Crise em Israel
Uma sondagem publicada terça-feira em Israel revela que a maioria dos israelitas é a favor do plano de retirada da Faixa de Gaza apresentado pelo primeiro-ministro, Ariel Sharon, e rejeitado domingo pelos membros do seu partido (o Likud, direita).
À pergunta «como votaria se houvesse um referendo sobre o plano de separação»,
62 por cento dos inquiridos responderam que escolheriam o «sim», contra 32 por cento que optavam pelo «não».
A maioria dos eleitores do Likud, 55 por cento, também se manifestou favorável ao plano, enquanto 41 por cento o rejeitou. Estes resultados diferem dos obtidos no referendo partidário, em que 59,5 por cento dos membros do Likud se pronunciaram contra a proposta, que recebeu apenas 39,7 por cento de votos a favor.
O plano proposto por Sharon estabelecia a retirada israelita dos 21 colonatos na Faixa de Gaza e de quatro outros pequenos colonatos isolados na Cisjordânia, cuja segurança é cada vez mais difícil de manter, e a manutenção e reforço dos colonatos da Cisjordânia, para lá do muro de separação que está a ser construído, incluindo Jerusalém.
A proposta, que em Abril recebeu o apoio sem reservas da administração Bush, traduz-se na prática pela apropriação ilegal das melhores terras da Cisjordânia e dos seus recursos hídricos, sem reconhecer aos palestinianos quaisquer direitos, nem sequer o direito ao regresso dos refugiados.
Apesar de fragilizado com os resultados do referendo interno, o primeiro-ministro israelita não encara a possibilidade de se demitir e enfrentar eleições antecipadas, ao contrário do que advoga o partido Trabalhista, cujo dirigente, Shimon Peres, considera que «a nação também tem de ter oportunidade de se pronunciar sobre o plano».
De acordo com os comentadores israelitas, para sair do impasse Ariel Sharon poderá optar por três cenários possíveis: um referendo à escala nacional, a elaboração de um novo plano de separação e uma remodelação governamental que levasse os trabalhistas para um executivo de unidade nacional. Shimon Peres rejeita encarar esta última hipótese até que Procurador-Geral, Menahem Mazuz, se pronuncie sobre a eventual responsabilidade de Sharon num caso de corrupção. A decisão é esperada para dentro de algumas semanas.
Sharon sobreviveu entretanto à moção de censura apresentada no parlamento (Knesset) pelo partido Meretz (esquerda laica) e por outras três formações políticas da minoria árabe israelita, a propósito da política económica e social do governo. A moção foi rejeitada por 62 votos, contra 46, num total de 120.
À pergunta «como votaria se houvesse um referendo sobre o plano de separação»,
62 por cento dos inquiridos responderam que escolheriam o «sim», contra 32 por cento que optavam pelo «não».
A maioria dos eleitores do Likud, 55 por cento, também se manifestou favorável ao plano, enquanto 41 por cento o rejeitou. Estes resultados diferem dos obtidos no referendo partidário, em que 59,5 por cento dos membros do Likud se pronunciaram contra a proposta, que recebeu apenas 39,7 por cento de votos a favor.
O plano proposto por Sharon estabelecia a retirada israelita dos 21 colonatos na Faixa de Gaza e de quatro outros pequenos colonatos isolados na Cisjordânia, cuja segurança é cada vez mais difícil de manter, e a manutenção e reforço dos colonatos da Cisjordânia, para lá do muro de separação que está a ser construído, incluindo Jerusalém.
A proposta, que em Abril recebeu o apoio sem reservas da administração Bush, traduz-se na prática pela apropriação ilegal das melhores terras da Cisjordânia e dos seus recursos hídricos, sem reconhecer aos palestinianos quaisquer direitos, nem sequer o direito ao regresso dos refugiados.
Apesar de fragilizado com os resultados do referendo interno, o primeiro-ministro israelita não encara a possibilidade de se demitir e enfrentar eleições antecipadas, ao contrário do que advoga o partido Trabalhista, cujo dirigente, Shimon Peres, considera que «a nação também tem de ter oportunidade de se pronunciar sobre o plano».
De acordo com os comentadores israelitas, para sair do impasse Ariel Sharon poderá optar por três cenários possíveis: um referendo à escala nacional, a elaboração de um novo plano de separação e uma remodelação governamental que levasse os trabalhistas para um executivo de unidade nacional. Shimon Peres rejeita encarar esta última hipótese até que Procurador-Geral, Menahem Mazuz, se pronuncie sobre a eventual responsabilidade de Sharon num caso de corrupção. A decisão é esperada para dentro de algumas semanas.
Sharon sobreviveu entretanto à moção de censura apresentada no parlamento (Knesset) pelo partido Meretz (esquerda laica) e por outras três formações políticas da minoria árabe israelita, a propósito da política económica e social do governo. A moção foi rejeitada por 62 votos, contra 46, num total de 120.