Contra o terrorismo e a guerra!
A História coloca hoje um enorme desafio e todos temos que escolher
Quando em 2001 o PCP condenou, sem reservas, os atentados terroristas contra as torres gémeas em Nova York e ao mesmo tempo alertou para os perigos de agravamento da tensão internacional caso se verificasse uma acção de força por parte dos Estados Unidos, recebeu de alguns sectores comentários inaceitáveis, tendo mesmo a sua posição sido irresponsavelmente apelidada de «condenação envergonhada» em alguns órgãos de comunicação social. Nesse mesmo período o PCP apresentou na Assembleia da República um voto que, condenando os atentados e apresentando ao povo norte-americano as condolências do nosso Parlamento, afirmava que a situação exigia serenidade e racionalidade nas medidas a tomar, excluindo acções arbitrárias que sobrepusessem a vingança à justiça, contribuindo para uma espiral de violência de efeitos imprevisíveis. O voto foi rejeitado com os votos contra do PS, PSD e CDS/PP mas os alertas ficaram e a vida veio dar razão ao PCP.
A justificação é simples, como foi simples o raciocínio dos comunistas na altura: independentemente do que possa ter estado por detrás dos atentados de 11 de Setembro de 2001, era uma evidência que eles, de uma forma ou de outra, se inseriam na crescente militarização das relações internacionais e na crescente arrogância do imperialismo norte-americano.
Disseram-nos que, para combater o terrorismo havia que desencadear conflitos militares, recorrer à força, desrespeitar o Direito Internacional e a soberania dos povos, aumentar a produção e comércio de armamentos. Disseram-nos que era necessário restringir liberdades e garantias democráticas, para poder haver segurança. Foram desencadeadas duas guerras ilegais e de ocupação, no Afeganistão e no Iraque, e montou-se toda uma teia de mentiras e sugestões que tentam incutir na população mundial um sentimento colectivo de insegurança e medo. Mas, em vez da prometida segurança, o que vemos é um mundo cada vez mais inseguro, violento e perigoso. E isto porque, como o mostra a realidade, o que preside à chamada «guerra contra o terrorismo» de Bush, Blair, Aznar (e Barroso) não é o intuito real de combater o terrorismo, mas a vontade de reganhar poder económico e geo-estratégico para os centros do imperialismo, através da guerra, do aumento das injustiças e da exploração. A vergonhosa postura do governo do PP espanhol após os criminosos atentados de Madrid demonstrou como alguns sectores, ao serviço do imperialismo e do grande capital, tentam utilizar o terrorismo para fortalecer o seu próprio poder.
Desta vez a violência terrorista foi aqui ao lado em Espanha e isso fez-nos viver mais intensamente o horror. É próprio da natureza humana que quando a desgraça bate à nossa porta, ou perto dela, reflictamos mais intensamente sobre as suas causas. Não é possível ignorar o significado e consequências das política de opressão e guerra do imperialismo, em particular dos EUA, e nas quais o Governo de Barroso e Portas está a envolver perigosamente o nosso país.
No dia 20 de Março temos uma grande oportunidade de, saindo à rua para participar nas manifestações pela Paz, contribuir para derrotar o caminho de violência, militarismo e guerra que nos querem impor, exigindo o fim da ocupação do Iraque e o regresso da GNR. Alguns dirão: «não podemos mostrar medo agora». Nós respondemos: não se trata de ter medo. Trata-se de fazer a nossa política externa estar de acordo com a nossa Constituição, com a vontade do nosso povo, com os interesses de Portugal e dos portugueses, e de todos os povos do mundo.
Não é com guerras de ocupação, com medidas securitárias e escaladas da «guerra ao terrorismo» que sopram de Washington e de Bruxelas, ou com a militarização da União Europeia que lá vamos. É com sinais claros de paz, de respeito pelos povos e de vontade de resolver os problemas da Humanidade. A História coloca hoje um enorme desafio e todos temos que escolher: ou a barbárie ou a paz e cooperação. Nós comunistas somos pela segunda!
A justificação é simples, como foi simples o raciocínio dos comunistas na altura: independentemente do que possa ter estado por detrás dos atentados de 11 de Setembro de 2001, era uma evidência que eles, de uma forma ou de outra, se inseriam na crescente militarização das relações internacionais e na crescente arrogância do imperialismo norte-americano.
Disseram-nos que, para combater o terrorismo havia que desencadear conflitos militares, recorrer à força, desrespeitar o Direito Internacional e a soberania dos povos, aumentar a produção e comércio de armamentos. Disseram-nos que era necessário restringir liberdades e garantias democráticas, para poder haver segurança. Foram desencadeadas duas guerras ilegais e de ocupação, no Afeganistão e no Iraque, e montou-se toda uma teia de mentiras e sugestões que tentam incutir na população mundial um sentimento colectivo de insegurança e medo. Mas, em vez da prometida segurança, o que vemos é um mundo cada vez mais inseguro, violento e perigoso. E isto porque, como o mostra a realidade, o que preside à chamada «guerra contra o terrorismo» de Bush, Blair, Aznar (e Barroso) não é o intuito real de combater o terrorismo, mas a vontade de reganhar poder económico e geo-estratégico para os centros do imperialismo, através da guerra, do aumento das injustiças e da exploração. A vergonhosa postura do governo do PP espanhol após os criminosos atentados de Madrid demonstrou como alguns sectores, ao serviço do imperialismo e do grande capital, tentam utilizar o terrorismo para fortalecer o seu próprio poder.
Desta vez a violência terrorista foi aqui ao lado em Espanha e isso fez-nos viver mais intensamente o horror. É próprio da natureza humana que quando a desgraça bate à nossa porta, ou perto dela, reflictamos mais intensamente sobre as suas causas. Não é possível ignorar o significado e consequências das política de opressão e guerra do imperialismo, em particular dos EUA, e nas quais o Governo de Barroso e Portas está a envolver perigosamente o nosso país.
No dia 20 de Março temos uma grande oportunidade de, saindo à rua para participar nas manifestações pela Paz, contribuir para derrotar o caminho de violência, militarismo e guerra que nos querem impor, exigindo o fim da ocupação do Iraque e o regresso da GNR. Alguns dirão: «não podemos mostrar medo agora». Nós respondemos: não se trata de ter medo. Trata-se de fazer a nossa política externa estar de acordo com a nossa Constituição, com a vontade do nosso povo, com os interesses de Portugal e dos portugueses, e de todos os povos do mundo.
Não é com guerras de ocupação, com medidas securitárias e escaladas da «guerra ao terrorismo» que sopram de Washington e de Bruxelas, ou com a militarização da União Europeia que lá vamos. É com sinais claros de paz, de respeito pelos povos e de vontade de resolver os problemas da Humanidade. A História coloca hoje um enorme desafio e todos temos que escolher: ou a barbárie ou a paz e cooperação. Nós comunistas somos pela segunda!