O mal e a cura
Guiados pela mão de Deus e inspirados no petróleo, porque só de espírito por maior que seja a fé se não alimenta o império, Bush e a Administração Americana prosseguem a sua «humanitária» acção no Iraque. Em nome daquela infinita democracia, movida pela rapina e exploração, de que a terra americana se arvora e imposta pela violência, sempre que os bafejados pela sementeira democrática se mostram mal agradecidos. Em nome dos valores e interesses imperialistas e pelos meios julgados indispensáveis para os fazer prevalecer.
É por este imenso e humanitário desígnio que deve ser entendido o diagnóstico e a terapia enunciadas por Bush face à crescente resistência do povo iraquiano à ocupação e aos invasores. Para Bush, os habitantes daquela região «têm o direito de viver em segurança, serem prósperos e livres» pelo que «há que extirpar o veneno que ainda representam alguns milhares de pessoas que se opõem à visão democrática do futuro do país.» Registe-se pois a confissão e comprovem-se as consequências que dela resultam. Porque é em seu nome que, nos últimos dias, passando das palavras aos actos e do mal à cura, o exército americano tem cercado e arrasado cidades, bombardeado bairros, destruído mesquitas e assassinado milhares de iraquianos numa acção que ameaça não ter fim nem conhecer limites pela simples razão de que o povo iraquiano se revela disposto a não aceitar ser colonizado. Como se pode testemunhar a reconstrução do país decorre a bom ritmo, o Iraque e a região transpiram estabilidade, os iraquianos irradiam felicidade.
Apesar do que se vê há ainda, e sem reconsideração, os que aceitam a mentira das armas químicas como pretexto para dar lastro ás ambições de dominação económica e estratégica do imperialismo; os que insistem em engrossar essa imensa fraude de transformar a ocupação num processo de devolução democrática do país aos iraquianos mesmo que isso signifique o genocídio de um povo; os que hipocritamente se esforçam por encontrar um rosto iraquiano para uma estrutura de poder que radica exclusivamente na vontade dos EUA, genuinamente comprovada nos últimos dias pelas nomeações e demissões de ministros do chamado conselho «iraquiano» em função da vontade do administrador americano Paul Bremer, a única e real autoridade naquele território; os que, ainda salivando em busca de umas réstias de negócio, conseguem ver naquele país qualquer coisa de aproximada com reconstrução. Para todos esses, certo de que lhe não pesará na consciência, porque a não têm, o rasto de morte e sofrimento a que se encontram associados, restará a glória de se poderem apresentar ao mundo com aquela auréola de democratas dispostos a tudo para impor a sua vontade, a sua verdade, e os seus interesses.
É por este imenso e humanitário desígnio que deve ser entendido o diagnóstico e a terapia enunciadas por Bush face à crescente resistência do povo iraquiano à ocupação e aos invasores. Para Bush, os habitantes daquela região «têm o direito de viver em segurança, serem prósperos e livres» pelo que «há que extirpar o veneno que ainda representam alguns milhares de pessoas que se opõem à visão democrática do futuro do país.» Registe-se pois a confissão e comprovem-se as consequências que dela resultam. Porque é em seu nome que, nos últimos dias, passando das palavras aos actos e do mal à cura, o exército americano tem cercado e arrasado cidades, bombardeado bairros, destruído mesquitas e assassinado milhares de iraquianos numa acção que ameaça não ter fim nem conhecer limites pela simples razão de que o povo iraquiano se revela disposto a não aceitar ser colonizado. Como se pode testemunhar a reconstrução do país decorre a bom ritmo, o Iraque e a região transpiram estabilidade, os iraquianos irradiam felicidade.
Apesar do que se vê há ainda, e sem reconsideração, os que aceitam a mentira das armas químicas como pretexto para dar lastro ás ambições de dominação económica e estratégica do imperialismo; os que insistem em engrossar essa imensa fraude de transformar a ocupação num processo de devolução democrática do país aos iraquianos mesmo que isso signifique o genocídio de um povo; os que hipocritamente se esforçam por encontrar um rosto iraquiano para uma estrutura de poder que radica exclusivamente na vontade dos EUA, genuinamente comprovada nos últimos dias pelas nomeações e demissões de ministros do chamado conselho «iraquiano» em função da vontade do administrador americano Paul Bremer, a única e real autoridade naquele território; os que, ainda salivando em busca de umas réstias de negócio, conseguem ver naquele país qualquer coisa de aproximada com reconstrução. Para todos esses, certo de que lhe não pesará na consciência, porque a não têm, o rasto de morte e sofrimento a que se encontram associados, restará a glória de se poderem apresentar ao mundo com aquela auréola de democratas dispostos a tudo para impor a sua vontade, a sua verdade, e os seus interesses.