Mais de metade dos europeus (56 por cento) considera que a Europa precisa de imigrantes nalguns sectores da economia, mas oito em cada dez (80 por cento) defendem um reforço do controlo nas fronteiras. Em Portugal, 61 por cento dos inquiridos pensam que os imigrantes são necessários, mas 79 por cento defendem que deve haver um maior controlo de entradas no país.
No estudo, realizado pelo Eurobarómetro e divulgado, na segunda-feira, pela Comissão Europeia, partilham esta opinião 82 por cento dos inquiridos no Luxemburgo; 78 por cento, na Suécia e Irlanda; 56 por cento, na Grécia, 52 por cento na Alemanha e 50 por cento na Bélgica.
Dois em cada três europeus (66 por cento), por outro lado, concordam com a ideia de que «os imigrantes legais devem ter exactamente os mesmos direitos do que os nacionais», contra 32 por cento dos que discordam.
Também neste ponto, é na Bélgica e na Alemanha que foi apurado um maior número de opniões discordantes, 45 e 47 por cento, respectivamente. Entre os que concordam, destacam-se a Espanha e Portugal, com 86 e 81 por cento de opiniões favoráveis.
Mais consensual para os europeus dos 15 Estados membros é a ideia de que deve ser reforçado o controlo de entradas nas fronteiras, com uma concordância global de oito em cada dez inquiridos (80 por cento).
A Comissão conclui que os cidadãos europeus acreditam que o controlo da imigração irá «permitir melhorar as condições dos imigrantes em situação legal e facilitar a sua integração».
A sondagem do Eurobarómetro foi realizada em Dezembro de 2003, através de entrevistas telefónicas a 7.514 pessoas dos 15 Estados membros da UE.