População sai prejudicada

Interesses partidários em Loures

O PS retirou os pelouros aos vereadores do PCP na Câmara de Loures para «assumir o controlo da gestão municipal». Comunistas manifestam-se preocupados com o futuro da autarquia.

Sempre nos ori­en­támos por ter uma pos­tura cons­tru­tiva

Em comunicado, divulgado na passada semana, a CDU levanta duas hipóteses para a retirada dos pelouros: «O PS têm uma grande sede de poder, querendo assumir o total controlo da gestão municipal» ou então «convive mal com as opiniões críticas e diferenças de opinião».
Os eleitos comunistas mostram-se surpreendidos com a decisão do presidente da Câmara, tomada e apoiada pela concelhia do PS de Loures, afirmando que a medida surgiu de forma inesperada e sem que «nada o fizesse prever».
«A assunção de responsabilidades na gestão municipal durante dois anos ocorreu sem que tal pusesse em causa a nossa independência de intervenção política. Sempre nos orientámos por ter uma postura construtiva, de proposta e crítica», sustentam.
A CDU reitera que os vereadores que detinham os pelouros do Ambiente, Aprovisionamento e Habitação assumiram as suas responsabilidades «no pressuposto de procurar fazer um trabalho sério e honesto ao serviço da população» e lamenta «o rumo escolhido, que não serve os interesses da população».
Esta decisão, para a qual não foram adiantadas razões relevantes, «só pode ser entendida como resultante de uma estratégia norteada por mesquinhos interesses partidários sem qualquer respeito pela população do concelho», prossegue.
Os comunistas de Loures criticam ainda o PS «por ter demonstrado ao longo destes dois anos uma total ausência de novos projectos e propostas, tendo-se até agora limitado a concluir projectos e obras planificadas pela CDU».
Olhando com preocupação o futuro de Loures, «para o qual perspectivamos um agravamento da situação sem a participação da CDU», os eleitos do PCP reafirmaram o seu empenho «em construir uma alternativa a esta gestão do PS, que leve o concelho de Loures a retomar o caminho de desenvolvimento que foi interrompido neste mandato».


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