Bombardier avança com despedimentos
Hoje é o último dia dado pela Bombardier para que os trabalhadores assinem a rescisão. A empresa avança com o despedimento colectivo.
Cabe ao Governo evitar o fim da empresa
Para ontem de manhã estava marcado um plenário de trabalhadores devido à gravidade da situação onde, segundo uma nota de convocatória das ORT’s, os trabalhadores pretendiam «mais uma vez, deixar claro que não vão ficar passivos em relação à situação e farão tudo o que for necessário para defender a empresa, os postos de trabalho e a economia nacional».
Desmentindo declarações proferidas ao jornal O Público por João Menezes, coordenador da equipa que elaborou o documento «Potencial de participação da indústria nacional na rede ferroviária de alta velocidade», António Tremoço, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos, afirmou, segunda-feira passada, que a Bombardier na Amadora tem todas as condições para produzir comboios de alta velocidade, os chamados TGV’s.
Em declarações à Lusa, o dirigente sindical disse que mesmo que os TGV sejam feitos de alumínio em vez do habitual aço inox, a ex-Sorefame tem condições para os produzir, à semelhança do trabalho que realizou ao fazer o comboio Sul do Tejo, todo montado por aquela unidade.
Até São Bento
Mais de duas centenas de trabalhadores da ex-Sorefame manifestaram-se, no dia 1, pelas ruas de Lisboa, do Rossio até à residência oficial do primeiro ministro em São Bento, a quem haviam solicitado uma audiência.
Bandeiras negras de fome e vermelhas da CGTP deram cor ao desfile, ao som de palavras de ordem em defesa dos postos de trabalho e que contou com a presença solidária, no Rossio, do Secretário-Geral do PCP, Carlos Carvalhas.
O dirigente comunista fez notar à comunicação social que o Governo tem nas suas mão todos os instrumentos necessários para evitar o fim da ex-Sorefame, tendo afirmado à Lusa que «o Governo não pode limitar-se a ouvir o embaixador do Canadá, tem de chamar a administração da multinacional e dizer que, caso a empresa feche, a produção da Bombardier deixará de ter futuro no País».
Na mesma altura, o coordenador da União dos sindicatos de Lisboa, Arménio Carlos, afirmou ser hora de o Governo «definir se quer ou não defender os interesses nacionais e salvaguardar os postos de trabalho».
À chegada a São Bento, os trabalhadores foram recebidos por um assessor do primeiro-ministro. No fim do encontro, António Tremoço afirmou que o Governo deve acabar com a chantagem da Bombardier, uma vez que a administração daquela empresa apresentou o prazo até 8 de Abril, para que os trabalhadores assinem a rescisão dos contratos de trabalho por «mútuo acordo». Caso não o façam, a empresa vai avançar com o despedimento colectivo.
Por este motivo, aquele dirigente sindical considera que «se o Governo não actuar rapidamente, é o responsável pelo encerramento» que, inevitavelmente, terá de enfrentar a luta dos trabalhadores.
Os trabalhadores defendem a realização de um encontro com a presença dos três Ministérios com responsabilidades nesta situação: Transportes, Segurança Social e Trabalho para que se clarifiquem posições e se tome uma atitude conjunta, de forma a garantir que «se a Bombardier não quer ficar em Portugal que deixe outros ficarem», disse António Tremoço, em resposta a afirmações proferidas pelo ministro da Economia que disse haver outras entidades interessadas naquela unidade.
Trabalhadores e sindicalistas lamentaram a ausência de Durão Barroso.
A empresa tem o encerramento marcado para o mês de Maio, caso o Governo não assuma as suas responsabilidades com os trabalhadores e o País.
Desmentindo declarações proferidas ao jornal O Público por João Menezes, coordenador da equipa que elaborou o documento «Potencial de participação da indústria nacional na rede ferroviária de alta velocidade», António Tremoço, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos, afirmou, segunda-feira passada, que a Bombardier na Amadora tem todas as condições para produzir comboios de alta velocidade, os chamados TGV’s.
Em declarações à Lusa, o dirigente sindical disse que mesmo que os TGV sejam feitos de alumínio em vez do habitual aço inox, a ex-Sorefame tem condições para os produzir, à semelhança do trabalho que realizou ao fazer o comboio Sul do Tejo, todo montado por aquela unidade.
Até São Bento
Mais de duas centenas de trabalhadores da ex-Sorefame manifestaram-se, no dia 1, pelas ruas de Lisboa, do Rossio até à residência oficial do primeiro ministro em São Bento, a quem haviam solicitado uma audiência.
Bandeiras negras de fome e vermelhas da CGTP deram cor ao desfile, ao som de palavras de ordem em defesa dos postos de trabalho e que contou com a presença solidária, no Rossio, do Secretário-Geral do PCP, Carlos Carvalhas.
O dirigente comunista fez notar à comunicação social que o Governo tem nas suas mão todos os instrumentos necessários para evitar o fim da ex-Sorefame, tendo afirmado à Lusa que «o Governo não pode limitar-se a ouvir o embaixador do Canadá, tem de chamar a administração da multinacional e dizer que, caso a empresa feche, a produção da Bombardier deixará de ter futuro no País».
Na mesma altura, o coordenador da União dos sindicatos de Lisboa, Arménio Carlos, afirmou ser hora de o Governo «definir se quer ou não defender os interesses nacionais e salvaguardar os postos de trabalho».
À chegada a São Bento, os trabalhadores foram recebidos por um assessor do primeiro-ministro. No fim do encontro, António Tremoço afirmou que o Governo deve acabar com a chantagem da Bombardier, uma vez que a administração daquela empresa apresentou o prazo até 8 de Abril, para que os trabalhadores assinem a rescisão dos contratos de trabalho por «mútuo acordo». Caso não o façam, a empresa vai avançar com o despedimento colectivo.
Por este motivo, aquele dirigente sindical considera que «se o Governo não actuar rapidamente, é o responsável pelo encerramento» que, inevitavelmente, terá de enfrentar a luta dos trabalhadores.
Os trabalhadores defendem a realização de um encontro com a presença dos três Ministérios com responsabilidades nesta situação: Transportes, Segurança Social e Trabalho para que se clarifiquem posições e se tome uma atitude conjunta, de forma a garantir que «se a Bombardier não quer ficar em Portugal que deixe outros ficarem», disse António Tremoço, em resposta a afirmações proferidas pelo ministro da Economia que disse haver outras entidades interessadas naquela unidade.
Trabalhadores e sindicalistas lamentaram a ausência de Durão Barroso.
A empresa tem o encerramento marcado para o mês de Maio, caso o Governo não assuma as suas responsabilidades com os trabalhadores e o País.