Defender os ideais de Abril
No actual quadro da situação nacional, ressalta o agravamento da situação política social, o desmantelamento do sector produtivo e a entrega ao grande capital transnacional das alavancas fundamentais da nossa economia e sectores estratégicos.
Se, por um lado, já se torna difícil esconder o descontentamento dos trabalhadores e de vastas camadas e classes sociais atingidas pela política de direita do Governo PSD/CDS-PP, por outro lado assume particular significado político e ideológico o conjunto de «apelos para pactos», de declarações e outras iniciativas com o objectivo, mais ou menos assumido, de salvar a continuidade das políticas de direita e o projecto de instauração de um modelo de organização socio-económico segundo as normas do neoliberalismo, contrário à nossa Constituição, e de apagamento das transformações progressistas resultantes da Revolução de Abril, no campo económico, social, político e cultural.
A violenta ofensiva ideológica que se desenvolve contra os ideais de Abril e contra os trabalhadores assume contornos diversos e provém de vários quadrantes. Esta procura preparar a opinião pública para que aceite como inevitáveis as políticas de benefícios para o grande capital, de aprofundamento da submissão do poder político ao poder económico, de submissão do nosso País aos interesses das grandes potências da Europa e, em particular, aos objectivos imperialistas e belicistas dos EUA.
As últimas declarações de Paulo Portas, assim como de Morais Sarmento (no final de uma reunião do PSD), acerca da jornada de luta do próximo dia 11 de Março, convocada pelo X Congresso da CGTP-IN, evidencia claramente o desespero do Governo e das forças que o apoiam. Mas, de facto, a argumentação usada não rebate nenhum dos objectivos da luta, limitando-se a recorrer ao papão das nacionalizações.
As conclusões e propostas do generosamente badalado «conclave dos 500», apresentadas como grandes e modernas novidades, não passam de projectos de regresso ao passado, de mais retrocesso social, económico e cultural. O que apresentam é mais liberdade para os despedimentos, mais agravamentos no Código do Trabalho, contenção salarial por mais três anos na Administração Pública, mais e maior redução na despesa pública, mais encargos na Justiça, maiores encargos para as famílias nos serviços de saúde e na educação, mais privatizações... Um rápido caminho de regresso às relações de trabalho e de condições de vida dos finais do século XIX.
Mas uma coisa é certa: tais propostas constituem um importante contributo e apoio à política de direita, uma preciosa mão ao Governo, dando-lhe alento para prosseguir a sua cruzada contra o País e o povo português.
O caminho dos trabalhadores para fazer frente a tal política é o esclarecimento, a denúncia, a organização e a mobilização para a luta. Luta que há-de levar à interrupção desta política e ao correr com este Governo.
Dedicação e empenho
Empenho, dedicação e firmeza, dos trabalhadores e do seu Partido, são uma necessidade dos dias de hoje para defender os ideais de Abril, os direitos sociais e económicos arduamente conquistados por gerações de trabalhadores e pelo povo, para defender a nossa soberania e independência nacionais.
Nas comemorações dos 30 anos do 25 de Abril, importa esclarecer, nomeadamente das gerações mais jovens, do que a Revolução realmente representou para o País e para a esmagadora maioria do povo, das possibilidades reais que abriu para o desenvolvimento do País, a sua afirmação no mundo e o bem-estar do povo português.
Este bem-estar traduziu-se no aumento da produção agrícola e industrial, possível com a nacionalização da banca e de sectores básicos da economia, lançando as bases para uma efectiva independência económica e política. Mas também na melhoria significativa das condições de trabalho, nos aumentos salariais, nas férias pagas, em mais e melhores serviços de saúde e assistência social. O alargamento da rede escolar a todos os níveis, os passos dados no ensino virado para a vida, a dinamização da vida cultural e desportiva e o acesso a ela por amplas massas populares, foram outras das conquistas, que estão a ser postas em causa por sucessivos políticos de direita há mais de 25 anos e que urge rememorizar e continuar a defender.
Também é necessária a dedicação dos militantes do Partido, empenhados na sua defesa e reforço, continuando a pôr em prática as decisões do XVI Congresso, das Conferências Nacionais e Encontros realizados nestes últimos anos e iniciando desde já a preparação do XVII Congresso, marcado para o final de Novembro deste ano em Almada.
A preparação do XVII Congresso exige, desde já, uma afirmação da nossa democracia interna, a participação e o empenhamento dos organismos e militantes do Partido, promovendo aos vários níveis a discussão da Nota de Trabalho aprovada pelo Comité Central, de forma a que as decisões do Congresso venham a ser o reflexo da opinião do colectivo partidário.
Os trabalhos em curso da campanha de contactos e actualização de dados dos membros do Partido, tarefa a cumprir até finais de Abril, revestem-se de grande importância e valor no actual contexto político e de tarefas do Partido.
Tem a importância primária da retoma da ligação de muitos militantes, na perspectiva do enquadramento partidário, do conhecimento da sua actual situação profissional e local de trabalho e de os ganhar para a necessidade da sua inserção e intervenção na vida social do local onde trabalham ou residem.
Assume também no actual momento um grande valor, pois irá permitir-nos, nestes meses que antecedem as eleições para o Parlamento Europeu, o contacto e a mobilização destes camaradas para a batalha eleitoral, e alagar o número dos que poderão intervir na mobilização e esclarecimento sobre a importância destas eleições e do porquê da necessidade de votar na CDU.
A violenta ofensiva ideológica que se desenvolve contra os ideais de Abril e contra os trabalhadores assume contornos diversos e provém de vários quadrantes. Esta procura preparar a opinião pública para que aceite como inevitáveis as políticas de benefícios para o grande capital, de aprofundamento da submissão do poder político ao poder económico, de submissão do nosso País aos interesses das grandes potências da Europa e, em particular, aos objectivos imperialistas e belicistas dos EUA.
As últimas declarações de Paulo Portas, assim como de Morais Sarmento (no final de uma reunião do PSD), acerca da jornada de luta do próximo dia 11 de Março, convocada pelo X Congresso da CGTP-IN, evidencia claramente o desespero do Governo e das forças que o apoiam. Mas, de facto, a argumentação usada não rebate nenhum dos objectivos da luta, limitando-se a recorrer ao papão das nacionalizações.
As conclusões e propostas do generosamente badalado «conclave dos 500», apresentadas como grandes e modernas novidades, não passam de projectos de regresso ao passado, de mais retrocesso social, económico e cultural. O que apresentam é mais liberdade para os despedimentos, mais agravamentos no Código do Trabalho, contenção salarial por mais três anos na Administração Pública, mais e maior redução na despesa pública, mais encargos na Justiça, maiores encargos para as famílias nos serviços de saúde e na educação, mais privatizações... Um rápido caminho de regresso às relações de trabalho e de condições de vida dos finais do século XIX.
Mas uma coisa é certa: tais propostas constituem um importante contributo e apoio à política de direita, uma preciosa mão ao Governo, dando-lhe alento para prosseguir a sua cruzada contra o País e o povo português.
O caminho dos trabalhadores para fazer frente a tal política é o esclarecimento, a denúncia, a organização e a mobilização para a luta. Luta que há-de levar à interrupção desta política e ao correr com este Governo.
Dedicação e empenho
Empenho, dedicação e firmeza, dos trabalhadores e do seu Partido, são uma necessidade dos dias de hoje para defender os ideais de Abril, os direitos sociais e económicos arduamente conquistados por gerações de trabalhadores e pelo povo, para defender a nossa soberania e independência nacionais.
Nas comemorações dos 30 anos do 25 de Abril, importa esclarecer, nomeadamente das gerações mais jovens, do que a Revolução realmente representou para o País e para a esmagadora maioria do povo, das possibilidades reais que abriu para o desenvolvimento do País, a sua afirmação no mundo e o bem-estar do povo português.
Este bem-estar traduziu-se no aumento da produção agrícola e industrial, possível com a nacionalização da banca e de sectores básicos da economia, lançando as bases para uma efectiva independência económica e política. Mas também na melhoria significativa das condições de trabalho, nos aumentos salariais, nas férias pagas, em mais e melhores serviços de saúde e assistência social. O alargamento da rede escolar a todos os níveis, os passos dados no ensino virado para a vida, a dinamização da vida cultural e desportiva e o acesso a ela por amplas massas populares, foram outras das conquistas, que estão a ser postas em causa por sucessivos políticos de direita há mais de 25 anos e que urge rememorizar e continuar a defender.
Também é necessária a dedicação dos militantes do Partido, empenhados na sua defesa e reforço, continuando a pôr em prática as decisões do XVI Congresso, das Conferências Nacionais e Encontros realizados nestes últimos anos e iniciando desde já a preparação do XVII Congresso, marcado para o final de Novembro deste ano em Almada.
A preparação do XVII Congresso exige, desde já, uma afirmação da nossa democracia interna, a participação e o empenhamento dos organismos e militantes do Partido, promovendo aos vários níveis a discussão da Nota de Trabalho aprovada pelo Comité Central, de forma a que as decisões do Congresso venham a ser o reflexo da opinião do colectivo partidário.
Os trabalhos em curso da campanha de contactos e actualização de dados dos membros do Partido, tarefa a cumprir até finais de Abril, revestem-se de grande importância e valor no actual contexto político e de tarefas do Partido.
Tem a importância primária da retoma da ligação de muitos militantes, na perspectiva do enquadramento partidário, do conhecimento da sua actual situação profissional e local de trabalho e de os ganhar para a necessidade da sua inserção e intervenção na vida social do local onde trabalham ou residem.
Assume também no actual momento um grande valor, pois irá permitir-nos, nestes meses que antecedem as eleições para o Parlamento Europeu, o contacto e a mobilização destes camaradas para a batalha eleitoral, e alagar o número dos que poderão intervir na mobilização e esclarecimento sobre a importância destas eleições e do porquê da necessidade de votar na CDU.