Polícias contra Governo
Centenas de profissionais das forças e serviços de segurança marcharam entre os Restauradores e a sede do Ministério da Administração Interna, reivindicando melhores condições de trabalho.
Os manifestantes reivindicam respeito pela lei sindical
Mais de 500 polícias vestidos à civil, empunhando as carteiras profissionais, desfilaram, segunda-feira, em Lisboa contra a política do Governo para o sector. Durante a marcha, ao som do Grupo de Bombos das Mercês, de Sintra, foram entoadas palavras de ordem e um carro ostentava dois bonecos, um vestido de PSP e outro da GNR, presos a uma cruz de madeira, com a frase «Polícias crucificados com benção do Governo».
Os manifestantes reivindicam respeito pela lei sindical, melhoria das condições de serviço, desbloqueamento das promoções, consagração de um horário nacional, desmilitarização das forças de segurança dignificação profissional, com instalações e meios adequados para o desempenho da actividade profissional. «Sindicatos sem negociação é uma aberração», «F (Figueiredo) Lopes presta atenção, não mexas na aposentação» e «Diálogo sim, indiferença não», foram as palavras de ordem ouvidas durante o percurso.
A manifestação foi convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança. A CCP integra a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia Marítima, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
Condições degradantes
Minutos antes, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) reiterou o apelo ao Presidente da República para fazer uma presidência aberta nas esquadras da PSP para ver as condições em que funcionam, que considera degradante.
Alberto Torres discursava num plenário realizado na Casa do Alentejo, em Lisboa, antes do início do desfile de protesto dos polícias. Na iniciativa o dirigente da ASPP/PSP apontou as degradantes condições de trabalho e alojamento das esquadras portuguesas, recordando que, em algumas, existem mesmo «pulgas e percevejos».
Frisando que a falta de condições não é só sentida nas esquadras mais antigas, Alberto Torres recordou o caso das instalações de Vila Real que, nas suas palavras, é «um posto para anões». O sindicalista lembrou ainda o caso de Leiria, onde os agentes trabalham em dois contentores que custam três mil euros por mês, depois de terem sido recusadas «instalações dignas num edifício, que custavam 1250 euros».
Mais adiante, um outro dirigente, desta vez do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, informou que embora os protestos do SEF estejam suspensos, devido ao Euro 2004, poderão ser retomados após o final do campeonato caso o Governo não satisfaça as suas reivindicações.
Os vários sindicalistas que usaram da palavra queixaram-se também que as reuniões com o Ministério da Administração Interna se têm «pautado por comportamentos de alguma indiferença relativamente aos problemas sócio-profissionais e de meios de trabalho».
Vários representantes de partidos políticos foram convidados para este protesto, mas o único que esteve no plenário foi o deputado do PCP António Filipe.
Os manifestantes reivindicam respeito pela lei sindical, melhoria das condições de serviço, desbloqueamento das promoções, consagração de um horário nacional, desmilitarização das forças de segurança dignificação profissional, com instalações e meios adequados para o desempenho da actividade profissional. «Sindicatos sem negociação é uma aberração», «F (Figueiredo) Lopes presta atenção, não mexas na aposentação» e «Diálogo sim, indiferença não», foram as palavras de ordem ouvidas durante o percurso.
A manifestação foi convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança. A CCP integra a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia Marítima, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
Condições degradantes
Minutos antes, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) reiterou o apelo ao Presidente da República para fazer uma presidência aberta nas esquadras da PSP para ver as condições em que funcionam, que considera degradante.
Alberto Torres discursava num plenário realizado na Casa do Alentejo, em Lisboa, antes do início do desfile de protesto dos polícias. Na iniciativa o dirigente da ASPP/PSP apontou as degradantes condições de trabalho e alojamento das esquadras portuguesas, recordando que, em algumas, existem mesmo «pulgas e percevejos».
Frisando que a falta de condições não é só sentida nas esquadras mais antigas, Alberto Torres recordou o caso das instalações de Vila Real que, nas suas palavras, é «um posto para anões». O sindicalista lembrou ainda o caso de Leiria, onde os agentes trabalham em dois contentores que custam três mil euros por mês, depois de terem sido recusadas «instalações dignas num edifício, que custavam 1250 euros».
Mais adiante, um outro dirigente, desta vez do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, informou que embora os protestos do SEF estejam suspensos, devido ao Euro 2004, poderão ser retomados após o final do campeonato caso o Governo não satisfaça as suas reivindicações.
Os vários sindicalistas que usaram da palavra queixaram-se também que as reuniões com o Ministério da Administração Interna se têm «pautado por comportamentos de alguma indiferença relativamente aos problemas sócio-profissionais e de meios de trabalho».
Vários representantes de partidos políticos foram convidados para este protesto, mas o único que esteve no plenário foi o deputado do PCP António Filipe.