Incursão sangrenta em Gaza
Liga Árabe condena a «operação militar selvagem» de Israel em Gaza, no domingo, que segundo fontes palestinianas provocou 15 mortos, incluindo crianças.
Israel não pode ser considerado um parceiro para a paz
A incursão sangrenta do exército israelita no domingo, na Faixa de Gaza, demonstra que Israel viola os seus compromissos internacionais, acusa a Liga Árabe em comunicado assinado pelo respectivo presidente, Amr Moussa. Condenando esta «operação militar selvagem», a Liga acusa o governo de Ariel Sharon de «prosseguir uma política de escalada» e de «não compreender que a região necessita de estabilidade e de paz».
Este comportamento, sublinha Moussa, leva a que Israel não possa ser considerado «um parceiro capaz de alcançar a paz com a parte árabe».
As tropas israelitas entraram nos campos de refugiados de Nuseirat e Al Bureij, na Faixa de Gaza, apoiadas por dezenas de tanques e helicópteros Apache, cercaram vários prédios e atiraram a matar. Quinze palestinianos morreram, incluindo quatro crianças e jovens entre os 8 e os 16 anos, e vários ficaram feridos.
Também o primeiro-ministro palestiniano, Abu Ala (Ahmad Qorei), denunciou esta acção como «terrorismo de Estado» israelita e pediu a protecção da comunidade internacional para pôr fim à permanente agressão de Israel contra os palestinanos.
Abu Ala lamentou, por outro lado, o silêncio internacional e criticou a passividade dos EUA face à «sangria contínua» de que o seu povo é vítima.
Para o exército israelita tratou-se de uma «operação de grande precisão» para «prevenir ataques terroristas contra objectivos israelitas». As vítimas de domingo, somada com as seis de sábado, elevam para 21 o número de palestinianos assassinados só no fim-de-semana.
Já na segunda-feira, outro adolescente palestiniano foi morto a tiro por militares israelitas perto de um colonato judeu, no sul da Faixa de Gaza.
Apelo à contenção
O primeiro-ministro palestiniano voltou a apelar ao fim do «ciclo de violência» entre israelitas e palestinianos, para «convencer os dois lados de que já basta».
Falando numa conferência de imprensa em Londres, onde se encontra em visita oficial, o responsável palestiniano exortou as duas partes a darem «mostras de contenção».
«O lado palestiniano deve pôr fim a toda a violência e o lado israelita deve pôr fim a toda a violência. É isso que está no Roteiro de Paz», afirmou Ahmad Qorei.
Qorei está a efectuar um périplo pela Europa, que inclui para além do Reino Unido uma deslocação à Noruega e a França, onde será recebido pelo presidente, Jacques Chirac, e pelo primeiro-ministro, Jean-Pierre.
Israel não parece nada interessado em «contenção». Segundo afirmou o chefe de Estado Maior israelita, general Moshe Yaalon, após os ataques do fim-de-semana, «outras operações ofensivas» vão ser lançadas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Arafat pede solidariedade às mulheres
A mulher palestiniana, «que dá à luz nas barragens israelitas e aí morre com o seu bebé, pede às mulheres de todo o mundo que façam tudo para pôr fim a esta ocupação israelita miserável», afirmou o dirigente palestiniano Yasser Arafat, num discurso transmitido pela rádio por ocasião do Dia internacional da Mulher.
Na sua intervenção, Arafat exortou as mulheres a lutar contra a «agressão israelita inumana e odiosa que se traduz em actos bárbaros como a construção do muro da anexação, o apartheid nas terras palestinianas, os ataques, as expulsões e as expropriações».
Arafat pediu ainda às organizações não-governamentais de defesa dos direitos do Homem e à Amnistia Internacional para que «ponham fim à violência e à repressão israelita contra as mulheres palestinianas, e libertem as heroínas detidas nas prisões israelitas».
Este comportamento, sublinha Moussa, leva a que Israel não possa ser considerado «um parceiro capaz de alcançar a paz com a parte árabe».
As tropas israelitas entraram nos campos de refugiados de Nuseirat e Al Bureij, na Faixa de Gaza, apoiadas por dezenas de tanques e helicópteros Apache, cercaram vários prédios e atiraram a matar. Quinze palestinianos morreram, incluindo quatro crianças e jovens entre os 8 e os 16 anos, e vários ficaram feridos.
Também o primeiro-ministro palestiniano, Abu Ala (Ahmad Qorei), denunciou esta acção como «terrorismo de Estado» israelita e pediu a protecção da comunidade internacional para pôr fim à permanente agressão de Israel contra os palestinanos.
Abu Ala lamentou, por outro lado, o silêncio internacional e criticou a passividade dos EUA face à «sangria contínua» de que o seu povo é vítima.
Para o exército israelita tratou-se de uma «operação de grande precisão» para «prevenir ataques terroristas contra objectivos israelitas». As vítimas de domingo, somada com as seis de sábado, elevam para 21 o número de palestinianos assassinados só no fim-de-semana.
Já na segunda-feira, outro adolescente palestiniano foi morto a tiro por militares israelitas perto de um colonato judeu, no sul da Faixa de Gaza.
Apelo à contenção
O primeiro-ministro palestiniano voltou a apelar ao fim do «ciclo de violência» entre israelitas e palestinianos, para «convencer os dois lados de que já basta».
Falando numa conferência de imprensa em Londres, onde se encontra em visita oficial, o responsável palestiniano exortou as duas partes a darem «mostras de contenção».
«O lado palestiniano deve pôr fim a toda a violência e o lado israelita deve pôr fim a toda a violência. É isso que está no Roteiro de Paz», afirmou Ahmad Qorei.
Qorei está a efectuar um périplo pela Europa, que inclui para além do Reino Unido uma deslocação à Noruega e a França, onde será recebido pelo presidente, Jacques Chirac, e pelo primeiro-ministro, Jean-Pierre.
Israel não parece nada interessado em «contenção». Segundo afirmou o chefe de Estado Maior israelita, general Moshe Yaalon, após os ataques do fim-de-semana, «outras operações ofensivas» vão ser lançadas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Arafat pede solidariedade às mulheres
A mulher palestiniana, «que dá à luz nas barragens israelitas e aí morre com o seu bebé, pede às mulheres de todo o mundo que façam tudo para pôr fim a esta ocupação israelita miserável», afirmou o dirigente palestiniano Yasser Arafat, num discurso transmitido pela rádio por ocasião do Dia internacional da Mulher.
Na sua intervenção, Arafat exortou as mulheres a lutar contra a «agressão israelita inumana e odiosa que se traduz em actos bárbaros como a construção do muro da anexação, o apartheid nas terras palestinianas, os ataques, as expulsões e as expropriações».
Arafat pediu ainda às organizações não-governamentais de defesa dos direitos do Homem e à Amnistia Internacional para que «ponham fim à violência e à repressão israelita contra as mulheres palestinianas, e libertem as heroínas detidas nas prisões israelitas».