Coimbra contesta desgoverno da educação

Na semana passada, a Associação Académica de Coimbra (AAC) iniciou uma campanha em que alerta para a «Contra Educação do (des)Governo». Recorrendo às personagens do programa televisivo «Contra Informação», a AAC mostra num desdobrável a ministra Manuela Ferreira Leite «obcecada pelo défice público», afirmando que «ensino, saúde e justiça, é tudo despesa». «Então, Azeda Leite, ouvi dizer que vamos ter problemas com a estudantada?», pergunta o primeiro-ministro, Durão Barroso.
Estão a ser distribuídos cinco mil desdobráveis em bibliotecas, salas de estudo e centros de fotocópias da cidade.
Entretanto, a AAC mostrou-se contra as novas regras de acesso ao ensino superior, previstas pelo Governo para 2007 e divulgadas na quinta-feira pela imprensa. A substituição do concurso nacional por provas de acesso em cada uma das instituições é vista pela associação académica como uma forma de criar «um ensino de primeira e de segunda».
«Teremos o estudante a correr o País, a fazer provas de faculdade em faculdade», afirmou Miguel Duarte, presidente da AAC, à agência Lusa, mostrando receio que «algumas das instituições facilitem nas provas de acesso, para, dessa forma, aumentarem o número de alunos e as suas receitas».
«Estas alterações terão custos administrativos muito significativos, que as universidades não estão preparadas para suportar», sustentou Miguel Duarte, lembrando ainda que a Lei de Bases do Sistema Educativo ainda não foi aprovada na Assembleia da República.

Évora fixa propina

O senado da Universidade de Évora fixou a propina deste ano lectivo em 660 euros, adoptando a proposta do reitor, Manuel Ferreira Patrício. A decisão foi tomada na quarta-feira da semana passada e substitui o valor mínimo de 463 euros, provisoriamente fixado por as reuniões do senado terem sido interrompidas pelos estudantes em Outubro e Novembro, em protesto contra a Lei de Financiamento. Durante a reunião, oito dos 11 estudantes com assento no senado abandonaram os trabalhos.
Manuel Ferreira Patrício declarou que o valor aprovado «deve ser considerado como o limite mínimo abaixo do qual se coloca a universidade em situação de risco». A Associação de Estudantes da Universidade de Évora afirma que se trata de «uma situação por si injusta em termos de princípio, quando os estudantes defendem a revogação da lei». A AE diz haver «uma fractura» com a reitoria e admite «estar em causa a participação dos estudantes nos órgãos de gestão da universidade».


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