Vamos à luta!
«Não, o PS não representa qualquer perspectiva de mudança»
Nos tempos que vivemos as vertentes nacional e internacional da luta libertadora estão cada vez mais interligadas, mesmo entrelaçadas. Não é possível, particularmente quando se trata de Portugal e da União Europeia separar estes dois planos de intervenção. É o que acontece com as eleições de 13 de Junho para o Parlamento Europeu em que a nossa luta se dirige simultaneamente contra a política do governo do PSD-CDS/PP, que é necessário colocar em minoria, e contra a «construção europeia» actual, ao serviço do grande capital e das grandes potências, e por uma outra Europa de paz, progresso e cooperação, necessariamente libertada da tutela e da articulação de classe com o imperialismo norte americano que a visita de Schröder aos EUA evidencia.
Como o Encontro Nacional do PCP de sábado passado sublinhou, a nossa campanha de esclarecimento, conduzida com a confiança de que é possível a eleição de pelo menos mais um deputado comunista, é inseparável dos problemas dos trabalhadores e dos portugueses e estará articulada com as suas lutas. Combatendo firmemente as malfeitorias deste governo e as nefastas políticas da U.E., será uma campanha de afirmação do trabalho, dos valores e das propostas do PCP. Simultaneamente não poderá dispensar o combate a tentativas de «bipolarização» que subalternizem e apaguem o PCP ou desfigurem a sua política e o seu projecto. Nem calar-se perante mistificações e perdas de memória que, mesmo que a direita e a extrema direita fossem colocadas em minoria, facilitariam o prosseguimento de políticas anti populares e de submissão nacional diante da U.E. supranacional, federalista, neoliberal e militarista que aí está.
Vem isto a propósito da Convenção Nacional do PS também realizada no passado fim de semana e da pretensão deste partido em apresentar-se diante da direita, não apenas como alternativa mas como «a» alternativa, tentando gulosamente e com bastante descaro, instrumentalizar em proveito eleitoral próprio o descontentamento e condenação popular da política do mais reacionário governo após a revolução de Abril. A verdade porém – e a Declaração aprovada no Encontro Nacional do PCP lembra-o uma vez mais – é que PS e PSD coincidem, de modo praticamente estruturado, em todas as políticas e opções centrais da problemática europeia. Das orientações federalistas às políticas macroeconómicas inerentes ao Pacto de Estabilidade e à «Estratégia de Lisboa», a cuja elaboração Maria João Rodrigues deu rosto. Das políticas securitárias de imigração e outras da responsabilidade do comissário António Vitorino, às políticas de acelerada militarização da U.E.. Das descaradas pressões sobre países independentes como Cuba ou Venezuela, à chamada «constituição», elaborada por uma «convenção» em que os deputados do PS e do PSD, e das respectivas «famílias» europeias, cooperaram intimamente para o mesmo inaceitável resultado.
Não é por isso de admirar que o PS tenha escolhido como cabeça de lista para as eleições de 13 de Junho, nada mais nada menos, alguém que já foi Secretário-geral do PSD. Ou que um ex – Secretário-geral do PS, travestido de «independente» Governador do Banco de Portugal, apareça em momentos providenciais a dar cobertura à reacionária política do governo da direita. Ou o consenso PS/PSD verificado na apresentação de um dos expoentes do PS, como candidato «nacional» a altíssimos cargos do establishment imperialista, na NATO ou na U.E..
Não, o PS não representa qualquer perspectiva de mudança. Só o PCP e os seu aliados da CDU protagonizam uma real alternativa. Se, como afirma a sua propaganda, o PS esteve com a «Europa» em todos os momentos fundamentais, o PCP esteve com os portugueses, sempre. E isso, tarde ou cedo, acabará por ser reconhecido também no plano eleitoral. Lutemos por isso!
Como o Encontro Nacional do PCP de sábado passado sublinhou, a nossa campanha de esclarecimento, conduzida com a confiança de que é possível a eleição de pelo menos mais um deputado comunista, é inseparável dos problemas dos trabalhadores e dos portugueses e estará articulada com as suas lutas. Combatendo firmemente as malfeitorias deste governo e as nefastas políticas da U.E., será uma campanha de afirmação do trabalho, dos valores e das propostas do PCP. Simultaneamente não poderá dispensar o combate a tentativas de «bipolarização» que subalternizem e apaguem o PCP ou desfigurem a sua política e o seu projecto. Nem calar-se perante mistificações e perdas de memória que, mesmo que a direita e a extrema direita fossem colocadas em minoria, facilitariam o prosseguimento de políticas anti populares e de submissão nacional diante da U.E. supranacional, federalista, neoliberal e militarista que aí está.
Vem isto a propósito da Convenção Nacional do PS também realizada no passado fim de semana e da pretensão deste partido em apresentar-se diante da direita, não apenas como alternativa mas como «a» alternativa, tentando gulosamente e com bastante descaro, instrumentalizar em proveito eleitoral próprio o descontentamento e condenação popular da política do mais reacionário governo após a revolução de Abril. A verdade porém – e a Declaração aprovada no Encontro Nacional do PCP lembra-o uma vez mais – é que PS e PSD coincidem, de modo praticamente estruturado, em todas as políticas e opções centrais da problemática europeia. Das orientações federalistas às políticas macroeconómicas inerentes ao Pacto de Estabilidade e à «Estratégia de Lisboa», a cuja elaboração Maria João Rodrigues deu rosto. Das políticas securitárias de imigração e outras da responsabilidade do comissário António Vitorino, às políticas de acelerada militarização da U.E.. Das descaradas pressões sobre países independentes como Cuba ou Venezuela, à chamada «constituição», elaborada por uma «convenção» em que os deputados do PS e do PSD, e das respectivas «famílias» europeias, cooperaram intimamente para o mesmo inaceitável resultado.
Não é por isso de admirar que o PS tenha escolhido como cabeça de lista para as eleições de 13 de Junho, nada mais nada menos, alguém que já foi Secretário-geral do PSD. Ou que um ex – Secretário-geral do PS, travestido de «independente» Governador do Banco de Portugal, apareça em momentos providenciais a dar cobertura à reacionária política do governo da direita. Ou o consenso PS/PSD verificado na apresentação de um dos expoentes do PS, como candidato «nacional» a altíssimos cargos do establishment imperialista, na NATO ou na U.E..
Não, o PS não representa qualquer perspectiva de mudança. Só o PCP e os seu aliados da CDU protagonizam uma real alternativa. Se, como afirma a sua propaganda, o PS esteve com a «Europa» em todos os momentos fundamentais, o PCP esteve com os portugueses, sempre. E isso, tarde ou cedo, acabará por ser reconhecido também no plano eleitoral. Lutemos por isso!