Contra o imperialismo e a guerra, persistir na luta
As manifestações de 20 de Março em Lisboa e Porto foram grandes. Menos expressivas do que as de há um ano atrás? Sem dúvida. Mas sendo o quadro internacional e o clima político muito diferentes são ridículas as tentativas de minimizar a sua dimensão e significado.
Apesar das contradições, só pela luta será possível vencer o imperialismo
Até pela pesada cortina de silêncio dos media que só nas vésperas foi possível romper. E, em Lisboa, também pelas inaceitáveis arremetidas contra os direitos de manifestação e de reunião que foi necessário afrontar e que são expressão de uma deriva autoritária a que é necessário dizer não.
O êxito das manifestações de 20 de Março representam uma vitória da coerência política, do espírito unitário e da confiança na intervenção das massas, elementos que o PCP considera decisivos para alargar a luta, isolar a reacção, confrontar o PS e outros sectores democráticos com as suas responsabilidades, fazer recuar e finalmente derrotar um governo que pratica o mais vergonhoso seguidismo. É neste caminho que é necessário persistir, não perdendo de vista que neoliberalismo e guerra são duas faces da mesma moeda; a jornada nacional de 11 de Março, a luta dos trabalhadores da Sorefame/Bombardier ou o 24 de Março estudantil inserem-se, tal como a luta contra a ocupação do Iraque e pelo regresso dos soldados da GNR, no mesmo combate por uma alternativa democrática em Portugal e por um mundo mais livre, mais pacífico e mais justo.
É preciso persistir na luta contra o imperialismo e contra a guerra, objectivos centrais do movimento. E do mesmo passo, naturalmente, na luta contra o terrorismo, pois além de desumano, as suas acções servem sempre a pior reacção. Mas, claro, sem ceder à paranóia «anti-terrorista» ou a suspeitos apelos à «união» contra a «ameaça global» como aquele que Durão Barroso teve a lata de fazer a partir de Boticas no mesmo dia das manifestações que o vaiaram. A luta contra o terrorismo é inseparável da luta contra a sua instrumentalização reaccionária. Não podemos permitir que suceda a nível da Europa com os criminosos atentados de 11 de Março em Madrid aquilo que sucedeu a pretexto do 11 de Setembro com a «guerra preventiva» de Bush e que tem expressões particularmente inquietantes no Afeganistão, no Iraque ou na Palestina , onde o assassinato do líder do Hamas constitui um crime e uma provocação premeditada contra a causa libertadora do povo palestiniano.
Combates que hão-de vir
Temos de persistir. Por muito que isso custe a velhos e novos «europeístas», não podemos baixar a guarda em relação às perigosas tendências militaristas e securitárias que se desenvolvem no plano da União Europeia. Apontando o imperialismo norte americano e o seu propósito de hegemonia planetária como o principal fautor do clima de insegurança, terror e guerra que percorre o mundo não podemos aceitar que as grandes potências europeias, sejam absolvidos das suas pesadíssimas responsabilidades. Apesar de contradições cada vez mais sérias, está a ganhar novo fôlego a articulação EUA-UE-Japão para a repartilha do mundo em esferas de influência e de domínio. Aí temos o processo em curso de relançamento da NATO e do seu papel de braço armado do imperialismo contra os povos, incluindo dos próprios países que integram esta aliança agressiva. Aí temos os planos para levar a ONU a cobrir o monumental embuste de «transferência de poderes» que se prepara para 1 de Julho no Iraque. Aí está a ambiciosa operação dita do «Grande Médio Oriente» de profunda remodelação do mapa económico e político de uma região vastíssima que vai de Marrocos ao Paquistão. Precisamente uma região que está a ser desestabilizada para justificar projectos intervencionistas com três propósitos principais: enfraquecer as forças patrióticas e progressistas alimentando os mais variados «fundamentalismos», antecipar-se a inevitáveis alternativas de soberania e progresso social, abrir às multinacionais as riquezas e mercados da região.
As contradições e dificuldades do imperialismo são evidentes mas só pela luta será possível vencê-lo. É por isso necessário persistir no fortalecimento do movimento pela paz e de solidariedade internacionalista. As campanhas de diversão política e terrorismo ideológico de que é alvo são enormes. É fundamental que não se deixe confundir nem desarmar, mantendo clareza e firmeza nos seus objectivos. No horizonte perfilam-se combates ainda mais duros.
O êxito das manifestações de 20 de Março representam uma vitória da coerência política, do espírito unitário e da confiança na intervenção das massas, elementos que o PCP considera decisivos para alargar a luta, isolar a reacção, confrontar o PS e outros sectores democráticos com as suas responsabilidades, fazer recuar e finalmente derrotar um governo que pratica o mais vergonhoso seguidismo. É neste caminho que é necessário persistir, não perdendo de vista que neoliberalismo e guerra são duas faces da mesma moeda; a jornada nacional de 11 de Março, a luta dos trabalhadores da Sorefame/Bombardier ou o 24 de Março estudantil inserem-se, tal como a luta contra a ocupação do Iraque e pelo regresso dos soldados da GNR, no mesmo combate por uma alternativa democrática em Portugal e por um mundo mais livre, mais pacífico e mais justo.
É preciso persistir na luta contra o imperialismo e contra a guerra, objectivos centrais do movimento. E do mesmo passo, naturalmente, na luta contra o terrorismo, pois além de desumano, as suas acções servem sempre a pior reacção. Mas, claro, sem ceder à paranóia «anti-terrorista» ou a suspeitos apelos à «união» contra a «ameaça global» como aquele que Durão Barroso teve a lata de fazer a partir de Boticas no mesmo dia das manifestações que o vaiaram. A luta contra o terrorismo é inseparável da luta contra a sua instrumentalização reaccionária. Não podemos permitir que suceda a nível da Europa com os criminosos atentados de 11 de Março em Madrid aquilo que sucedeu a pretexto do 11 de Setembro com a «guerra preventiva» de Bush e que tem expressões particularmente inquietantes no Afeganistão, no Iraque ou na Palestina , onde o assassinato do líder do Hamas constitui um crime e uma provocação premeditada contra a causa libertadora do povo palestiniano.
Combates que hão-de vir
Temos de persistir. Por muito que isso custe a velhos e novos «europeístas», não podemos baixar a guarda em relação às perigosas tendências militaristas e securitárias que se desenvolvem no plano da União Europeia. Apontando o imperialismo norte americano e o seu propósito de hegemonia planetária como o principal fautor do clima de insegurança, terror e guerra que percorre o mundo não podemos aceitar que as grandes potências europeias, sejam absolvidos das suas pesadíssimas responsabilidades. Apesar de contradições cada vez mais sérias, está a ganhar novo fôlego a articulação EUA-UE-Japão para a repartilha do mundo em esferas de influência e de domínio. Aí temos o processo em curso de relançamento da NATO e do seu papel de braço armado do imperialismo contra os povos, incluindo dos próprios países que integram esta aliança agressiva. Aí temos os planos para levar a ONU a cobrir o monumental embuste de «transferência de poderes» que se prepara para 1 de Julho no Iraque. Aí está a ambiciosa operação dita do «Grande Médio Oriente» de profunda remodelação do mapa económico e político de uma região vastíssima que vai de Marrocos ao Paquistão. Precisamente uma região que está a ser desestabilizada para justificar projectos intervencionistas com três propósitos principais: enfraquecer as forças patrióticas e progressistas alimentando os mais variados «fundamentalismos», antecipar-se a inevitáveis alternativas de soberania e progresso social, abrir às multinacionais as riquezas e mercados da região.
As contradições e dificuldades do imperialismo são evidentes mas só pela luta será possível vencê-lo. É por isso necessário persistir no fortalecimento do movimento pela paz e de solidariedade internacionalista. As campanhas de diversão política e terrorismo ideológico de que é alvo são enormes. É fundamental que não se deixe confundir nem desarmar, mantendo clareza e firmeza nos seus objectivos. No horizonte perfilam-se combates ainda mais duros.