Porto.
A figura homenageada
Dalila Rocha, fundadora do Teatro Experimental do Porto (TEP) e, durante muitos anos, uma das referências centrais do histórico grupo dirigido por António Pedro, foi a figura escolhida para a homenagem que o Festival presta anualmente a uma figura destacada do teatro.
Tendo começado como actriz amadora - tal como o Festival de Almada – Dalila Rocha veio a ocupar um lugar de grande relevo no teatro português, tanto no TEP, onde ficaram célebres muitas das suas criações, como, mais tarde, na Cornucópia, onde se manteve desde a fundação da Companhia, em 1973, até 1985.
O programa inclui ainda o Intimoteatroitinerante, da Argentina - que actua para um espectador de cada vez -, o catalão Carlos Martinez, e uma absoluta novidade: a Orquestra Feminina Andaluz de Tetuã, Marrocos.
Integrados no «Ciclo Teatros que vêm das Itálias», que envolve três espectáculos e várias leituras de autores italianos contemporâneos - salienta-se «Fabbrica» de Ascanio Celestini e «Natura Morta in un Fosso» de Fauto Paravidino, autor de quem os Artistas Unidos estreiam no Festival «Dois Irmãos», com encenação de Jorge Silva Melo.
O espectáculo de honra é «Tangos e Tragédias», dos clowns brasileiros Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, que o ano passado obteve um enorme êxito.
As diversas iniciativas realizam-se em Almada (Casa da Cerca, Escola D. António da Costa, Fórum Romeu Correia e Teatro Municipal) e Lisboa (Centro Cultural de Belém, Teatro da Trindade, Teatro do Bairro Alto/Cornucópia, Teatro São Luiz e Teatro Taborda).
Teatro em português
Além do espectáculo «Dois Irmãos», dos Artistas Unidos, que se estreia no Festival, há a assinalar uma outra estreia: «Medo/Triângulo», uma realização do grupo Útero, com a direcção de Miguel Moreira.
A participação portuguesa abre com «Gente Feliz com Lágrimas», de João de Melo, numa realização de O Bando, com encenação de João Brites, e encerra com «Cara de Fogo», de Marius von Mayenburg, com encenação de João Mota, pela Comuna.
Uma referência especial merece a encenação de Luís Miguel Sintra de «A Família Schroffenstein», de Heinrich von Kleist, que oferece várias representações no próprio espaço do Teatro da Cornucópia, que assim, pela segunda vez, se inclui entre os espaços em que o certame de desenrola.
O Teatro Meridional apresenta «Endgame», de Beckett, com encenação de Bruno Bravo e os Actores Produtores Associados representam «Vou Lá Visitar Pastores», com encenação e interpretação de Manuel Wiborg. «De Olhos Fechados», de Raquel Palermo e João Matos, com encenação de Rui Sérgio, é a proposta do Teatro da Trindade/Inatel. A companhia anfitrião do Festival programou «O Jogador», de Dostoievski, com encenação de Vladislav Pazi.
Olga Roriz preenche, este ano, o lugar da dança com «Os Olhos de Gulay Cabbar». A música está presente com o concerto de Luís Madureiros, Rui Baeta e João Vasco de Almeida, consagrado a «Clássicos Americanos» e com dois espectáculos de opera: «Rita» de Donizetti, pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo e «Zoocratas», de Filipe Pires, pelo Conservatório de Música do Porto.
A figura homenageada
Dalila Rocha, fundadora do Teatro Experimental do Porto (TEP) e, durante muitos anos, uma das referências centrais do histórico grupo dirigido por António Pedro, foi a figura escolhida para a homenagem que o Festival presta anualmente a uma figura destacada do teatro.
Tendo começado como actriz amadora - tal como o Festival de Almada – Dalila Rocha veio a ocupar um lugar de grande relevo no teatro português, tanto no TEP, onde ficaram célebres muitas das suas criações, como, mais tarde, na Cornucópia, onde se manteve desde a fundação da Companhia, em 1973, até 1985.