Contas da discórdia
Na sequência da apresentação pública do relatório do primeiro ano de funcionamento dos Hospitais S.A., quarta-feira da semana passada, foram divulgadas informações que acusam o ministro Luís Filipe Pereira de ter autorizado o «emagrecimento» das contas daquelas unidades.
Apesar de o ministro da Saúde ter, entretanto, rejeitado as acusações, o presidente da associação dos Administradores Hospitalares, Manuel Delgado, questionou a tutela quanto ao facto de as despesas com os medicamentos não constarem nas contas dos hospitais de gestão privada, o que não só alivia os prejuízos daquelas unidades como também as coloca em vantagem relativamente aos hospitais de gestão pública.
O Diário de Notícias, na edição de segunda-feira, cita mesmo uma circular, datada de 30 de Janeiro e classificada como «muito urgente», segundo a qual o Governo apelava à transferência, para as Administrações Regionais de Saúde, das despesas com fármacos prescritos nas consultas externas e nas urgências dos Hospitais-Empresa.
Recorde-se que o modelo de gestão hospitalar privada implementado por Luís Filipe Pereira foi apresentado como um exemplo a seguir na execução rigorosa dos orçamentos previstos e dos actos médicos prestados aos utentes.
Apesar de o ministro da Saúde ter, entretanto, rejeitado as acusações, o presidente da associação dos Administradores Hospitalares, Manuel Delgado, questionou a tutela quanto ao facto de as despesas com os medicamentos não constarem nas contas dos hospitais de gestão privada, o que não só alivia os prejuízos daquelas unidades como também as coloca em vantagem relativamente aos hospitais de gestão pública.
O Diário de Notícias, na edição de segunda-feira, cita mesmo uma circular, datada de 30 de Janeiro e classificada como «muito urgente», segundo a qual o Governo apelava à transferência, para as Administrações Regionais de Saúde, das despesas com fármacos prescritos nas consultas externas e nas urgências dos Hospitais-Empresa.
Recorde-se que o modelo de gestão hospitalar privada implementado por Luís Filipe Pereira foi apresentado como um exemplo a seguir na execução rigorosa dos orçamentos previstos e dos actos médicos prestados aos utentes.