O império toma posição
Cerca de meia centena de militares das forças especiais norte-americanas tomaram posições, segunda-feira, junto das instalações da embaixada dos EUA em Port-au-Prince, facto que ocorre depois da oposição e da guerrilha terem rejeitado o plano internacional de cessar-fogo.
O presidente do Haiti, Jean Bertrand Aristide, encontra-se cada vez mais isolado face ao avanço militar dos sublevados, que, no sábado, tomaram de assalto a segunda cidade do país, Cap-Haitien, e controlaram o aeroporto e os principais acessos à capital.
Guy Philippe, que entretanto se apresentou como porta-voz da Frente de Resistência Revolucionária de Aribonite (FRRA) em substituição de Winter Etienne, declarou que se Aristide não abandonar a presidência no prazo de quinze dias, os revoltosos irão marchar sobre a capital, entregando o poder a um juiz do Supremo Tribunal de Justiça, a quem competirá preencher o vazio instalado.
Oposição ganha confiança
Paralelamente às manobras militares no terreno, o secretário adjunto dos EUA, Roger Noriega, deslocou-se, sábado, a Port-au-Prince para apresentar o plano de cessar-fogo elaborado pela França, EUA, Canadá, Comunidade de Países do Caribe e Organização de Estados Americanos, o qual previa a manutenção de Aristide em funções até 2006, ano em que termina o seu mandato, e a nomeação de um primeiro-ministro de «consenso» entre as partes em conflito.
Analisado o projecto, a Convergência Democrática (CD), estrutura que parece congregar a maioria no campo da oposição política, rejeitou a proposta de Noriega e reiterou a ideia de que a única solução para a crise começa com a partida de Jean Bertrand Aristide.
Em conferência de imprensa, os representantes da CD afirmaram mesmo que, perante o povo, Aristide já não goza de nenhuma credibilidade ou legitimidade democrática, pelo que vão continuar a apelar à população para que não pare os protestos até que este renuncie definitivamente ao cargo.
Apesar da confiança da CD na soberania do país e na capacidade de mobilização popular, em suspenso fica a proposta elaborada pela «comunidade internacional», entregue por Noriega em forma de ultimato.
O presidente do Haiti, Jean Bertrand Aristide, encontra-se cada vez mais isolado face ao avanço militar dos sublevados, que, no sábado, tomaram de assalto a segunda cidade do país, Cap-Haitien, e controlaram o aeroporto e os principais acessos à capital.
Guy Philippe, que entretanto se apresentou como porta-voz da Frente de Resistência Revolucionária de Aribonite (FRRA) em substituição de Winter Etienne, declarou que se Aristide não abandonar a presidência no prazo de quinze dias, os revoltosos irão marchar sobre a capital, entregando o poder a um juiz do Supremo Tribunal de Justiça, a quem competirá preencher o vazio instalado.
Oposição ganha confiança
Paralelamente às manobras militares no terreno, o secretário adjunto dos EUA, Roger Noriega, deslocou-se, sábado, a Port-au-Prince para apresentar o plano de cessar-fogo elaborado pela França, EUA, Canadá, Comunidade de Países do Caribe e Organização de Estados Americanos, o qual previa a manutenção de Aristide em funções até 2006, ano em que termina o seu mandato, e a nomeação de um primeiro-ministro de «consenso» entre as partes em conflito.
Analisado o projecto, a Convergência Democrática (CD), estrutura que parece congregar a maioria no campo da oposição política, rejeitou a proposta de Noriega e reiterou a ideia de que a única solução para a crise começa com a partida de Jean Bertrand Aristide.
Em conferência de imprensa, os representantes da CD afirmaram mesmo que, perante o povo, Aristide já não goza de nenhuma credibilidade ou legitimidade democrática, pelo que vão continuar a apelar à população para que não pare os protestos até que este renuncie definitivamente ao cargo.
Apesar da confiança da CD na soberania do país e na capacidade de mobilização popular, em suspenso fica a proposta elaborada pela «comunidade internacional», entregue por Noriega em forma de ultimato.